ISS tem nova forma para descartar o lixo produzido pelos astronautas
O ser humano produz muito lixo e sabemo-lo, porque, na Terra, está caótico nesse sentido. Uma vez no espaço, a produção de lixo também acontece e, para tratar dele, a Estação Espacial Internacional (em inglês, ISS) tratou de arranjar um novo método.
O novo sistema poderá revolucionar a forma como a estação espacial lida com o lixo.
Não é uma questão que surja com frequência, mas a verdade é que, tal como acontece na Terra, os astronautas produzem lixo enquanto estão a viver no espaço. Até agora, eles reuniam os resíduos todos numa nave destinada a queimar na atmosfera. Além disso, desfaziam-se de elementos que fossem mais pequenos durante as suas caminhadas, se as houvesse.
A recolha de resíduos no espaço tem sido um desafio de longa data, mas não tão discutido publicamente, a bordo da ISS", disse Cooper Read, gestor do programa Bishop Airlock em Nanoracks. "Quatro astronautas podem gerar até 2.500 kg de lixo por ano, ou cerca de dois caixotes do lixo por semana. À medida que passamos a uma época com mais pessoas a viver e a trabalhar no espaço, esta é uma função crítica tal como é para todos em casa.
Disse Cooper Read, gestor do programa Bishop Airlock da Nanoracks, a empresa responsável pela nova tecnologia de descarte de lixo no espaço e que pretende abrir o espaço a todos, através da realização de voos comerciais.
Assim sendo, a ISS está a testar uma forma melhor descartar o lixo produzido aquando das viagens ao espaço. Aliás, poderá mesmo revolucionar a forma como a estação espacial trata os resíduos.
Na quarta-feira, a Nanoracks anunciou que, no dia 2 de julho, foram despejados cerca de 78 kg de lixo dentro de um saco especial. Isto, num teste da nova tecnologia orbital de eliminação de lixo desenvolvida pela empresa, que correu sem problemas. Aliás, correu tão bem que a empresa está a considerar a utilização de um sistema semelhante na sua estação espacial comercial chamada Starlab (prevista para 2027).
Embora peças individuais de hardware tenham sido descartadas da ISS, e alguns pacotes de equipamentos tenham sido descartados manualmente durante caminhadas espaciais, este é o primeiro uso de um sistema de ejeção de sacos de lixo na ISS.
Disse Jonathan McDowell, um astrónomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, num tweet.
A Nanoracks revelou que, dentro do saco, seguiram materiais de embalagem, esponjas usadas, produtos de higiene, sacos e material de escritório. Esse saco especial tem uma capacidade máxima de 272 kg.
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segundo dizem no site deles, em inglês, o saco “especial” reentra na atmosfera e incendeia-se (devido ao atrito e contacto com gases na atmosfera), não resultando em detritos nenhuns.
Será? Na teoria é tudo muito giro. Será que fica tudo queimado a 100%? lol.
qualquer dia além de microplásticos nos oceanos começamos a ter também na atmosfera microplásticos a esvoaçar.