Gliese 12 b fica a 40 anos-luz da Terra e dizem que poderá ser habitável
Foi descoberto, perto da Terra, um exoplaneta potencialmente habitável. Chama-se Gliese 12 b é tem uma temperatura de 42 °C. Claro, o perto astronómico, não deixa de ser uma distância com muitos milhares de milhões de quilómetros. Mas, há algumas particularidades curiosas nesta descoberta.
Foi descoberto um novo planeta chamado Gliese 12 b. Trata-se de um exoplaneta, pois orbita em torno de uma estrela, que se destaca por ser relativamente habitável devido à possibilidade de possuir uma atmosfera e não receber uma energia excessiva da sua estrela, Gliese 12 (o planeta é denominado adicionando um "b" ao nome da estrela).
A descoberta foi possível graças à colaboração da NASA com instalações espanholas na Andaluzia e nas Ilhas Canárias.
Um Vénus a 40 milhões de anos-luz
Utilizando observações do TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA e de muitas outras instalações, duas equipas internacionais de astrónomos descobriram um planeta excitante, com dimensões entre a Terra e Vénus, a apenas 40 anos-luz de distância. É o mundo mais próximo, em trânsito, temperado e do tamanho da Terra localizado até à data.
Os astrónomos dizem que é um candidato único para um estudo mais aprofundado da atmosfera. A Terra continua habitável, mas Vénus não, devido à perda total de água. Se Gliese 12 b mantiver alguma atmosfera, poderá ensinar-nos muito sobre os caminhos de habitabilidade que os planetas tomam à medida que se desenvolvem.
O TESS observa uma grande faixa do céu durante cerca de um mês de cada vez, registando as alterações de brilho de dezenas de milhares de estrelas em intervalos que vão de 20 segundos a 30 minutos.
Captar os trânsitos - breves e regulares escurecimentos das estrelas causados pela passagem de mundos em órbita - é um dos principais objetivos da missão.
A estrela hospedeira, chamada Gliese 12, é uma anã vermelha fria situada a quase 40 anos-luz de distância, na constelação de Peixes. A estrela tem apenas cerca de 27% do tamanho do nosso Sol, com cerca de 60% da temperatura da superfície do Sol. O novo mundo, chamado Gliese 12 b, orbita a cada 12,8 dias e é do tamanho da Terra ou ligeiramente mais pequeno - comparável a Vénus.
Assumindo que não tem atmosfera, o planeta tem uma temperatura à superfície estimada em cerca de 42 graus Celsius.
Tendo uma estrela menor e mais "fraca", poderá receber luz suficiente?
A distância relativamente à estrela hospedeira é importante, principalmente devido à temperatura que ela proporcionará ao planeta. Ao estar próximo o suficiente da estrela, como estamos do Sol, o calor emitido possibilitará a presença de água líquida na superfície do corpo celeste. Contudo, é necessário que ele esteja numa região perfeita; se for longe demais, será muito frio, mas será muito quente se estiver muito próximo.
Na minha opinião, este planeta dará-nos a resposta mais clara até agora para qualquer planeta potencialmente habitável sobre se poderia suportar condições habitáveis. A sua estrela hospedeira está inativa, está extremamente próxima e, portanto, muito caracterizável. Gliese 12 b representa um dos melhores alvos para estudar se os planetas do tamanho da Terra que orbitam estrelas frias podem reter as suas atmosferas, um passo crucial para avançar a nossa compreensão da habitabilidade dos planetas da nossa galáxia.
Disse o astrofísico Shishir Dholakia, da Universidade do Sul de Queensland, na Austrália, ao site Science Alert.
Vou preparar as malas e meter-me a caminho!
O meu primo alfredo também diz que o sri lanka e um planeta diferente. Vai fazer um artigo sobre isso? So rir hehe
Eles podem dizer o que quiserem! Lol
Esse pode….pode muito.
40 anos-luz, são 40 anos a mover-se a 300 000Km/segundo – não é ao virar da esquina. Continuo a pensar que se devia pensar numa base permanente na Lua, antes de grandes planos para colonizar planetas. E claro, proteger o mais possível o nosso planeta. Vendo bem, de momento é a única casa que temos.
+1
os comentários refletem bem a descrença na ciência e em quem passa anos da vida a estudar estes fenómenos
Não acho. Bem pelo contrário. Bastou ver o resultado do meteoro que passou por Portugal e correu mundo.
Cada vez há mais interesse na astronomia.
Não há nada. O que há mais é redes sociais e gente desocupada. O interesse foi pela beleza rara.
Para a semana o meteoro português é como se nunca tivesse existido.
Nunca se falou tanto de planetas, estrelas, fenómenos astrofísicos como agora. Nunca se produziu tanto conteúdo sobre o espalho, o universo como agora 😉 tudo contraria o que estás a dizer, até a própria atividade dos astros. Já para não falar da tecnologia hoje empregue pelas superpotências. Nunca houve tanta tecnologia dedicada a estudar o espaço.
Mestre Vitor, isso é o desespero para sair daqui pra fora hehehe. excelente artigo BTW
Um dia… de facto vai ser sim. Estamos longe desse dia, daqui a alguns milhões de anos, mas vai acontecer. E quem cá estiver, vai agradecer termos identificado alguns destes sítios.
Incredable!!!!! Se night nota bem Alone after all!!!! Hope not!