Estudo revela que a exposição ao chumbo resultou numa crise de saúde mental nos EUA
Um novo estudo estima que a exposição ao chumbo proveniente da gasolina impactou negativamente a saúde mental dos habitantes dos Estados Unidos da América (EUA) durante o século XX.
As fabricantes começaram a adicionar chumbo à gasolina na década de 1920, com o objetivo de reduzir o desgaste dos motores. A gasolina com chumbo acabou por se tornar a maior fonte de exposição dos americanos ao chumbo, atingindo um pico durante a década de 1960.
Ainda que o metal tenha sido totalmente eliminado da gasolina (em 1996 nos EUA, e em 2020 globalmente) e de outros produtos comuns, os cientistas continuam a tentar quantificar os efeitos (subtis, mas significativos) para a saúde da presença constante do chumbo na vida das pessoas durante o século XX.
Um estudo, publicado hoje, realizado por cientistas da Duke University e da Florida State University, concluiu que a exposição ao chumbo na infância, especialmente durante as décadas em que era mais encontrado na gasolina, contribuiu diretamente para mais de 151 milhões de casos de perturbações psiquiátricas entre os americanos nos últimos 75 anos.
As descobertas, baseadas em investigações anteriores sobre o impacto do metal na saúde, indicam que o metal tem sido ainda mais perigoso para a humanidade do que sabíamos.
Apesar de os cientistas já saberem há muito tempo que a exposição intensa ao chumbo era prejudicial, na década de 1970 ficou firmemente estabelecido que mesmo pequenas quantidades de chumbo podiam ser prejudiciais, especialmente para o cérebro das crianças em desenvolvimento.
Uma investigação anterior da equipa, em 2022, calculou que cerca de metade de todos os americanos vivos em 2015 foram provavelmente expostos a níveis prejudiciais de chumbo na sua infância, com base em dados de inquéritos à população e níveis conhecidos de utilização de gasolina com chumbo no país.
Além disso, estimaram que esta exposição ao metal reduziu coletivamente o QI dos americanos em 824 milhões de pontos, ou cerca de três pontos por pessoa (os nascidos na década de 1960 podem ter perdido até seis pontos).
Apesar dos níveis atuais serem inferiores, o chumbo prejudicou as pessoas
No novo estudo, os investigadores decidiram examinar o impacto do chumbo na saúde mental. Cruzaram os seus dados anteriores sobre a exposição coletiva dos americanos ao metal com outros dados que estimam a quantidade de chumbo necessária para aumentar o risco de uma pessoa sofrer de várias doenças psiquiátricas, incluindo esquizofrenia, depressão, e perturbação de défice de atenção e hiperatividade (PHDA).
A partir daí, criaram uma pontuação de substituição da vulnerabilidade dos americanos às doenças mentais, quantificada em pontos de "fator psicopatológico geral".
Resumidamente, estimaram que a exposição ao chumbo, especialmente durante o pico da gasolina com chumbo, acrescentou mais 602 milhões de pontos a esta vulnerabilidade aos americanos que viviam em 2015.
Em concreto, estimaram que o chumbo contribuiu diretamente para causar mais 151 milhões de casos de perturbações psiquiátricas. Os maiores aumentos relacionados com o metal verificaram-se nos sintomas de ansiedade, depressão e PHDA.
A exposição ao chumbo na infância contribuiu provavelmente de forma significativa e subestimada para as doenças psiquiátricas nos Estados Unidos ao longo do último século.
Escreveram os investigadores, no artigo.
Embora estas descobertas sejam apenas uma estimativa de quão prejudicial o chumbo tem sido para a saúde mental, este está longe de ser o primeiro estudo a culpar o chumbo por efeitos generalizados na população.
Outras investigações encontraram provas de que níveis mais elevados de chumbo contribuíram para taxas de criminalidade mais elevadas durante o século XX, aumentando a tendência das pessoas para comportamentos violentos e anti-sociais, por exemplo.
Dado que não existe um nível verdadeiramente seguro de exposição ao chumbo, os investigadores dizem que a sua matemática pode ainda estar a subestimar o quão mau o metal tem sido para os cérebros.
Atualmente, os níveis de chumbo no ambiente são muito inferiores aos registados na década de 1960. Contudo, há muitas partes do mundo onde a regulamentação sobre o metal é mais permissiva do que nos EUA, onde os estudos mencionados foram conduzidos.
Os investigadores citam dados recentes da Organização das Nações Unidas, que estimam que cerca de 800 milhões de crianças, um terço da população mundial, estão, hoje em dia, expostas a níveis elevados de chumbo.
“Estudo revela que a exposição ao chumbo resultou numa crise de saúde mental nos EUA”
Já tinha percebido, pelo resultado das eleições.
de 2020, certo?
Estimas melhoras. Um Feliz Natal.
De todo o século XXI
Diria antes disso. Basta ver que votaram num tipo chamado Richard Nixon. Mas pronto, aqui também votaram num chamado António Guterres ou num tal Pinto de Sousa 😀
Pois , pois…..vi recentemente um vídeo com Nixon em que ele prevê com antecedência enorme o que se está a passar na Rússia. Impressionou-me
De 2020.
De ambas (2020 e 2024)…
Voces sabem que o governo por fluor na vossa agua para que fiquem mais calmos e manipulaveis? Investiguem
hehehe mais um iluminado comuna com azia.
Demonstra que s Americanos tem mais de dois dedos de testa, j nao se pode dizer muito dos tugas!
Faz uma reflexao de ti e do pais, desde 74 que o pais esta a ser saqueado e destruido pelos iluminados da esquerda!
Aqui temos um exemplo de cérebro atrufiado pelo chumbo e outros químicos tóxicos.
Podes escrever em Português, por favor?
Vocês do auto-proclamado “Basta” ou coisa assim nem precisam de cartão de militante… basta escreverem ou abrirem a boca…
Existe escola para adultos, sabem disso???
E para quem em miúdo chumbou os dentes em um tratamento?
O pior foram os que levaram um “tratamento” por ter chumbado o ano 😀
Os “chumbos” dos dentes não contêm (ou continham) chumbo. Mas alguns (muitos???) continham mercúrio. Por isso mesmo são proibidos agora. Mas vale ir logo para a grelha toda em ouro.
E aqueles que levam com chumbo?
Isso já são alergias
Está explicado como apareceu o “Road Rage”. 😉
“…que cerca de 800 milhões de crianças, um terço da população mundial, estão, hoje em dia, expostas a níveis elevados de chumbo. …”
Ora bolas, então o problema não estava só na gasolina.
tens um claro problema, cuidado com o chumbo
Exato e disseste bem “… não estava só na gasolina”. Mas boa parte estava. Mas também em outras utilizações que foram sendo proibidas.
O mais curioso é que se começou a usar chumbo nos combustíveis algures nos anos 20. E desde essa altura que se falava nos malefícios do uso do chumbo e da sua libertação para a atmosfera, o que ajudou e de que maneira a disseminar o problema. Foram preciso mais de 50 anos para que se chegasse a +/- a um consenso sobre os perigos do chumbo e mais 20/30 anos para o eliminar de grande parte dos combustíveis. Alguns barcos ou aviões ainda usam combustível com chumbo, por exemplo.
Além dos combustíveis, o chumbo foi usado em outros fins e que hoje também são proibidos, como tintas para casas, canalização moderna (nos USA era comum e ainda há casas com canos ou depósitos com chumbo), cerâmica e até comida entalada.
Quando eu era puto, o meu pai gostava de ir à pesca e como ele trabalhava com tornos mecânicos, fresadoras e coisas assim, fez uns moldes (acho que eram em aço) para fazermos chumbeiras de vários tipos e pesos em casa. Derretia-se o chumbo numa lata qualquer ao fogão e deitava-se no molde, usando um pedaço de arame de cobre para a “argola”. Claro que sem máscaras nem nada. Bons velhos tempos em que não sabíamos nada e nos envenenávamos.
O chumbo é extremamente fácil de moldar e ainda mais de derreter, também de moldar a frio. Não sofre de corrosão e é bastante estável. Além de ser denso e pesado como o chumbo 😀
Daí ser um dos metais mais usados há milénios. Ainda hoje se encontram peças decorativas em chumbo com milhares de anos de idade.
Quer isso dizer que temos que voltar a utilizar chumbo nos combustiveis
A exposição ao chumbo… que era utilizado para fazer tubagens de abastecimento de água, foi um dos motivos da queda do império romano.
E nos recipientes como panelas, jarros e afins. Mais que isso, o chumbo era reduzido a pó e utilizado como uma espécie de adoçante/intensificador de sabor em bebidas como o vinho. Curioso é que já na altura do império romano sabiam que o chumbo tinha propriedades nefastas. Uma coisa é uns saberem, outra é o resto acreditar.
Agora, daí a ser uma das causas da queda do império (ocidental, já que o império romano oriental perdurou por mais 1000 anos) é esticado. Há um estudo muito famoso dos anos 80 que aponta nesse sentido, mas grande parte da argumentação foi sendo desconstruída.
“Como ocorria a contaminação do vinho?
A contaminação era consequência da fervura lenta do vinho em recipientes feitos ou revestidos com chumbo (Pb). Dessa forma, durante a fervura ocorre a formação do acetato de chumbo (Pb(C2H3O2)2 = “açúcar do chumbo”) que ajuda na preservação inibindo a ação do crescimento de microrganismos, além de quebrar a acidez do vinho. Após a fervura era formado um xarope espesso, doce, com forte aroma e cor acentuada denominado “sapa” ou defrutum ou, ainda, caroenum.
Os romanos costumavam também preservar os seus alimentos, principalmente frutas, com o defrutum. As receitas dos xaropes para adocicar o vinho tinham concentrações de chumbo (Pb) de 240 a 1.000 miligramas por litro (mg/L). Ou seja, uma colher de chá (5 mL) desse xarope teria sido mais do que suficiente para causar envenenamento crónico por chumbo (Pb). Esse facto levou a hipótese de que o saturnismo tenha sido uma das prováveis causas da queda do Império Romano.”
Clube da Química – “O Vinho Pode Ter Derrubado Império Romano”
O Trump agradece
O trump conseguia vender à base dele que o chumbo é clean e benéfico, esses rednecks ignorantes morriam lentamente mas continuavam convencidos que o trump selou pelos seus interesses, nada como os ricos a mandar nos pobres!
America a terra dos serial killers. Estão mergulhados numa sopa quimica de tal ordem que atenta contra a saúde mental.
Não é bem por aí. A questão dos USA tem de ser vista desde o tempo das colonizações. Não foram só colonizados por “aventureiros”. Isso até foi uma pequena parte. Dos grandes “grupos” que migraram para o novo mundo, contam-se como possivelmente mais importantes os puritanos. Há quem lhes chame “tradicionalistas”, há quem os chame de fanáticos religiosos. Outra fações religiosas como protestantes, católicos “descontentes” e até os Amish.
Outro grande grupo (se é que lhe podemos chamar isso) foram criminosos que ou fugiam, ou viajavam para o novo mundo em troca de liberdade.
Se mais tarde juntarmos a isto a escravidão, o massacre dos povos nativos, guerras entre vários grupos e a guerra civil americana. Sempre foi um território com um certo grau de desconexão entre vários grupos, e com o tempo tornou-se numa nação de absolutos em que pouca gente tem a capacidade de fazer consensos e unir as pessoas. E em termos políticos infelizmente ainda se ajuda mais. Tudo isto aliado (ou causado??) por um capitalismos selvagem que se escondo debaixo da manta de liberdade e da democracia, aliado a uma enorme aversão a políticas sociais. Um americano médio prefere pagar 10mil dólares para um seguro de saúde por ano, a pagar mil para um sistema universal, só porque um sistema universal implicaria que algumas pessoas que não estão a contribuir teriam acesso ao sistema. É um pensamento completamente diferente, com o qual não concordo. Percebo em parte o raciocínio que fazem e em alguns pequenos pontos tem os seus méritos, mas no geral não concordo. Independentemente disso, é um estado democrático. A democracia nem sempre agrada a todos, mas é o que é…
OK isso pode ser tudo verdadeiro mas simplesmente lembrou-me do caso do Richard Ramirez, um serial killer que aterrorisou Los Angeles nos 80s e que especualsse que pode ter sido exposto a quimicos quando a mãe estava grávida dele e e trabalhava num emprego onde estava exposta a químicos tóxicos, depois o cerebro da criatura não funcionava de maneira normal.
Poder pode. Tal como no caso das drogas (incluindo álcool) entre outros “perigos”. Está mais que estudado e comprovado que a exposição a certos “elementos” tem efeitos negativos. Por outro lado, e na grande maioria dos assassinos em série, as questões são mais ambientais e educacionais do que genéticas. Não querendo de forma alguma desculpar um assassino em série, muitos deles passaram por infâncias muito negativas.
“A democracia nem sempre agrada a todos” disse, e muito bem, e parece que ultimamente agrada a cada vez menos, infelizmente.
Só não consigo entender porque é que gostam mais de autocracias do que de democracias, mas eles lá saberão.
O grande problema da democracia é que precisa de uma certa dose de cultura democrática e de cultura em geral dos seus cidadão. De uma forma muito generalizada, apenas quem está informado e com um mínimo de cultura democrática tem discernimento e capacidade para tomar uma decisão sensata, consciêncisosa e no melhor interesse do país. Agora, quando grande parte do eleitorado não tem essa capacidade, dificilmente pode tomar uma escolha verdadeiramente informada. Aliado a isso, boa parte dos políticos são autênticos predadores que sabem como manipular as pessoas e aproveitar-se disso, com os resultados que vamos vendo um pouco por todo o mundo.
Mas para o mal ou para o bem, é a democracia a funcionar e acima de tudo a culpa do maus governos é de quem vota neles.
A sério? No século XIX já se queimava essa tal gasolina? Ou era o chumbo das balas dos cowboys que provocava o problema?
Na América comportamentos antissociais existem desde antes da independência. Que o digam os indigenas massacrados desde o México até ao Canadá. Foi cá uma chacina de arromba.
As baterias fazem bem há saúde…
Está justificado o resultado, das últimas eleições, nos EUA.