ESA apresentou primeiro parastronauta: “viagens espaciais podem ser para todos”
Caminhamos para um mundo inclusivo e até no espaço todos podem ter lugar. Apesar de ter visto a sua perna direita amputada, após um acidente de mota, John McFalle vai poder ir além da Terra.
Este é o primeiro ‘parastronauta’ escolhido pela Agência Espacial Europeia (em inglês, ESA).
Tem sido uma experiência impressionante, dado que, como amputado, nunca pensei que ser astronauta fosse uma possibilidade, por isso foi uma emoção enorme.
Revelou John McFall, médico e ex-velocista paralímpico, depois de ter sido nomeado o primeiro ‘parastronauta’. Conforme adiantado pela Reuters, agora, o britânico integra uma equipa de recrutas escolhidos para a formação de astronauta, a nova geração de astronautas da ESA.
Além de cinco novos astronautas de carreira, foram escolhidos 11 outros astronautas para a chamada reserva. Estes, apesar de não terem um contrato de trabalho com a ESA, podem ser convocados para missões espaciais específicas, pelo que mantêm um certificado médico anual e beneficiam de treinos sobre os programas da agência.
Originalmente, eu sempre quis entrar para o exército e isso era tudo na minha vida. Fui viajar no final da adolescência e infelizmente sofri um acidente de moto que resultou na amputação da perna direita.
Achei que seria um candidato muito bom para ajudar a ESA a responder à pergunta que eles estavam a fazer: 'Podemos levar alguém com deficiência física para o espaço?' e senti-me compelido a candidatar-me.
Partilhou McFall, numa entrevista em vídeo divulgada pela ESA, acrescentando estar “incrivelmente orgulhoso e animado”.
De acordo com a agência, o cirurgião, de 41 anos, casado e com três filhos, ajudará os engenheiros da ESA a projetar mudanças no hardware necessárias para abrir voos espaciais profissionais a um grupo mais amplo de candidatos.
Para a Scope, uma instituição de caridade para a igualdade com deficientes, “uma melhor representação das pessoas com deficiência em papéis influentes ajudará realmente a melhorar as atitudes e a quebrar as barreiras que muitas pessoas com deficiência enfrentam hoje em dia”.
Aos mais novos, McFall garante: “a ciência é para todos e as viagens espaciais também podem ser para todos”.
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