A colisão da sonda DART com Dimorphos teve efeitos muito mais profundos do que se previa
A missão DART da NASA tinha como objetivo testar a capacidade de desviar um asteroide da sua trajetória. O impacto com Dimorphos, uma pequena lua do asteroide Didymos, foi um sucesso técnico… mas os seus efeitos superaram em muito o esperado.
3 pontos essenciais
- A missão DART conseguiu reduzir a órbita de Dimorphos em 33 minutos.
- O impacto alterou a forma do asteroide, que passou de arredondado a deformado.
- A enorme nuvem de detritos gerada surpreendeu os cientistas e intensificou o efeito do desvio.
A 26 de setembro de 2022, a sonda DART colidiu com Dimorphos, numa tentativa de testar um possível método de defesa planetária. As equipas da NASA acompanharam cada segundo a partir da sala de controlo.
As primeiras imagens e dados superaram as expectativas: além da mudança de órbita, o asteroide alterou visivelmente a sua forma e uma parte significativa da sua superfície foi lançada para o espaço.
Nuvem de detritos massiva e inesperada
No momento do impacto, uma nuvem de fragmentos foi expelida de Dimorphos. Alguns blocos atingiram velocidades superiores a 50 m/s, chegando a medir quase 4 metros.
Foram observadas duas longas caudas de detritos, visíveis durante vários dias.

O gráfico mostra como o satélite DART irá colidir com o asteroide DIMORPHOS para desviar a sua órbita atual - ©Alejo Miranda / Shutterstock
O material não seguiu uma direção única: alguns fragmentos moveram-se perpendicularmente, outros dispersaram-se em várias direções em redor de Dimorphos, algo não previsto nos modelos iniciais da missão.
Cada fragmento lançado transportou parte da energia do impacto, o que aumentou significativamente a eficácia do desvio.
Os especialistas concluíram que a alteração da trajetória não depende apenas do embate direto, mas também da forma como o corpo impactado se fragmenta.
Próximos passos: missão Hera
O sistema Didymos-Dimorphos continua sob observação. A missão europeia Hera visitará em breve o local do impacto para analisar os efeitos em detalhe.
Esta experiência revelou que ainda há muito a aprender sobre o comportamento dos corpos celestes próximos da Terra.




















Não percebo se é falta de conhecimento do autor do artigo ou se temos mesmo cientistas mal preparados a fazer esta experiências.
No meu 12° ano aprendi a lei da conservação de energia e a de quantidade de movimento que explicam e ajudam a prever estes resultados. Não sendo um cientista, não me surpreende que o resultado da alteração da trajetória de fragmentos seja a soma da dispersão em direção, velocidade e massa do sistema asteróide + projéctil, influenciado pelas diferentes fontes de atração gravitacional… o centro de massa do sistema descrito mantém a trajetória, anulando todas as alterações. Como disse, física do 12° ano.
Se os resultados, as análises e as considerações são da NASA e de investigadores que se dedicaram ao projeto DART, se calhar com o teu 12.º ano deverias ajudar essas entidades então a apresentar os resultados que achas que são os corretos. Afinal, devemos ser uns para os outros!
🙂 🙂 ahahah muito bom!
Muito bem respondido… temos um expert que mesmo com o ensino básico se encontra mal aproveitado 🙂
Eish que estoiro…
Caro João, felicito-o por ter uma mente crítica. Infelizmente muita gente não a tem.
Einstein, is that you?
Da minha parte acrescento o seguinte: o artigo começa por nos dizer que a
«missão DART da NASA tinha como objetivo testar a capacidade de desviar um asteroide da sua trajetória»
para logo de seguida fazer a apresentação de dois objectos:
«Dimorphos, uma pequena lua do asteroide Didymos»
asteroide Didymos
e a sua lua Dimorphos
No entanto, apesar desta introdução e da apresentação que aí nos é dada dos objectos para os podermos distinguir um do outro, rapidamente se inicia a confusão:
«missão DART conseguiu reduzir a órbita de Dimorphos em 33 minutos», portanto, foi desviada afinal a órbita da “lua” da introdução e não do “asteroide” lá referido.
E continua: «O impacto alterou a forma do asteroide, que passou de arredondado a deformado.», mas não foi a forma do “asteroide” que foi alterada, foi a forma da «lua do asteroide Didymos».
E mais exemplos há no artigo de desrespeito pela apresentação (que nos é feita na introdução) dos dois objectos. Para isto mais valia ter sido apenas referido que é um sistema binário de asteroides e já podiam tratar livremente ambos os objectos por “asteroide”. Não façam é uma apresentação dando nome às coisas (“lua” e “asteroide”) para depois chamarem afinal ambos de “asteroide”.
Agora já não é preciso chamar o Bruce Willis e o resto da equipa da plataforma de perfuração de petróleo para fazer este tipo de trabalho. Ainda bem:)