UE investiga decisão da Apple de encerrar conta de programador da Epic
A União Europeia (UE) tem estado com os olhos em cima da Apple. Depois de forçar a uma alteração nas políticas do iOS, o regulador europeu aplicou uma multa de 1,8 mil milhões de euros à empresa de Cupertino. Mas parece que a contenda não se fica por aqui. Agora, depois da decisão da Apple de encerrar definitivamente a conta de programador da Epic, a UE abriu mais uma investigação!
A Comissão Europeia solicitou “mais explicações” à Apple
A CE afirmou que estava a investigar ao abrigo da Lei dos Mercados Digitais (DMA), uma nova lei destinada a limitar o poder das maiores plataformas online. As empresas tecnológicas têm um prazo de 7 de março para cumprir a legislação. A Comissão acrescentou que estava também a avaliar se as ações da Apple poderiam ter violado outras leis da UE.
Na quarta-feira, a Apple anunciou o encerramento da conta de programador da Epic Games Sweden à escala mundial, citando as ações recorrentes de falta de confiança do programador de jogos. A Apple afirmou que os tribunais já lhe tinham concedido a autoridade para encerrar as contas de qualquer uma das subsidiárias da Epic devido a infrações contratuais.
A medida contrariou o plano da Epic de lançar uma Epic Games Store no iOS na UE e trazer o seu jogo Fortnite de volta ao iPhone, o que, segundo a empresa, estava em conformidade com os novos regulamentos da UE que permitem mercados de aplicações alternativos no iOS.
Apple não perdoa
A partir do iOS 17.4, a Apple permite mercados de aplicações alternativos no iPhone na UE, como parte da sua conformidade com a DMA. A Epic argumenta que o encerramento da conta pela empresa de Cupertinpo viola o DMA e limita significativamente a concorrência nos dispositivos iOS.
A Epic condenou a decisão da Apple como uma violação dos princípios da concorrência, interpretando-a como prova da falta de vontade em permitir a concorrência legítima na sua plataforma. Além disso, a empresa alegou que a ação da Apple era uma tentativa de eliminar um potencial rival importante da App Store.
A ação da Apple foi a mais recente num conflito legal mais amplo que começou em 2020, quando a empresa removeu Fortnite da App Store por contornar as regras do seu sistema de pagamento. Em retaliação, a Epic lançou processos judiciais nos EUA e na Austrália, acusando a Apple de comportamento anticoncorrencial.
Eu não sou nenhum advogado mas tecnicamente tudo isto aconteceu antes da DMA entrar em vigor… So no harm done
Se a Apple fosse um país…Seria a Coreia do Norte.
Não, estás completamente errado, não conheces a Coreia do Norte (o que vale hoje no mundo). S a Apple fosse um país seria os EUA. Rica, independente, com o melhor armamento, influente nos 4 quadrantes e com tentacularidade no mundo tecnológico. O que se chama, o sonho americano. Claro, teria também os problemas como uma nação que se diz polícia do mundo, tem.
Afinal não há fanáticos apenas na Coreia do Norte.
Não sei, onde moras?
O senhor Vitor trabalha para a Apple, defende a com unhas e dentes mas so pergunto uma coisa. O IOS em 2024 ainda nao permite acesso a pasta de musicas, fotos, ainda nao permite ejectar um disco ligado, nem permite ligar por hdmi um iphone a uma tv e usar o ecra completo sem ser mirroring. Se apple fosse os EUA faria isso tudo, mas nao faz logo é mais Coreia que EUA
Não trabalho, nem quero trabalhar para eles, gostava de trabalhar com eles. Isso sim.
Agora, respondendo ao amigo, o iOS permite ter acesso num Windows aos ficheiros de fotografias e vídeos através do Explorer. No Mac, não é preciso isso, porque há a ponte, o iCloud. Além disso, no Mac, nem preciso ligar o equipamento com cabo. Ele, via WiFi liga-se ao Mac e aparece no Finder. Aí tenho acesso a tudo, com as devidas aplicações. E é assim que se gere o sistema operativo.
Se quiser ligar uma penUSB ao iPhone, basta ligar na porta de dados. Aí, via pasta Ficheiros, posso gerir o conteúdo. Na app Fotografias, posso selecionar todas as fotos e enviar para essa tal pen ou disco externo. Até posso fazer isso via wireless, configurando na app Ficheiros um servidor remoto (que pode ser uma pasta num computador Windows). É de utilização livre, este recurso!
Com o AirPlay, o amigo nem precisa de cabo para me ligar às TVs. Dou-lhe um exemplo: há dias, num hotel, queria continuar a ver a série Mestres do Ar, e fiz uma ligação AirPlay para a TV do hotel e vi através da Apple TV+ via iPhone. Isso é liberdade de utilização, verdade?
Outra coisa porreira é ter o iPad, o mac mini e o iMac lado a lado, cada um com o seu ecrã e apps e com o mesmo rato e teclado estou nas 3 máquinas a trabalhar. Outra coisa muito interessante. Isso também é liberdade de movimentos, verdade?
O amigo sobre liberdade percebe ZERO, pelo que vejo, tanto quanto sabe do iOS, diga-se.
Mas, hoje, quer um iOS, que rum Android são em tudo parecidos com os países modernos, pela sua abrangência, e pela sua liberdade que fornecem ao utilizar tudo e mais alguma coisa. 😉
Diz o post que “Na quarta-feira, a Apple anunciou o encerramento da conta de programador da Epic Games Sweden à escala mundial”.
A Epic o que diz é: “Anunciámos recentemente que a Apple aprovou a nossa conta de desenvolvedor Epic Games Sweden AB. Pretendíamos usar essa conta para trazer a Epic Games Store e o Fortnite para dispositivos iOS na Europa graças à Lei dos Mercados Digitais(DMA).”
Não me parece que a Apple tenha encerrado as contas de developer da Epic “à escala mundial”, mas apenas a que queria usar para desenvolver apps para a iOS para a UE, que a Apple tinha aprovado há poucas semanas.
Quanto à UE ter pedido informações complementares à Apple, penso que é mais geral, sobre a sua proposta para cumprimento do DMA, que seja por causa deste assunto da Epic, que se passou ontem (4ª Fª). Mas é uma boa questão, a autonomia da Apple para encerrar contas de developer.
https://www.epicgames.com/site/en-US/news/apple-terminated-epic-s-developer-account
As questões que a EU levanta são diretamente ligadas à decisão da Apple de terminar a conta da Epic Games, segundo um porta voz da Comissão Europeia a decisão da Apple levanta dúvidas que respeite não só o DMA (Digital Market Act) como o DSA (Digital Services Act) e P2B (Platform to Business Regulation), parece-me a mim que a multa de €1.8 mil milhões do início da semana pode vir a parecer tostões no fim desta investigação.
No fim, o que a UE (órgãos político-administrativos ou tribunais da UE) vão ter que decidir é – a Apple pode ou não fixar regras para as lojas alternativas e analisar as respetivas apps e garantir a sua segurança, na medida do possível? E por esse trabalho pode ou não cobrar taxas/comissões, em certas condições.
Seria muito estranho que não pudesse.
Aconselho a leitura.
https://www.imore.com/apple/apples-not-backing-down-from-the-eu-and-spotify-and-i-think-theyre-right
Eu estava a ler até ao comum argumento “that’s what an Android smartphone is for”, saltando para o fim do artigo escrito por Connor Jewiss que “does hold a place in his heart for macOS, iOS/iPadOS” basicamente não passa de um artigo escrito por um fanboy a defender a sua camisola.
Sem dúvida, mas ele o que diz tem muita razão. Então as pessoas se compram um iPhone, sabem que existem regras, a Apple oferece certas condições que as marcas que usam Android não oferecem. Então a UE quer multar a Apple e obrigar a Apple a ficar igual à Google? Isso faz sentido? Não faz, claro que não faz. Se as pessoas e os programadores, escolhem estar com a Apple, sabem que têm algo diferente. Então se a Apple trabalhou para ter a App Store que gera receita para a Apple e para o programador (além do estado que cobra impostos) e os programadores querem estar dentro da App Store, vender e não pagar nada? Achas isso justo? 😀 Eu não acho. E ter programadores que usam esquemas, como usou a Epic, para desviar o pagador para as suas lojas, claro que têm de ser penalizadas pela Apple. Não querem cumprir as regras? Não usem Apple.
Este modelo de quererem tudo gratuito é bem conhecido e sabemos que leva à bancarrota.
Vítor M. tu leste o artigo? Leste a parte em que ele refere o equipamentos Android é logo a seguir a uma referência ao Apple Pay, explica-me lá porque é que o serviço Apple Pay deve ter uma tratamento especial que lhe dá vantagem em relação à concorrência, nomeadamente ao bloquear o acesso ao NFC?
Qual é a lógica do argumento que a Apple pode fazer isto, porque se por exemplo o MB Way ou Revolut quiser disponibilizar aos seus clientes a conveniência dos pagamentos por NFC pode fazê-lo usando o sistema operativo Android?
Depois ele claramente escreve várias mentiras no artigo nomeadamente “Spotify can redirect users to its website via its app. It can choose to do this with whatever text it wants, so can make it clear it’s for cheaper pricing”, isto é completamente falso, Luke Lafreniere que é o COO da plataforma de vídeos Floatplane discutiu já várias vezes no podcast Wan Show que a Apple não permite colocar o texto que eles pretende na app, a aplicação deles foi rejeitada da App Store por ter as instruções para que os clientes aderirem-se ao serviço através do site, basicamente eles foram obrigados a colocar na página inicial apenas o formulário de login e apenas o link para a página deles de forma a obter aprovação, e depois tinham que lidar com os comentários de pessoas a criticar que não conseguiam aderir ao serviço.
Mais um argumento estúpido “It goes further, though, as 49% of respondents in this survey have never changed their mobile browser.” – basicamente ele critica a EU por forçar a Apple a permitir outros browsers e o argumento que ele arranja para defender a Apple é que 51% dos utilizadores experimentaram outros browsers no iOS.
“Então se a Apple trabalhou para ter a App Store que gera receita para a Apple e para o programador” – e a Google trabalhou na Play Store para gerar receita para quem?
“0s programadores querem estar dentro da App Store, vender e não pagar nada?” – diz antes os programadores são forçados a estar na App Store – não há a possibilidade de usar sideloading.
Apple também diz que programadores tiram partido da sua tecnologia, mais uma vez eu diria que muitos são obrigados a usar a sua tecnologia nomeadamente para um exemplo concreto os web browsers são todos apenas máscaras do Safari porque a Apple impede empresas como Google, Microsoft, Mozilla de trazer a tecnologia deles para o iOS, o Spotify diria eu que neste momento está numa situação similar a aplicação deles é uma PWA que poderia perfeitamente funcionar no iOS sem tirar proveito de nenhuma tecnologia especifica do iOS.
Eu já o tinha lido e este é um dos vários que questionam a legitimidade da UE fazer este “ataque” sem justificar o verdadeiro plano.
Leste a parte em que ele refere o equipamentos Android é logo a seguir a uma referência ao Apple Pay, explica-me lá porque é que o serviço Apple Pay deve ter uma tratamento especial que lhe dá vantagem em relação à concorrência, nomeadamente ao bloquear o acesso ao NFC?
A Apple, por questões de segurança, tem princípios rígidos. E demorou até implementar o NFC no iPhone. Inicialmente era só para o Apple Pay, depois abriu para outras ações. O Apple Pay é um sistema que tem 10 anos e milhões de investimento e a Apple sabe que não pode haver dúvidas quanto à segurança deste sistema, como acontece, por exemplo, noutros. Agora, achas bem abrir o sistema para o pôr em risco? Eu acho que deveria continuar a manter o sistema fechado. Como utilizador prefiro o sistema mais fechado e super seguro.
Qual é a lógica do argumento que a Apple pode fazer isto, porque se por exemplo o MB Way ou Revolut quiser disponibilizar aos seus clientes a conveniência dos pagamentos por NFC pode fazê-lo usando o sistema operativo Android?
Usar o sistema de pagamento implica utilizar o Face ID. Se a Apple investiu milhões neste sistema, deverá agora oferecer a sua plataforma sem receber o que quer que seja? O investimento na plataforma é só da Apple, e os lucros da sua utilização têm de ser repartidos?
Mas este será apenas um dos vários argumentos, até porque estão outras coisas envolvidas. Se a Apple disser agora ao Revolut “ora, por cada pagamento que faças via NFC (que solicita Face ID), pagas-me 3%”… o Revolut fazia-lhes um manguito 😉 De borla todos querem!
Depois ele claramente escreve várias mentiras no artigo nomeadamente “Spotify can redirect users to its website via its app. It can choose to do this with whatever text it wants, so can make it clear it’s for cheaper pricing”, isto é completamente falso,
Não é falso nada. Não estás a perceber. Ele refere que na app Spotify o utilizador pode ter mensagens de texto com promoções no site, com preços mais baixos. Basta o Spotify querer. Eles podem escrever o que lhes apetecer em termos promocionais. E isso é verdade. Não pode ter links, mas pode ter texto a promover preços mais baixos. E fazem-no? Não, baixar o preço é que não lhes assiste.
Aliás, logo que fazes login na app Spotify, aparece-me uma folha de texto, com mensagens que o Spotify quer. A Apple ali não vai contra o que eles lá escrevem, desde que não seja um link ou outras formas de contornar as regras… porque não mete uma promoção 😉
Se o Spotify não gosta das regras da Apple, não deveria pensar em abandonar? E qual a razão para não abandonar? Ganha muito com a plataforma que a Apple montou 😉 depois querem as borlas. Uma espécie de socialismo bacoco.
Mais um argumento estúpido “It goes further, though, as 49% of respondents in this survey have never changed their mobile browser.” – basicamente ele critica a EU por forçar a Apple a permitir outros browsers e o argumento que ele arranja para defender a Apple é que 51% dos utilizadores experimentaram outros browsers no iOS.
Este argumento é discutível. Até porque o Chrome (assim como os outros) para iOS partilha muita da tecnologia do Safari. Esta até dou de barato. Apesar que, quando os browsers são a porta para a publicidade, a Apple também quer ganhar. Não será isso legítimo?
“Então se a Apple trabalhou para ter a App Store que gera receita para a Apple e para o programador” – e a Google trabalhou na Play Store para gerar receita para quem?
Já esta tua observação não tem cabimento. Por que razão a Apple tem de ter a mesma política de mercado que a Google? Isso é parvo (qual a razão para toda a oferta ser igual?). A Apple não vende publicidade, não vive da venda dos dados dos utilizadores, como faz a Google. A Apple vende o seu hardware, o seu software, os seus serviços e plataformas. O negócio da Google é completamente diferente. Nisso, estás completamente errado. Esse é outro argumento completamente estapafúrdio!
“0s programadores querem estar dentro da App Store, vender e não pagar nada?” – diz antes os programadores são forçados a estar na App Store – não há a possibilidade de usar sideloading.
Forçados? Não, quem não quer não vai. 😀 Tu… tens aí umas ideias meio radicais 😀 😀 quer dizer, tu és apologista que a Apple tem de trabalhar para dar aos outros o sustento sem que eles lhe dê alguma coisa. Achas que é barato manter o iOS? Quem trabalha na Apple, trabalha de borla? A Apple, como empresa que visa o lucro (que tem de pagar aos investidores que lá metem o dinheiro), não tem de ganhar dinheiro com os seus investimentos?
Sabes que a App Store gera mais do dobro de receita da Play Store certo? Que os programadores dentro da App Store ganham dinheiro por lá estar, sabes disso certo?
Apple também diz que programadores tiram partido da sua tecnologia, mais uma vez eu diria que muitos são obrigados a usar a sua tecnologia nomeadamente para um exemplo concreto os web browsers são todos apenas máscaras do Safari porque a Apple impede empresas como Google, Microsoft, Mozilla de trazer a tecnologia deles para o iOS, o Spotify diria eu que neste momento está numa situação similar a aplicação deles é uma PWA que poderia perfeitamente funcionar no iOS sem tirar proveito de nenhuma tecnologia especifica do iOS.
Tu dirias e dirias mal. Então se a Apple é que desenvolve as suas plataformas, e desenvolve as tecnologias para os programadores criarem para o iOS, quem investe na criação das tecnologias não tem de ser ressarcido por isso? Se não querem usar, não queiram vir para o iOS. Ainda não percebi essa veia esquerdista radical, acredita!
A Apple investiu milhões e milhões desde 1974 para se tornar o que é hoje, a Microsoft igualmente fez o seu caminho, a Google, a Meta, a IBM, a Cisco, a Nvidia, a Intel, e tantas outras que singraram. Não achas que foi por serem boas no que fazem, por terem a sua própria estratégia e gerarem lucro?
Eu acho que estás completamente errada na tua visão. Eu se não quiser pagar um serviço, não pago, mas também não o uso. E sim, sou sempre a favor do consumidor pagador.
O Spotify quer estar dentro da App Store, fazer negócio e não pagar nada à Apple. Isso é só parvo. É como tu quereres ir de avião, e já que ele vai voar e vai, que te levem de borla. Afinal, ele ia voar e ia, assim tem o prazer da tua presença. 🙂
O que diz o autor do artigo no fim:
“Os consumidores estão a ser forçados a algo que não querem sob o pretexto de [as medidas da UE] serem “pró-consumidores”. A Apple está a ser multada e forçada a fazer coisas por uma entidade que não deveria ter nenhuma opinião sobre o assunto, sob o nome de “pró-consumidor”. Mas quando não é “pró-consumidor”, é um abuso de poder. É uma birra de quem joga os brinquedos fora porque não está conseguir o que quer. Mas a Apple está a lutar contra isso. Está a tornar as coisas tão estranhas para a UE quanto a UE está a fazer coisas à Apple.” E é aí que diz que espera que a Apple resista e ganhe.
Como a procissão ainda vai no adro, é esperar o que a UE vai decidir pró-consumidores de iPhone – que não é o mesmo que os consumidores do Android acham que lhes deve ser imposto: “Ai bate o pé, bate o pé … iOS igual ao Android é que é!” Espero que não seja.
Se é preciso evitar monopólios? Sim, é verdade, pois monopólios estagnam o avanço, encarecem e limitam o mercado, e toda uma série de desvantagens.
Mas é preciso ver onde a suposta mentalidade e cultura de liberdade, no final, está a funcionar ao contrário.
Não pretendo de forma alguma defender Apple, da mesma maneira que não defendo quaisquer empresas em geral.
Mas aquilo que a UE neste caso tem vindo a fazer, a meu ver, é o oposto de liberdade. Está a obrigar determinada entidade privada a um funcionamento, só porque sim.
É preciso ver que não faltam alternativas à Apple. No caso dos smartphones, há um sem fim de alternativas, todas elas com as suas próprias particularidades.
Ninguém obriga ninguém a comprar Apple. Se as pessoas não gostam ou não concordam, pois bem, não comprem.
Mas é preciso ver o seguinte: o que aqui se está a fazer à Apple, é o equivalente a uma qualquer pessoa entrar simplesmente num Norteshopping, num Colombo, num Vasco da Gama, e montar uma barraca ou loja e usufuir das instalações, da afluência (captada pelo marketing desse mesmo shopping e das lojas que lá estão) sem pagar qualquer variável nem renda ao shopping. Ou seja, simplesmente “usar” a plataforma, sem cumprir com as regras comerciais estabelecidas. Mas isso faz algum sentido?
Portanto… as pessoas querem usufruir da infraestrutura (neste caso App Store), com centenas de milhões de possíveis clientes, mas já agora, sem pagar um tusto. E ao contrário do que se anda sempre por aí a dizer, não é verdade que tenham de pagar sempre 30% de comissão. Depende do tipo de aplicação, se tem a ver com serviços (como transportes pedido de comida, etc), se tem a ver com streaming, etc…
Ou seja, os criadores de aplicações ficam na mesma com 70%, no mínimo… Isso é pouco??
Curiosamente, a Google cobra praticamente as mesmas taxas a aplicações pagas, e a compras efetuadas dentro das próprias aplicações, mas ninguém fala. Se há possibilidade de sideloading na Google? Sim, efetivamente. Mas então… compra-se Android. Que neste momento tem máquinas fantásticas, havendo modelos que, a meu ver, são bem mais completos que o topo de gama iPhone atual.
Volto a dizer, não se trata de defender Apple. Trata-se de tentarmos sair da bolha de guerra Android vs iOS e olharmos bem para o panorama geral, de uma forma lógica.
A melhor forma de as pessoas se revoltarem com a Apple é uma: não compram. É super simples.
Mas impor um funcionamento a uma empresa, anunciando ser-se em defesa da liberdade… A mim, parece um paradoxo tremendo.
Relembro que esta história toda começou com o facto da Apple ficar com 30% de todas as compras realizadas via iOS e da Epic Games ter tentado contornar esse valor ABSURDO.
É fácil. A UE que decida que não há mais iOS Store na Europa e os 90B facturados em 2023 desaparecem, pode ser que assim lhes faça comichão.
A seguir faz o mesmo com a Google Play que cobra o mesmo.