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Tribunal Geral da UE dá razão à Apple e anula multa de 13 mil milhões de euros

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Vítor M.


  1. Hugo says:

    É colocar a Irlanda fora da UE

    • Vítor M. says:

      Porquê? O que fez a Irlanda de errado há 20 anos?

      • Oscar says:

        A Irlanda não fez nada. Mas a UE faz porque permite estas práticas nos países membros. Os países competem entre si para dar as melhores taxas fiscais para atrair postos de trabalho e receitas.
        Depois as grandes empresas não pagam nada (valor resídual, inferior a 5%) e quem paga os restantes são as PME (27,5% mínimo).
        Depois as grandes empresas acabam com as micro e pequenas empresas porque conseguem economias fiscais e de escala. E no final perdemos todos.

        Quantos postos de trabalho a Apple (exemplo) tem cá em Portugal, contribuições VS as receitas que ganha em Portugal.

        É um sistema muito injusto por isso que os ricos estão cada vez mais ricos!

        • Monte Gordo says:

          Dou-te toda a razão. Muitas empresas só têm sede fiscal num paraíso fiscal na Europa e quase não têm trabalhadores, é tudo canalizado para o país de origem (por norma EUA ou China) e todos os biliões que ganham cá não produzem riqueza ou empregos cá. Depois está claro porque os EUA e China são tão ricos, os CEO ganham aos 200 milhões anuais, etc etc. E no final fica a Europa mais pobre.

          Mas como sempre os políticos europeus são uma miséria e só querem saber se eles e os amigos ficam bem na vida, o resto é futebol e cerveja.

        • Sujeito says:

          E tu achas que mandar a Irlanda fora resolve alguma coisa?

          Curioso, quando mandam abaixo um site de torrents, a malta vem logo dizer que “cai um mas surgem vários no seu lugar”. A mesma coisa se passa aqui, desmantela-se um mecanismo de alegada corrupção, outros não faltam no seu lugar.

          Além do mais, nem sabes se a Irlanda e a Apple estão erradas ou não. Se achas que sim, então sabes mais que eles (que é possível, não argumento o contrário) mas isso revelaria que eles são incompetentes no seu trabalho e deveriam ser mandados fora, ou então são corruptos e deveriam ser mandados fora.

          Portanto, terias de mandar também fora o Tribunal Europeu, as leis, visto que permitem estas situações, e até a Comissão europeia que, caso não saibas, é mais corrupta que todos os envolvidos.

          Isto tem tudo a ver com comportamento individual, não com países ou corporações.

        • Vítor M. says:

          Estás a misturar alhos com bugalhos. Em 2013, a Comissão solicitou à Irlanda que apresentasse as decisões emitidas pela administração fiscal irlandesa em 1991 e 2007 a favor da Apple Operations International. Depois de avaliados estes procedimentos, em 2016, a comissão aplicou à Apple esta multa. Portanto, o que a Irlanda fez foi trazer a Apple e um importante centro de distribuição para a Europa em troca de benefícios fiscais daqueles anos. Na altura a Apple não tinha a dimensão que tem hoje e não tinha como usar este benefício fiscal como a UE a está a acusar. Pelo menos é o que o tribunal refere.

          Se estava errado? Bom, provavelmente a Apple trouxe fluxos de dinheiro para a Irlanda, emprego e outros benefícios que interessaram ao país. Portanto, a Apple aqui negociou algo em troca. Ao aplicar esta multa de 13 mil milhões à Apple, a UE estaria apenas a olhar para o que a Apple terá ganho (num cenário atual de tamanho e influência) e nunca para o que a Irlanda e a Europa terão ganho. Provavelmente estará na decisão agora tomada estes critérios.

          Agora, foste buscar outros assuntos. Tudo muito certo, mas então teremos de perceber porque temos a Ilha da Madeira a aparecer num ranking de paraísos fiscais em 2018, ocupando a 64ª posição, numa lista de 122 estados.

          Além de muitas outras considerações que temos de fazer sobre os investimentos feitos na EFACEC, NOS, BPI, EuroBIC, GALP… entre outras ligadas ao assunto “Luanda Leaks”. Portanto, corrija-se sim o que está errado, promova-se sim a transparência, mas não queiras que olhem só para os outros 😉 Isto dos países terem ações de incentivo para com estas empresas, não é de agora nem irá parar 😉

          Mas concordo contigo, o sistema é muito injusto e está a fazer dos ricos estão cada vez mais ricos!

    • Malamen says:

      A Irlanda? A Irlanda não fez nada de ilegal…

  2. ze says:

    Outra coisa não seria de esperar. Acho bem, só pena Portugal não ter esta visão e não conseguir captar investimento estrangeiro de escala.

    • Malamen says:

      Achas bem? Esqueces-te que estão outros (os mais pequenos) a pagar o que eles não pagam.

      • ze says:

        Ninguém paga, beneficiam a Irlanda e a Apple, para os restantes tanto faz, se isso não tivesse acontecido o investimento da Apple na Europa teria sido inferior e aí sim tinhamos pago todos por menor riqueza gerada.

    • Monte Gordo says:

      Não é Portugal ter “visão”, é ter olhos na cara. Um país precisa de empregos, impostos para dar subsídios, estabilidade, segurança, etc. A Irlanda, Suíça, Holanda, Luxemburgo, etc são alguns dos países “parasita” que pouco produzem e ganham dinheiro a fazer jogo sujo. O problema é a UE não tomar medidas.

      Exemplo: a Holanda permite material ilegal entrar nos seus portos, a UE já ameaçou com multas e eles não querem saber, porque cobram muitos milhões com a alfandega (e esses produtos são enviados a outros países); ganha muito dinheiro como paraíso fiscal, bancos e muitos outros esquemas. E se outros países precisam de ajudas (España, Italia, etc) não querem contribuir. No entanto querem que os países do sul não produzam tanto leite, peixe, calçado, legumes, fruta, etc porque é “concorrência desleal” para eles….

      Ou seja, querem as vantagens mas não as desvantagens. Essa é uma das razões porque a UE com países como Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Austria e outros nórdicos é uma catástrofe… se não fosse a França e Alemanha já a UE tinha afundado.

      • ze says:

        Espertos são eles, fazem o “tal jogo sujo” que chamas, ganham o deles e com isso geram riqueza e influência, aí torna-se mais dificil serem sancionados.
        Se Portugal tivesse feito o mesmo e tivesse atraído 5 empresas genero autoeuropa, Portugal dificilmente voltaria a passar por uma crise na vida.
        O que empresas destas fazem ao PIB de um país não pode ser menosprezado e ser o menino bonito e cumprir as regras maioria das vezes sai mais caro. Vamos ver o que sucede à Irlanda pós-pandemia e o que sucede a Portugal.

  3. ervilhoid says:

    Acho que isto devia ser mais equilibrado, muito € de fora e depois os pequeno é que se lixam

    o Pingo Doce também não paga na Holanda?

    é a máxima de que quando és grande demais nunca cais porque não te deixam

  4. Nuno says:

    Como a Irlanda, temos muitos exemplos espalhados pelo mundo. Na Europa, embora a escala seja diferente, temo a Holanda com taxas diferentes e que atraíram muitas empresas, inclusive algumas nacionais. Depois temos zonas francas ou com impostos reduzidos como as ilhas. A Madeira até há pouco tempo era um paraíso. Nos EUA é impressionante as regalias que empresas como a Apple, Google, Microsoft, Amazon ou Tesla têm. As Canárias continuam a ser.
    Claro que vemos sempre do ponto de vista do consumidor ou do contribuinte, mas é normal que as empresas, e são todas, tentam maximizar os resultados pagando o menos possível. E não pensemos que isso acontece só lá fora. Empresas como a Auto Europa, são atraídas para cá com uma série de regalias e apoios que as PMEs nunca terão.
    A Irlanda foi esperta e fez esta negociação e com isso ganha uns Milhões valentes por ano que iriam para outro lado.
    Mais vale 20% de 100 que 100% de nada….
    A Google e a Microsoft fazem a mesma coisa.

  5. Fulano says:

    Só têm é de pagar. Ou pagam ou a UE proíbe de imediato a venda dos produtos.

    • ze says:

      Além de a UE não ter esse poder, qualquer pagamento não volumtário seria um tiro no pé. Ganham mais a não cobrar nada.

      • Samuel MG says:

        Mas tem o poder para aumentar as taxas de alfandega portanto pode tramar a Apple basta aumentar a taxa para 150% sobre as Icoisas e macbetas.

        • ze says:

          Sim e com isso só têm a perder pois isso significar desinvestimento da Apple.
          Acho que muitos ainda estão focados em “apple”, a Irlanda tem estes acordos com dezenas de empresas, se abrem o precedente com a Apple nada impede de irem atrás de outras e isso tem uma implicação muito grande em nós consumidores dentro da EU e em nós EU assalariados por muitas dessas grandes empresas, muitos de forma indirecta.

  6. art says:

    Ponham os olhos em países como a Irlanda , ou querem continuar a ser o país mais pobre da UE ? Se não somos o mais pobre , para lá caminhamos……

    • Monte Gordo says:

      O país mais pobre da UE? Lolol que atrocidade …

      Portugal por habitante está muito bem e a nível de estabilidade / acesso a serviços públicos (que em muitos países existem mas são tão maus e lentos, que as pessoas recorrem ao privado em massa, como em Espanha ou Itália por exemplo) está muitíssimo acima da média europeia.

      Há países “ricos” porque manipulam o sistema bancário e impostos de grandes empresas, fora isso não têm nada. Basta haver algo que altere isso e ficam na pobreza extrema (Luxemburgo, Mónaco, Andorra, Inglaterra que já aos anos está a deixar a indústria morrer toda…).

      Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, etc têm muita industria, agricultura, turismo e ainda que com solavancos, ninguém vai passar fome.

      • Maria says:

        Sim, mais pobre. Os países todos que entraram depois de nos na UE estão todos a nos ultrapassar.

        Em termos de serviços, espero que nunca precise do SNS, porque é o pior da União Europeia em muitas coisas, e listas de espera grandes imos nos, não eles.

        Quanto a escolas, você diz isso porque nunca viu lá fora.

        Portugal é um lodo, uma pouca vergonha. Só quem nunca saiu do país e não conhece outra realidade é que pode dizer o contrário.

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