Apple confirmou que vai dispensar mais de 700 trabalhadores dos seus projetos recentes
As grandes empresas tecnológicas estão a reduzir as suas equipas e isso leva a despedimentos em massa que não eram esperados. A Apple parecia estar imune a estas situações, mas isso parece agora mudar. Informações recentes mostram que a Apple dispensará mais de 700 trabalhadores dos seus projetos recentes que acabaram por ser cancelados.
A Apple vai dispensar mais de 700 funcionários
As últimas semanas mostraram mudanças muito grandes no universo da Apple. A empresa terminou alguns dos seus projetos internos de maior dimensão, algo que se sabia que teria impacto na sua estrutura e no que oferecerá no futuro aos seus utilizadores em várias áreas.
Como resultado, surgiu agora a informação de que a empresa reduzirá as suas equipas, levando a que 700 dos seus funcionários acabem por ser dispensados. Esta certeza surge como resultado de uma lei da Califórnia que exige que uma empresa avise os funcionários e representantes do estado com 60 dias de antecedência antes que ocorra uma demissão em massa.
Projetos que terminaram libertaram empregados
Uma das origens destes funcionários que vão ser dispensados vem do conhecido projeto do carro elétrico da Apple. Ao terminar este desenvolvimento, que terá custado à empresa 10 mil milhões de dólares, 2 mil funcionários ficaram sem funções. Alguns foram repescados para projetos de IA e da Siri, mas muitos outros ficaram sem lugar na empresa.
Embora alguns funcionários tenham tido 90 dias para se candidatarem a vagas abertas na Apple, muitos não têm nenhuma experiência de trabalho fora da indústria automóvel. Assim, esses trabalhadores podem não ter lugar na empresa e vão mesmo ter de se despedir da Apple.
Há mais projetos nesta situação na empresa
Outra fonte destes funcionários é outro projeto que a Apple terá terminado internamente. A empresa tentava desenvolver ecrãs microLED, para usar no Apple Watch e no iPhone, mas entendeu que seria mais lógica a sua compra a um fornecedor externo. Assim, a empresa tem novamente um excedente de funcionários que terá de dispensar.
Esta é certamente uma situação que a Apple não pretendia que acontecesse, mas a verdade é que estes trabalhadores não têm agora lugar na empresa. Estes foram tentados a encontrar um espaço dentro das ofertas neste universo, mas a sua especialização torna-os facilmente dispensáveis no contexto atual.
Bom dia.
Só uma pequena correção, se me permitem. Não se chama dispensa mas sim despedimento. Vão despedir 700 trabalhadores.
As palavras têm a sua força!
+1
Concordo totalmente… andamos num mundo de falinhas mansas! Vão ser DESPEDIDOS!!!!! Há que chamar as coisas como são! Estas pessoas vão ficar sem emprego e ter de procurar um novo (se ainda n fizeram). Isto é despedimento. Da mesma forma que quando se juntam a uma empresa é CONTRATAÇÂO, e não reclamar (no sentido de obter de volta algo)
Ridículo!
Bem apontado Edumarquez
“Dispensados” é mais conveniente para o marketing de comunicação dos capitalistas. Existem 2 tipos de luta de classes: a vulgar conhecida luta dos trabalhadores contra os capitalistas, mas também há a luta dos capitalistas contra os trabalhadores. É evidente que falar nisso é tabu, na narrativa dos capitalistas eles são o maior amigo dos trabalhadores, e aí dispensados soa melhor que despedidos. Ora, estas grandes vagas de despedimentos são a principal arma dos capitalistas, porque vão aumentar ainda mais o exército industrial de reserva e reforçar o poderio deles. Com uma taxa brutal de desemprego eles ficam completamente à vontade para fixar sozinhos os salários que querem, ou seja, sempre o mais baixo de todos os salários possíveis. E se trabalhadores ou sindicatps refilarem, ouvem aquela frase intimidatódia que os capitalistas adoram: “vês ali aqueles todos à espera do teu lugar?”
E há os capitalistas que criam emprego para os dispensados. Como não há desemprego nos EUA, estes que saem da Apple nem chegam a gastar a indemnização antes de encontrar novo emprego.
“PIor do que ser explorado pelos capitalistas é – não ser explorado pelos capitalistas”, ou seja, não há emprego.
Grunho, mas qual luta de classes?
Oh homem deixe lá essa cassete.
O mundo mudou, as coisas hoje são diferentes do século 19.
Mas vc queria que toda a gente fosse igual e só houvesse uma “classe”?
Ok, então agora eu pergunto, se todos forem “trabalhadores”, quem é que cria empresas, emprego, investimentos, para dar trabalho aos “trabalhadores”?
Já sei, os “trabalhadores”.
Então e diga me, vc acha que toda a gente tem perfil para ser empresário, toda a gente tem condições para isso, quer económicas quer académicas?
E se todos formos “trabalhadores”, onde é que o estado vai buscar impostos se não houver empresas?
Já sei, os trabalhadores pagam. Mas como, se não tiverem trabalho?
Vc esquece por completo a natureza humana.
Por isso o Socialismo acaba sempre na miséria.
As pessoas não são iguais, umas têm mais capacidades que outras, seja porque estudaram ou porque nasceram mais talentosos.
Vinte violinistas não fazem um Paganini e vinte pianistas não fazem um Beethoven.
Imagine a seguinte situação.
De um momento para o outro aparece na conta bancária de cada português mais 500k euros.
90% das pessoas rebentariam com o dinheiro em coisas supérfluas e apenas uma minoria o iria rentabilizar.
Percebe onde quero chegar?