“É proibido pela lei”: Stellantis criticada por produzir Alfa Romeo Milano na Polónia
O nome do primeiro carro totalmente elétrico da Alfa Romeo está a ser criticado pelo Governo de Itália. O modelo foi chamado Milano, mas está a ser fabricado na Polónia.
Na quarta-feira, a Alfa Romeo, detida pela Stellantis, revelou o seu primeiro carro totalmente elétrico. Cunhada pela história automóvel italiana, a marca inspirou-se na emblemática cidade de Milão, no norte de Itália, onde a Alfa Romeo foi fundada em 1910, e nomeou o pequeno SUV Milano.
O elétrico Milano está a ser construído na fábrica de Tychy da Stellantis, na Polónia, com o Jeep Avenger e o Fiat 600, e é o único Alfa Romeo a ser integralmente produzido fora de Itália.
Segundo o ministro da Indústria italiano, Adolfo Urso, "um carro chamado Milano não pode ser produzido na Polónia", por ser "proibido pela lei italiana". O ministro refugiou-se na legislação de 2003 que visa os produtos que "soam a italiano" e que falsamente afirmam ser italianos.
Esta lei estipula que não se pode dar indicações que induzam os consumidores em erro. Assim, um carro chamado Milano tem de ser produzido em Itália. Caso contrário, dá uma indicação enganosa que não é permitida pela lei italiana.
A lei diz que é ilegal apresentar um produto de fabrico estrangeiro como sendo proveniente de Itália. Normalmente, é invocada contra produtos alimentares, como o queijo "parmesão" fabricado nos Estados Unidos que se assemelha ao "parmigiano" de Itália.
Apesar de não ter comentado sobre a crítica feita pelo ministro da Indústria italiano, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, disse à Automotive News Europe e aos jornalistas, aquando do lançamento do Milano, que produzir o SUV na Polónia, em vez de em Itália, irá reduzir em 10.000 euros o seu preço de venda ao público.
Milano é o primeiro carro totalmente elétrico da Alfa Romeo
A marca italiana regressou aos automóveis pequenos com o novo SUV elétrico Milano, apresentado na quarta-feira. Embora seja o primeiro automóvel totalmente elétrico da marca, chegará com variantes elétricas a bateria e híbridas.
O Milano baseia-se na plataforma Stellantis e-CMP2 e as versões elétricas terão dois níveis de potência: um modelo de base com 154 cv e uma variante Veloce com 237 cv.
A Alfa Romeo promete uma autonomia de até 410 km no ciclo misto WLTP com uma bateria de 54 quilowatts-hora. Além disso, revelou que o tempo de carregamento de 10 a 80% é inferior a 30 minutos numa estação de 100 quilowatts DC.
Relativamente aos preços, que não são ainda definitivos, a variante 100% elétrica deverá começar nos 38.500 euros, e a versão híbrida deverá ficar abaixo dos 30 mil euros.
Ainda vou ser preso a quantidade de pizzas que como fabricadas em Portugal…
Rodrigo acho que só queres ter piada mas realisticamente isto que o ministro fala é uma lei e por isso é mesmo ilegal o nome “milano”. Em relação ao nome “pizza” não se sabe se é de origem italiana ou não e por isso esta lei não se aplica.
Olha que como e até faço em casa também Pizzas Margueritas por isso não sei não, mas vou começar a ter cuidado… 😉
Pizza é nome duma cidade de Italia, tal como Milano… portanto não percebo o teu argumento relativamente ao nome “pizza”
Como assim Pizza é o nome duma cidade italiana???
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pisa
Pisa != Pizza
Eu só queria rir um pouco. Loool
Grande sacana que é este CEO da Stellantis!! Não quer os carros chineses na Itália mas vai produzir uma carro que soa italiano na Polónia. Bem vai ser tramado pela lei italiana.
Deixam a porta aberta para sair se a BYD começasse a fabricar em Itália, mas entretanto a fabricação do Alfa acontece na Polónia…
Está certo.
De repente lembrei-me do Hyundai Kona…
Que lei ridícula essa da Itália.
Ainda bem que outros países não obrigados a respeitá-la.
Imagina se os outros países tivessem leis iguais.
Por exemplo a designação de “champagne” só é autorizada para vinhos produzidos na região de Champagne, em França, e com as castas de vinhas estipuladas pela lei. E isto aplica-se e respeita-se em todo o mundo e o mesmo se passa com o Vinho do Porto. Essas leis ridículas até servem para proteger o produto português das cópias feitas pelo mundo fora.
Mas isso são proteções a produtos específicos não é proteção de nomes. Existem dezenas de marcas de champanhe e de vinho do Porto.
Está lei é diferente.
Acho piada à lei italiana quando há empresas italianas a produzir azeite (italiano) quando o azeite é português e levam o rótulo a dizer produzido em Itália
Olha um carro eléctrico com o peso de um a combustão.
Um carro, dizes bem. Não um frigorifico 😉
Tem a certeza que entende alguma coisa de automóveis ? É que fico sempre na dúvida quando vejo esses comentários. Loool
Pronto chamem-no “Alfa Tychy”! Admito não é tão sedutor como “Alfa Milano”.
Não há alfistas por aqui… ninguém comenta que este Alfa parece um Renault disfarçado.
Será porque ter 4 rodas ?
Parece o novo megane
Está mais para Peugeot 208.
1. As leis são para ser respeitadas. Se discordam de uma lei, existem mecanismos legais para as colocar em causa.
2. O novo modelo podia ser chamado Alfa Romeo Szymankowszczyzna, homenageando uma, pitoresca, aldeia polaca.
Como tantos outros, será comercializado fora de Itália com o nome Milano, e dentro de Itália com outro nome