Tesla junta-se a fabricantes de carros elétricos chinesas para evitarem guerra de preços
Várias fabricantes de carros elétricos juntaram-se na China com o compromisso de regular a forma como comercializam os seus veículos elétricos e evitar novas guerras de preços para ajudar a estabilizar o mercado que está em expansão. Empresas como a NIO, XPeng e BYD uniram-se à Tesla para promover uma concorrência saudável. Mas, e no resto do mundo?
A expansão das fabricantes de carros elétricos chinesas está a fazer soar alarmes no ocidente. Existe uma pressão para que as grandes fabricantes de carros abandonem as produções de carros exclusivamente a combustão, existem as marcas chinesas com preços bastante convidativos e existe uma Tesla que parece comandar o mercado.
A Tesla durante os últimos meses, mantendo elevadas margens de lucro, tem sido capaz de baixar os preços dos seus carros, de forma a manter-se competitiva face às marcas da China.
Mas na China, no início do ano, a baixa de preços motivou descontentamento por parte de muitos compradores que tinham acabado de comprar um Tesla e dias depois viram o preço a cair, sem terem direito a qualquer desconto. A acompanhar a baixa de preços da Tesla, também empresas como a NIO, XPeng e a BYD foram capazes de baixar os preços, mas muitas outras viram-se obrigadas a ficar para trás nesta corrida, por não conseguirem garantir as suas margens de lucro e viabilidade nos negócios.
Ainda assim, o negócio da Tesla é diferente. A China corresponde apenas a 7% das suas vendas, pelo que não será um problema reduzir lá os preços num maior montante, tal como afirmou já o CEO da NIO:
O Model 3 e o Model Y são menos complexos em funções e configurações em comparação com as marcas de carros chinesas, como a BYD, por isso reduz preços para desafiar os seus rivais. A Tesla pode fixar preços de veículos nos Estados Unidos com uma participação de mercado de mais de 60%, mas não na China, onde detém apenas cerca de 7%.
Recorde-se que no segundo trimestre de 2023, as vendas da Tesla superaram todas as expectativas da empresa, com entregas na ordem dos 466 mil carros, pelo que a sua estratégia parece estar a resultar.
O fim da guerra de preços... mas só na China
Foi hoje, no Fórum Automóvel da China 2023, em Xangai, que a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis avançou (via Electrek) com uma promessa assinada por 16 grandes fabricantes que prometem manter a ordem de mercado justo no seu setor.
A promessa foi assinada pela CAAM quatro meses depois de ter pediu ao mercado atenção aos cortes de preços entre os concorrentes, especialmente porque a Tesla começou a usar estratégias de marketing para atacar outras empresas do país. As fabricantes que assinaram hoje o acordo foram a China FAW, Dongfeng Motor, SAIC Motor, Changan Automobile, BAIC, GAC, China National Heavy Duty Truck, Chery, JAC, Geely, Great Wall Motor, BYD, NIO, Li Auto, XPeng Motors e a Tesla. No compromisso pode ler-se:
Primeiro, cumpriremos as regras e regulamentos do setor, regularemos as atividades de marketing, manteremos uma ordem de concorrência justa e não interromperemos a ordem de concorrência justa do mercado com preços anormais.
Em segundo lugar, prestaremos atenção aos métodos de marketing, não exageraremos ou realizaremos marketing falso, para não enganar os consumidores para atrair a atenção e aumentar a aquisição de clientes.
Em terceiro, colocaremos a qualidade em primeiro lugar, usaremos produtos e serviços de alta qualidade orientados para a qualidade para atender às necessidades das pessoas por uma vida melhor.
Em quarto lugar, cumpriremos ativamente a nossa responsabilidade social e desempenharemos um papel ativo para ajudar a estabilizar o crescimento económico, aumentar a confiança e prevenir riscos e trabalhar juntos para contribuir com o crescimento económico nacional.
Com esta medida, no país certamente que irá existir, para já, um maior controlo dos preços... mas o futuro é uma incógnita, bem como os comportamentos no resto do mundo.
Este artigo tem mais de um ano
a globalização e a livre concorrência só funcionam quando interessa. quando não interessa estabelecem-se acordos que mais parecem estruturas de oligopólios colocando a procura e oferta em desiquilíbrio com elevadas vantagens para a oferta e grave prejuízo para a procura, fruto da manutenção de preços, em muitos casos, especulativos.
resumindo, esmifra-se o pobre para dar mais uns milhares de milhões a quem já tem muitos milhares de milhões…
Este acordo não é para controlar os preços entre alguns fabricantes. É para manter a concorrência. É como dizer que um elefante e uma formiga têm ambos direito a uma opinião apesar da diferença de tamanho. Ao fazer este acordo impede que os gigantes da indústria matem os pequenos fabricantes. Quanto ao consumidor temos de pensar da seguinte forma se fosse permitido a desregulamentação do mercado no final haveria poucos fabricantes e depois seria difícil ter preços justos. Ao contrário da ideologia ocidental que permite fazer quase monopólio de empresas na China tenta-se equilibrar a luta. Muito devido ao tamanho da população que, ao contrário da ideologia ocidental, tem muita importância para o governo chinês em termos de como aquele vê a atuação deste.
>isso não é cartel?
Cartel é quando umas combinam com as outras os preços que praticam para que nenhuma delas saia prejudicada e, ultimamente, apenas o consumidor é que sai. Normalmente, quando ocorre uma cartelização de preços, as empresas não fazem conferências públicas porque estão a cometer um crime económico (seja aqui, seja na china).
O grande problema da Tesla, associado à fraca qualidade geral dos seus carros, é que está a destruir o mercado e assassinar a concorrência pelo preço. Há um ano um Model Y tinha um preço de entrada de 60.000 (ou perto disso) e já vai nos 47.000. São modelos diferentes? Não. São gamas diferentes dentro do mesmo modelo.
Faltou dizer que o acordo vai ser feito no Twitter.
Isso não é proibido? Não é cartel?
Cartel.
Isto é o comunismo dos capitalistas. “Concorrência, meritocracia e instabilidade para os outros, socialismo e previsibilidade para mim. “
Muito atrasados…
Em Portugal já temos disso há muito tempo com as operadoras de comunicações, supermercados, gasolineiras, …
Meninos!
Verdade!
Muito antes. No estado novo eram permitidos todos os cartéis de capitalistas e proibidos os cartéis de trabalhadores (sindicatos livres).
Mais um cartel…
+1, Isto é puro cartel. Chamem a autoridade da concorrência looloooloool
Para Cartel já basta a OPEP….
Meus amigos a verdade e esta, o ocidente tem o melhor do mundo e o resto anda de joelhos poiis por muita propaganda que facam não tem know how para serem considerados primeiro mundo. A china e russia juntas não fazem mossa nem a Portugal que tem um nivel muito superior de vida
Os Teslas sempre tiveram a qualidade de um produto chinês baratucho por isso vão se adaptar perfeitamente.