O melhor dos dois mundos chega no Hyundai Tucson PHEV 1.6 TGDI
Se ainda não decidiu se deve embarcar numa aventura elétrica ou se convém manter-se no confortável mundo da combustão interna, trazemos uma máquina que oferece o melhor dos dois mundos. Estivemos ao volante do Hyundai Tucson PHEV 1.6 TGDI AT Vanguard MY21, este que é um dos mais potentes da eletrificação da gama. Venha conhecer o SUV híbrido plug-in sul-coreano.
Paulatinamente, estamos a viver a transição para uma mobilidade elétrica. Contudo, se os modelos puramente elétricos ainda não são para si - seja pelo preço que ainda lhes está associado, pela rede de carregamento que é insuficiente, pelo medo relativamente à manutenção do veículo, ou outros -, há opções no mercado que oferecem o melhor do dois mundos. Ajudam a que se habitue à dinâmica da mobilidade a bateria, sem comprometer as suas viagens. Claro, têm um custo, mas tudo nesta vida também o tem!
Como já é apanágio da Hyundai com os seus modelos Tucson, este híbrido é uma opção muito ajustada e comprova que é possível conjugar eficiência e qualidade com conforto. Mais ainda, num híbrido plug-in.
Depois do Hyundai Tucson 1.6 TGDi Vanguard, do HEV 1.6 TGDI AT Vanguard MY22 e do 1.6 CRDi 48V 136 4x2 Vanguard, ensaiamos o PHEV 1.6 TGDI AT Vanguard MY21.
Exterior moderno para convencer qualquer um
A Hyundai descreve-o como uma verdadeira revolução. Considerando o modelo anterior, este Tucson é ligeiramente maior em comprimento (4,50 m), largura (1,87 m) e altura (1,65 m), assegurando um design progressivo, mais arrojado e sofisticado.
Além do Parametric Design, conceito apresentado em 2020, este é o primeiro SUV da Hyundai a ser desenvolvido de acordo com a nova identidade de Sensuous Sportiness - uma espécie de desportividade sensual, segundo os sul-coreanos. Basicamente, é dar ao veículo um aspeto desportivo, ainda que seja um SUV grande e robusto.
Como temos visto nas nossas críticas a este SUV, ele tem, de facto, um design que não passa despercebido. Muito por culpa deste seu aspeto diferente: a imponência da grelha com um conjunto de faróis muito atrevido prende o olhar dos transeuntes.
Graças à tecnologia de iluminação de última geração Half-Mirror, os faróis paramétricos ficam ocultos quando as luzes e piscas estão desligados, fundindo-se na grelha. Contudo, quando são ligadas, as secções laterais da grelha dianteira iluminam-se. Também o limpa para-brisas traseiro está, neste modelo, escondido.
A par das novidades no exterior que lhe atribuem pontos de sofisticação, as jantes de liga leve de 19" garantem que não passa despercebido na estrada, tornando-o ainda mais agradável, visualmente.
Interior tecnológico, exatamente como se quer
O interior do Tucson PHEV 1.6 TGDI AT Vanguard MY21 faz jus à promessa de sofisticação da Hyundai para este modelo. O resultado é fruto de cuidado e a qualidade dos acabamentos é satisfatória.
Este habitáculo poderá pecar, para alguns mais puristas, pela grande quantidade de botões físicos. Para outros, a usabilidade do painel central gerido pelo toque pode ser um problema durante a condução. De facto, como já havíamos anteriormente referido, sem conhecer bem o painel de infoentretenimento, mexer nas opções que são comandadas pelo toque exige que retire os olhos da estrada por alguns segundos, o que não é boa prática.
É preferível gerir no volante alguns comandos e antecipar outras ações, como a gestão do GPS, da temperatura ou até da ligação com os dispositivos móveis.
Embora a versão Premium deste Tucson permita aceder às aplicações do Apple CarPlay e Android Auto sem fios, a que tivemos em mãos, a Vanguard, fica-se pela ligação por cabo, na porta abaixo do ecrã central.
O sistema de controlo atmosférico, que a Hyundai descreve como "revolucionário", combina ventiladores diretos e indiretos, de modo a assegurar conforto durante as viagens.
Com 558 litros de disponibilidade de bagageira, os bancos traseiros acomodam facilmente os passageiros e podem ainda ser rebatidos para oferecer mais espaço de mala.
À frente, como já não poderia deixar de ser, encontra-se o sistema de infotainment com ecrã tátil de 10,25”.
Os Bluelink Connected Car Services estão disponíveis neste Tucson, permitindo, por exemplo, reconhecimento de voz online.
Em termos de segurança, também a tecnologia dá uma importante mãozinha, sob o nome de Hyundai Smart Sense:
- Câmara de auxílio ao estacionamento traseira com linhas dinâmicas
- Sistema de alerta de fadiga do condutor (DAW)
- Controlo de Arranque em Subida e Controlo de Descida (HAC/DBC)
- Travagem Autónoma de Emergência (FCA)
- Sistema de Manutenção à faixa de rodagem (LKA)
Estes sistemas são um precioso auxílio ao condutor, facilitam as manobras e são importantes na deteção de perigos que estejam ocultos aos nossos olhos. É sem dúvida uma vantagem, pela quantidade dos ADAS, mas sobretudo por ser prova da sua qualidade.
Tucson híbrido plug-in apresenta-se com uma generosa proposta de desempenho
O Hyundai Tucson plug-in combina o motor 1.6 a gasolina de 179 cv, com um motor elétrico de 91 cv, e conta com uma caixa de velocidades automática de seis velocidades.
A potência máxima combinada é de 265 cv e o binário chega aos 350 Nm. Uma dos aspetos mais interessantes neste SUV é a tração às quatro rodas, mecânica, com uma embraiagem multidiscos central. Como a diversão começa, quando o alcatrão acaba, este Tucson traz 3 modos de condução para fora de estrada: Mud/Sand/Snow. No entanto, atenção ao piso onde o mete, pois a altura ao solo é só de 170 mm.
Para uma personalização ao nosso gosto de condução, o veículo oferece também diferentes modos para condução em estrada: Eco, Normal e Sport; e ainda os modos de utilização do sistema híbrido: Electric/Hybrid/Auto. Depois de nos habituarmos a estes modos, facilmente percebemos que podemos beneficiar da escolha correta.
Como SUV, este Tucson é bastante rápido, atinge uma velocidade máxima de 190 km/h, e uma aceleração 0 a 100 km/h em 8,2 segundos.
Preço
Em Portugal, este Hyundai Tucson PHEV 1.6 TGDI AT Vanguard está disponível pelo valor de 51.860 euros, podendo este descer até aos 48.860 euros com Campanha de Financiamento Cetelem (Exclusivo HOD).
Toda a gama Hyundai tem 7 anos de garantia sem limite de quilómetros.
Veredicto
Estamos perante um SUV para um segmento de preços a rondar os 50 mil euros. Este preço está refletido na qualidade da motorização, na eletrificação pensada para poupar dinheiro a quem faz diariamente viagens até 60 km. A bateria ajuda a poupar, mas temos de ter em atenção, caso esgotemos a energia, uma vez que o Tucson pesa quase dois mil quilos. Não é leve e o motor a gasolina vai entrar em ação para dar potência ao veículo.
Este Hyundai apresenta um equilibrado sistema de travagem, suave e que permite regenerar alguma energia. Contudo, e porque fizemos estradas sinuosas com bastante declive, era importante a função “B” na caixa. Seguramente, iria aumentar a intensidade da regeneração nas desacelerações. Também notamos a falta de uma modo que lidasse melhor com a energia gerada para a podermos gastar mais tarde. A bateria, como existe noutras marcas, também não pode ser carregada em andamento.
Não podemos deixar de mencionar que este SUV tem uma média de consumo: 1,4 l/100 km, mas facilmente dispara para os 7,5 l/100 km com a bateria nos 0%. Atenção, não é mau, tendo em conta o peso do Tucson.
Por fim, referir que alguns ruídos aerodinâmicos, em longas viagens, podem irritar. No entanto, o habitáculo e o tipo de condução são muito confortáveis. Depois de 3 horas ao volante, não sentimos a fadiga, visto que o carro absorveu muito do impacto que resulta no cansaço da condução.
Este artigo tem mais de um ano
O melhor dos dois mundos também têm as desvantagens dos dois mundos…
PHEV’s não obrigado, saltei para BEV diretamente 🙂
Também sou dessa opinião, só estão adiar a mudança para totalmente elétricos com estas versões.
Sem esquecer que estes PHEVs vão para os carregadores de rua e só carregam no máximo a 7.2kW (AC) o que lhes leva 2 horas.
Depois vêm o @yamahia a criticar a dizer que elétricos demoram muito tempo a carregar e dar novamente o exemplo do Jaguar E-Pace a carregar em AC numa tomada com o máximo de 3.7kW…
LOL
Estes não são elektros. Acabando os electrões segue a Diesel., não tem porue esperar.
Qt aos carregadores o @Realista tá a ser injusto.
Tb levei o i-Pace a um PCUR a 5 kmm de casa e como não apareceu ng para jogar à bola no ringue da Encarnação fiquei triste, abandonado e sozinho durante 1 hora à espera que o carro carregasse até 80%.
O @Realista gosta muito de gozar comigo qd eu faço figuras trites, snif…snif
Não inventes, o i-Pace num PCUR (150kW) carrega em 25min até 80%… 😛
++1
Precisamente. Acho que são o pior de dos mundos – um carro a gasolina que gasta muito ou um carro elétrico com pouca autonomia e potência, e por um preço muito elevado.
Dar 50mil Eur. por um SUV do segmento C, que tem apenas e só 60km’s de autonomia eletrica (que na realidade nunca é), e que fim dessa electrificação começa a consumir 7,5L… não me parece nada ser um bom negócio do ponto de vista financeiro para uma pessoa singular. Enquanto empresa, visto poder recuperar o IVA ainda vai que não vai… mas por 50mil Eur. há proposta 100% eletricas muito mais atrativas e sem os custos de manutenção que os Plug-in têm!
49 mil euros? Outro condenado ao fracasso!
Os números dizem o contrário 😉 O Tucson tem sido um dos SUV com boas vendas em Portugal.
Mas não é por 49 mil euros!
Então?
O Tucson é/era vendido também na versão hibrido ( não plugin ) por valores mais simpáticos.
Com as vantagens e desvantagens dos não plugin obviamente.
Exato.
“Também o para-brisas traseiro está escondido ??” Não percebi.
Não o vês, está escondido por baixo do spoiler traseiro.
“Para-Brisas” é o vidro, “Limpa Para-Brisas” é a escova..
Sim já está corrigido “Também o limpa para-brisas traseiro está, neste modelo, escondido.”
Para quando a versão MY23?
Há pequenos detalhes que vale a pena observar, e que trazem melhorias…
Não são muitas… Mas vale a pena.
Alguém já teve acesso a alguma versão MY23?