NASA e SpaceX estudam prolongar vida útil do telescópio Hubble
O Telescópio Espacial Hubble é um satélite artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para luz visível e infravermelha. Foi lançado pela NASA no dia 24 de abril de 1990. A agência espacial norte-americana conta que estará ativo até final desta década. Contudo, a NASA partilhou ontem um comunicado onde afirma estar a estudar com a SpaceX o prolongar da vida útil do telescópio Hubble.
O telescópio está ao alcance da NASA, aliás, este equipamento recebeu várias correções e melhorias entre 1993 e 2009. Agora, estas duas empresas poderão dar mais tempo de vida ao Hubble. Então, o que é necessário fazer?
NASA e SpaceX querem dar uma nova vida ao Hubble
A NASA referiu no seu site que assinou com a SpaceX um acordo para estudar a viabilidade de uma ideia do Programa SpaceX e Polaris para impulsionar o Telescópio Espacial Hubble da agência para uma órbita superior com a nave espacial Dragon, sem custos para o governo.
Este equipamento, que foi até hoje dos que mais nos trouxe sobre o universo longínquo, opera desde 1990 a cerca de 540 quilómetros da Terra, uma órbita que decai lentamente com o tempo.
Assim, o Hubble carece de propulsão a bordo para combater a pequena, mas notável resistência atmosférica nessa área do espaço, e a sua altitude foi anteriormente restabelecida durante missões do vaivém espacial. O novo projeto envolveria a cápsula da SpaceX.
Há uns meses, a SpaceX abordou a NASA com a ideia de estudar se uma tripulação comercial poderia ajudar a impulsionar a nossa nave espacial Hubble.
Referiu o cientista-chefe da NASA, Thomas Zurbuchen.
Um dos mais importantes instrumentos na descoberta do universo
Zurbuchen acrescentou que a agência havia aceitado o estudo sem custos. Além disso, disse o cientista, não há planos concretos no momento de conduzir ou financiar uma missão como esta até que se compreenda melhor os seus desafios técnicos.
A SpaceX propôs a ideia em parceria com o Programa Polaris, uma empresa privada de voos espaciais tripulados gerida pelo multimilionário Jared Isaacman, que no ano passado alugou uma nave Dragon, da SpaceX, para orbitar a Terra com outros três astronautas privados.
Em resposta a um repórter que perguntou se poderia haver uma perceção de que a missão foi concebida para dar aos ricos tarefas no espaço, Zurbuchen respondeu:
Acredito que é apropriado que a consideremos devido ao tremendo valor que este ativo de investigação tem para nós.
Na verdade, este será, provavelmente, um dos instrumentos mais valiosos da história científica. O Hubble continua a fazer importantes descobertas, incluindo a deteção, este ano, da estrela individual mais longe já vista, a Eärendel, cuja luz levou 12,9 mil milhões de anos para chegar à Terra.
Segundo referiu Patrick Crouse, responsável pelo projeto Hubble, atualmente, o telescópio tem uma previsão de permanecer em operação ao longo desta década, com 50% de hipóteses de sair de órbita em 2037,
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