Combustíveis: Está a pagar muito? ERSE lança tabela de referência
Como temos vindo a acompanhar, o preço dos combustíveis tem tido uma oscilação enorme desde que começou a guerra entra a Rússia e a Ucrânia. Os preços estão num sobe e desce a cada semana e os portugueses nem sempre sabem muito bem se o valor a pagar está ajustado.
Para esclarecer os condutores, a ERSE lançou uma tabela de referência com valores dos combustíveis.
Combustíveis: ERSE lança relatório para esta semana
Todas as segundas-feiras, vai ser divulgado, no site da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o "preço eficiente" de cada combustível. Segundo a ERSE, o "preço eficiente" é um preço médio semanal determinado pela entidade e determinado pela soma das seguintes componentes: os preços dos combustíveis nos mercados internacionais de referência e os respetivos fretes marítimos, a logística primária, incluindo nesta parcela as reservas estratégicas e de segurança do Sistema Petrolífero Nacional, os sobrecustos com a incorporação de biocombustíveis e a componente de retalho acrescida dos impostos respetivos.
Hoje a ERSE lançou o Relatório Semanal de Supervisão dos Preços de Venda ao Público para a semana de 30-maio-2022 a 05-junho-2022.
De referir também que o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou recentemente que pretende ter, a partir desta quarta-feira, dia 1 de junho, a nova ferramenta que permitirá a fixação dos preços máximos dos combustíveis, caso se entenda que é necessário.
Este artigo tem mais de um ano
É sempre isto! A ERSE só “lança” esta tabela de referência depois do spread da petrolíferas estar altíssimo! Não lançou esta tabela o spread estava “normal” (que já era alto desde há dois anos para cá)! Mais uma vez dá ideia que a ERSE está conivente com as petrolíferas!
Os valores anteriores estão disponíveis no site da ERSE. Lá podes ver as margens das petrolíferas.
Não preciso de ferramenta, basta ver o talo e o valor do imposto, está lá tudo, um roubo.
Olha que não… olha que não.
Então explica-me uma coisa… não queres pagar impostos, mas queres ter tudo gratuito? Neste momento o imposto baixou e as petrolíferas aproveitaram-se… queres melhor? É o chico-espertismo tuga a funcionar no seu pleno.
Sim, e vão pagar a diferença noutros impostos.
Reino Unido avança com imposto sobre petrolíferas de que Portugal abdicou
Portugal falou mas não avançou, o Reino Unido não disse mas criou: um imposto sobre os lucros extraordinários das petrolíferas, que estão a ganhar mais dinheiro este ano com o aumento da cotação internacional do petróleo.
O nome técnico é “windfall tax”, um imposto que tributa lucros obtidos por empresas que beneficiam de condições que não controlam nem provocaram.
O governo está a profissionalizar-se como máquina de propaganda – a oposição esfrangalhada cede e a maioria absoluta concede. Mas nos preços dos combustíveis é outra coisa: o primeiro-ministro foi ridicularizado pelas gasolineiras, que no primeiro dia se apropriaram de 40% da descida do imposto. Não nos surpreende. Mas o governo faz figura de parvo, as gasolineiras fizeram figura de espertas – e na verdade foram estúpidas.
É que nem disfarçaram.
Há quase um mês, aqui escrevi sobre o risco de a descida do imposto não repassar para o preço final: “Quem nos garante que as gasolineiras não vão apropriar-se de parte dessa descida? Ninguém. Pelos vistos, nem o Estado.” É que “o governo late mas o Estado não morde” e “não se compreende que não pressione as gasolineiras a fazer parte da distribuição dos sacrifícios”. Pedi-lhes o mínimo de decência: “não abocanhar parte da descida dos impostos contando que ninguém veja.”
Toda a gente viu.
De domingo para segunda, os preços só caíram 8,7 cêntimos. O Ministério das Finanças exultara na sexta e o primeiro-ministro gabara-se na própria segunda: “A redução do ISP num valor equivalente à descida do IVA para 13% traduz-se, já hoje, num desconto de 15,5 cêntimos na gasolina e de 14,2 cêntimos no gasóleo.” Como diria o outro: lol.
Rir às gargalhadas o tanas, nem da propaganda do governo dá para rir. Medina e Costa não mentiram, fizeram a conta básica: a zomba vem das gasolineiras. Ou não têm nada na cabeça ou julgam que nada na cabeça temos nós.
No dia em que sabiam que toda a gente ia olhar, ver, verificar, confrontar. Ao nem disfarçarem, atiçaram a turba. A estupidez é essa: deram legitimidade a todas as intervenções do Estado. Até a erradas.
Isto não fica por aqui – António Costa não se presta a ser feito de palhaço. Mas vai fazer o quê?
A ASAE, com que o primeiro-ministro bramiu agora a espada na fiscalização às gasolineiras, nisto não serve neste momento para nada.
A ERSE, com que o governo bradou há quase um ano, não serviu uma só vez até hoje para verificar margens abusivas.
A ENSE, que mede as margens das gasolineiras, acaba de ser decapitada pelo próprio governo, que demitiu o seu presidente na semana passada sem dar explicações, não se sabe se por pressões das gasolineiras que a criticaram quando denunciou aumentos das margens na pandemia, ou se por um ataque de mau feitio do secretário de Estado João Galamba.
A AdC desaconselha tetos administrativos aos preços, porque todos seriam levados a alinhar no preço máximo.
O Governo anunciou um imposto sobre ganhos extraordinários das petrolíferas, mas esse windfall tax foi só vento caído, nasceu num discurso do ministro da Economia e morreu no discurso seguinte.
Se não quer fazer figuras tristes, António Costa tem de fazer à espanhola e pressionar as gasolineiras, não basta aconselhar-nos a “olhar com atenção para a fatura”.
Olhamos com toda a atenção e o que vemos é que o petróleo subiu 13% em dólares e 20% em euros desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, ao passo que o preço do gasóleo subiu 11% e teria subido 21% se o Estado não tivesse baixado os impostos.
E porquê? Surpresa! Porque as empresas cobram o preço mais alto possível que um grupo de consumidores esteja disposto a pagar. Não é crime, é o mercado a funcionar e isso está certo. Mas o mercado só funciona se funcionar a favor do consumidor, se houver concorrência e regulação atenta a desvios. Houve? Perguntemos às entidades daquelas siglas todas já citadas: “Não sabe/não responde”.
É possível que as gasolineiras tenham vendido pouco combustível na semana passada, porque os automobilistas guardaram-se para esta segunda-feira. É possível que tenham pois querido compensar na segunda-feira, quando podiam contar com uma corrida às bombas. É possível que agora até desçam os preços nos próximos dias.
O que não é possível é tomarem-nos por parvos, como estão a tomar o governo, enquanto os consumidores pagam mais e mais. Porque isto não é bem a lei do mercado, é a lei da bomba. Da bomba da gasolina.
100% de acordo. os lobby’s a funcionarem em todo o seu explendor.
Acredito que um dia as petroliferas estejam a pedir apoios ao governo pela descida no seu negócio.
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Nacionalizam-se prejuízos e privatizam-se lucros, sempre assim foi, mas o zé tuga aprova. Condena o público de receber impostos, mas aplaude os privados por terem lucros astronómicos. Isto porquê? Só porque está lá o Costa.
Isto é o poder economico, a subjugar o poder politico, mas tá tudo bem há bola.
Mas será que ninguém percebe o básico?
Enquanto os combustíveis se venderem a este ritmo o preço nunca baixará, vai andar sempre pelos 2 euros, mínimo.
Toda a gente fala que o preço está alto mas o trânsito continua ou está ainda pior que antes.
Se está alto como é que estão as estradas cheias de carros?
Afinal há dinheiro.
E então a quantidade de Mercedes e BMW de alta cilindrada que se vê nas ruas é um abuso.
Ainda à pouco vim atrás de um BMW X6 e é mais largo um daqueles pneus do que os 4 do meu carro.
Nem imagino o preço de cada um… e o IUC então ui ui…
A segunda circular, a ponte, sempre tudo entupido.
Crise? Qual crise?
Não vejo crise nenhuma, pelo menos no que a automóveis diz respeito…
Eu gasto pouco porque moro perto do trabalho, mas quem mora longe vem de popó na mesma…
E só para rematar, o poder económico não subjuga o poder político, ambos se complementam e ambos se aproveitam dos pobres que têm que fazer pela vida.
Atenciosamente, PorcoDoPunjab
Concordo com a tua opinião, não vejo qualquer redução no trânsito nas estradas. Tanto faz o preço dos combustíveis estarem a 1,6€ como a 2€ o litro, as pessoas não deixam o automóvel. A verdade seja dita, temos uma infraestrutura péssima no que diz respeito a transportes públicos em Lisboa. As pessoas preferem gastar mais em combustíveis e desgaste no carro que utilizarem os transportes públicos.
Mas gosto de ver o “tuga” na Holanda a andar de bicicleta para ir para o trabalho e em Portugal muitos nem bicicleta tem! Em Roma sê romano.
Resumidamente, os povo é que é o culpado se houvessem manifestações que parassem o país uma semana, sem ninguém puder abastacer o carro, parar os camiões, aviões, táxis, tvde,etc. Aposto o que quiserem que o Estado e as gasolineiras pensavam duas vezes. Aquelas tretas de “não vamos abastacer na quarta-feira”, isso serve de quê? Tem é que haver manifestações a sério e a doer. O Estado enche os bolsos à custa de quem trabalha, só impostos, taxas e taxinhas.
As estradas estão cheias pq as pessoas necessitam do carro para trabalhar.
Lisboa não é Portugal