Carregador universal para smartphones na Europa pode chegar ainda este ano
A União Europeia está decidida a criar um padrão para os carregadores na indústria dos smartphones e outros equipamentos. Esta é uma ideia com vários anos e que tem demorado a tomar forma e a entrar em vigor.
As ideias têm crescido e os legisladores mostram a sua vontade, com alguns passos importantes já dados. Agora, para mostrar como este processo está a decorrer, surge mais uma informação. A ideia é ter o carregador universal para smartphones na Europa ainda este ano.
Esta decisão, caso avance, vai mudar muito em vários campos da indústria. Ao assumir uma interface única para carregamento, a União Europeia facilita a reciclagem destes carregadores, independentemente da marca, que podem ser usados em qualquer dispositivo.
Claro que esta decisão pode trazer problemas a empresas como a Apple, que tem a sua interface própria e que se tem mostrado contra esta medida. Segundo declarou, este padrão pode limitar a inovação e impedir que as empresas criem novas tecnologias.
O responsável por este movimento na União Europeia revelou agora que este tome forma muito em breve. Alex Agius Saliba espera que até ao final de 2022 exista legislação aprovada para que esta medida entre em vigor.
Um acordo até o final do ano é factível. Esta é a nossa ambição
Espera-se que a assembleia legislativa possa votar a sua proposta em maio, iniciando assim o processo. Caso passe, irá permitir que sejam iniciadas conversas com os países da União Europeia sobre um esboço final do que será apresentado.
Há ainda uma mudança importante e que até agora não estava a ser contemplada pelos legisladores. Querem alargar esta medida a outros equipamentos, indo par além dos smartphones, auscultadores ou tablets.
Esta seria uma oportunidade totalmente perdida se nos concentrarmos apenas em smartphones
Assim, o objetivo é levar esta mudança a teclados, ratos, smartwatches e todos os equipamentos móveis com uma porta de carregamento. Resta saber se estes novos objetivos vão ser cumpridos e até onde será possível estender esta ideia que tem tudo para ser um sucesso.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Reuters
Neste artigo: carregador, equipamentos, europa, smartphones
Na era de ouro da nokia havia dezenas de portas diferentes mesmo para modelos dentro da mesma marca. Agora se resume a 3 portas e com o tempo a duas. para quê complicar quando naturalmente descomplicaram o problema?
Europa a ser Europa. Não admira que os Yankees estejam fartos de nós.
Queixamo-nos dos Russos mas nós somos um antro de comunismo e de falta de liberdade de escolha.
Entao se os standards forem impostos pelos US/RU/CN nao há problema certo? Só há problema se for decidido na UE… Se calhar está na altura de emigrar (para fora da UE se for para país da UE nao é emigraçao)…
Os Portugueses que sao “contra” standards elaborados na UE deviam de viajar (nao que eu tenha muita experiencia) para ver o que é nao ter standards (que até sao negociados para chegar a versoes finais aceites na UE).
Cumprimentos.
como se os “yankees” fossem algum exemplo de alguma coisa seja para quem for 😀 há mesmo quem viva num mundo de ilusão
Fiquei confuso … mas o problema não era a interface do telemóvel que recebe o cabo ?
Corrijam-me se estiver errado mas de há uns anos para cá todos os carregadores tem a mesma porta USB, o que varia é a voltagem de carregamento e a ponta do cabo USB que liga ao telemóvel que pode ser USB-C/Micro-USB/Interfece Apple ??
tens muitos cabos que agora são USB-C to USB-C, normalmente fornecidos por tops de gama sem carregador, o que obrigaga aos consumidores a compra de um carregador novo e tens também o caso da Apple nos smartphones, que os cabos fornecidos são Lightning numa ponta e USB-C na outra, logo quem ja tem apple ou continua a usar os cabos antigos com os carregadores antigos, ou compram o novo carregador de 20/25w ja com entrada USB-C, enfim…
Mas já existe um carregador universal, é o carregador USB Power Delivery (USB PD). Estes carregadores podem fornecer uma potência de até 100 Watts, com uma tensão que pode variar entre 5 e 20 Volts, quando usados em dispositivos compatíveis PD. Também carregam dispositivos não compatíveis PD, mas nesse caso comportam-se como um carregador normal, com tensão de saída de 5 Volt e corrente de 1 Ampere max.
A propósito, não resisto a referir uma coisa curiosa: tenho um chromebook HP compativel com carregamento PD. Um dia experimentei carregá-lo com um daqueles carregadores convencionais que vêm com smartphones baratos – e qual não foi o meu espanto ao constatar que carregava o chromebook! Devagar, mas carregava! O meu espanto deriva do facto de o chromebook ter uma bateria de 7,7V, e o carregador fornecer apenas 5V!
a questão é a interface de ligação tal como diz no texto e não o carregador em si.
nuns dispositivos tens micro-usb, noutros usb-c e noutros lightning. já para não falar “do outro lado do cabo”, aquele que liga ao carregador, em que pode ainda ter uma combinação dos acima com usb-a ou usb-c.
se uniformizares os interfaces aí sim o que dizes sobre os carregadores pd passa a ser verdade em termos de universalidade. uniformizando os interfaces um carregador pd serviria para tudo, dependendo da potência disponibilizada, obviamente
no tempo do nokia 3310 e companhia existiam dezenas de portas de carregamento, mesmo dentro da própria marca. Felizmente hoje reduziram-se ao lightning, usbC e microUSB (este último a desaparecer). Já houve uma grande caminhada. O ideal seria tudo USB C? Claro que a Apple se opõe porque lucro, mas até têm razão numa coisa: Forçar tudo a USB C vai impedir competição e consequentemente inovação. Competição entre marcas é sempre bom para nós, o consumidor final. Vejam o que a Intel fez durante anos: só quando a AMD acordou com os RYZEN é que houve, de facto, melhorias nos CPUs.
Depende. Pode existir inovação dentro do mesmo ‘padrão’/interface. Veja-se o HDMI agora com a v2.1 e o DisplayPort. USB-C já segue o mesmo paradigma (já tem diferentes versões e melhorias digo).
Tudo tem um limite claro. A meu ver esse ponto já valida a construção de um novo (possível) padrão de interfaces.
Até a Apple (ou outra marca) apresentar uma interface melhor que o USB-C não tem razão em nada e só olha para o lucro e monopolização. Microsoft também com a sua “surface port” (se bem que com uns tweaks podemos adquirir um adaptador usb-c para isso)
Sem legislação a industria atualmente está a convergir quase toda para o interface USB-C.
A especificação mais atual do USB, o USB4, requere exclusivamente o uso do interface USB-C ao contrario das anteriores e o Power delivery pode ir até 240W.
Importante na legislação será arranjar um forma simples para classificar e transmitir, a quem não percebe nada do assunto, os diferentes Power Profiles. Por exemplo, eu compro um Smartwatch que trás um carregador de 10W, ainda que o interface seja compatível, não posso esperar que o mesmo seja capaz de carregar o meu Portátil de requere 45W.
A informação vai ter que ser muito mais clara, para que qualquer leigo consiga perceber que pode utilizar o carregador do Portátil de 45W, para o Telemóvel de 25W e o Relógio de 10W, mas não o do Telemóvel no Portátil.
Concordo com esta medida,é benéfica.