Semicondutores: Produção automóvel cai 35,7% em setembro
Não está fácil o caminho para o mercado automóvel. A escassez de semicondutores é cada vez maior e isso afeta diretamente a produção automóvel.
Segundo a ACAP, o número de veículos automóveis produzidos em Portugal em setembro foi de 21.006, uma queda de 35,7% face ao mês homólogo de 2020.
Escassez de semicondutores tem enorme impacto na produção automóvel...
O segmento automóvel continua com vários problemas devido à falta de semicondutores. A produção automóvel tem vindo a cair e isso significa que começam a não existirem veículos para entrega. De acordo com a ACAP, no conjunto dos nove primeiros meses de 2021 “saíram das fábricas instaladas em Portugal 200.731 veículos, ou seja, mais 8,1% do que em igual período do ano anterior”, refere a associação em comunicado, acrescentando que “97,5% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo”.
A Europa “continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional – com 87,3% –, com a Alemanha (16,7%), França (14,3%), Itália (13,4%) e Espanha (12,1%) no topo do ‘ranking’”, segundo a ACAP.
Relativamente aos veículos ligeiros de passageiros, a escassez de semicondutores, levou a que em setembro tivessem sido produzidos em Portugal 15.714 veículos, menos 41,5% do que no mesmo mês do ano passado, mas no conjunto dos nove meses foi registado um aumento homólogo de 7,3% para 158.729 unidades.
Foram montados 18 veículos pesados, menos 50% face a igual mês de 2020
Nos ligeiros de mercadorias foi registada uma queda de 11,3% em setembro, para 4.863 veículos, mas um aumento de 9,2% para 38.878 veículos no conjunto dos primeiros nove meses deste ano.
Já a produção de veículos pesados aumentou em termos homólogos 23,3% em setembro, para 429 veículos, e 42,7% no conjunto dos nove meses, para 3.124 unidades.
Em setembro deste ano foram montados 18 veículos pesados, menos 50% face a igual mês de 2020. De acordo com várias informações, a crise dos semicondudores poderá ter fim apenas em 2023.
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Já a Toyota manteve os níveis de produção, é o unico fabricante de carros mundial a quem a falta de semicondutores não afecta.
Acabou de cortar a sua produção em 15%.
Na verdade foi só 3%, e é só uma medida preventiva.
A Toyota, a grande inventora do JIT manufacturing e que toda a industria automovel usa hoje em dia em 2011 teve um grande revés quando o Japão foi atingido pelo 4º maior tremor de terra de sempre a nível mundial, e embora as linhas de produção da Toyota não tenham levado mais que 1 semana a estar operacionais, as fabricas de semicondutores levaram vários meses até estarem operacionais, então desde aí a Toyota é o unico fabricante mundial a fazer stock de semicondutores, tipicamente suficientes para 6 meses de produção.
Os Japoneses aprendem e ensinam, só temos de estar abertos.
A produção cai e os preços aumentam…. Pior altura para se comprar carro!
Andaram os “génios” políticos que temos a permitir e a incentivar a deslocação do fabrico e tecnologia para outras paragens durante as três últimas décadas, quiçá em troca de favores, para agora andarmos nisto. Por cá nem um prego (em sentido figurados e concreto) se fabrica. Um relativamente país pobre, paradoxalmente de tudo fazia – tinha e tem como sabemos más politicas sociais, hoje, anda apenas de bandeja na mão ou a dobrar trapos feitos noutras paragens. É isto racional? Michio Kaku, diz numa das suas obras – “A Física do Futuro”, se não estou em erro – que os valor dos “chips”, com a sua produção em cada vez maior escala, o seu preço iria descer a tais níveis que chegariam a ser mais baratos que a areia! Também quis acreditar nisso – o sonho da evolução Humana com um perfeito entrelaçamento entre a tecnologia, Natureza, pela filosofia e o espírito, é uma velha e ingénua ambição minha -, porém numa economia, mesmo que global e, precisamente por isso, jamais poderia colocar “todos os voos na mesma cesta”! O fabrico e produção dos bens, tem de que se diversificar nas diversas regiões do planeta. Com a preferência de servir os mercados locais, pois nada justifica que perto de 6 milhões de navios e não quantos barcos, naveguem por estes mares por uma necessidade artificial, com os portos actualmente cheios de contentores – ainda me vêm falar da poluição que os automóveis fazem, numa patética desculpa para criar uma nova economia! Até que mesmo na natureza marítima, tais actos têm tido efeitos. Já fiz muitas viagens de navio, quer militares quer em pesquisa, o que tenho notado é que a vida marinha está a desaparecer a um velocidade assustadora, há desertos nos mares onde antes havia vida abundante. Não apenas pelas alterações climáticas, os animais adaptam-se – basta ver como a maioria dos animais fugiram das zonas asiáticas onde se deu o enorme e mortal maremoto de 2004, como também pelos múltiplos acidentes com animais maiores pois as vias estão saturadas, e finalmente, pela tremenda predação feita pelo Homem para alimentar super-populações gulosas e insaciáveis.