Amazon e Google já são desafiadas pela Baidu, Alibaba e Xiaomi
São uma visão cada vez mais comum nos nossos lares. Os altifalantes inteligentes albergam as mais variadas assistentes virtuais e ajudam-nos em pequenas tarefas diárias, além de serem centros de entretenimento. Mas, qual é a fabricante mais popular em 2019? A Amazon, Google, ou será uma "nova" rival chinesa?
A Canalys avança agora o seu relatório que nos permite aferir a popularidade das principais tecnológicas.
Ainda que possam parecer um luxo desnecessário, os altifalantes inteligentes são uma comodidade cada vez mais em voga. Assim sendo, temos visto uma aposta diversificada por parte de várias entidades, com a Amazon e a Google, por norma, a liderar. No entanto, os ventos de crescimento fazem-se sentir sobretudo na China.
O domínio (interrompido) da Amazon e da Google
Isto é, apesar de normalmente serem as duas tecnológicas norte-americanas as líderes de mercado, há agora um forte advento das empresas chinesas. Aliás, de acordo com a Canalys a Google já foi ultrapassada durante o 2.º trimestre de 2019 pela Baidu, a gigante das pesquisas na China que também apostou neste nicho.
Ao mesmo tempo, vemos ainda a Alibaba a ganhar terreno, sendo uma das maiores empresas chinesas. Para que não a conhece, a sua área de especialização é o comércio online, sendo equiparável à Amazon. Já em quinto lugar, durante o trimestre em apreço, temos outro nome já familiar e sediado na China, a Xiaomi.
Em causa está o 2.º trimestre de 2019, composto pelos meses de abril, maio e junho. Durante esses três meses a Amazon vendeu um total de 6,6 milhões de altifalantes inteligentes. Uma cifra que representa um crescimento anual de 61,1% (face ao 2.º trimestre de 2018), mantendo a liderança do mercado.
O volátil mercado dos altifalantes inteligentes
A grande novidade consiste no crescimento exponencial das fabricantes sediada na China. Com efeito, estamos perante uma tríade liderada pela Baidu, que abastece exclusivamente o mercado chinês. Temos também a Alibaba, a gigante das vendas online, bem como a Xiaomi já em quinto lugar neste nicho de mercado.
A Baidu conseguiu destronar a Google, além de registar um crescimento de 3700% face ao período homólogo de 2018. Veja-se ainda que durante este último trimestre a Baidu vendeu 4,5 milhões de altifalantes inteligentes, com a Google a vender 4,3 milhões durante o mesmo período.
Já, por sua vez, a Alibaba não ficou muito atrás da Google, com 4,1 milhões de altifalantes inteligentes vendidos no período em questão. Já, em seguida, temos a Xiaomi com 2,8 milhões de unidades vendidas, tendo registado um crescimento de 37,5% face ao período homólogo de 2018.
A investida chinesa com a Baidu, Alibaba e Xiaomi
Por fim, a Canalys destaca ainda a "boa saúde" deste mercado. Algo que se traduz num grande potencial de crescimento global, com mais fabricantes a apostar no setor. No entanto, vemos já uma forte onda de crescimento por parte das tecnológicas chinesas, já ameaçando diretamente o domínio norte-americano.
Podemos ainda notar que os Estados Unidos da América são o maior mercado para este tipo de produtos. Aí, já se generalizou a utilização das assistentes virtuais e respetivos altifalantes inteligentes. Mesmo assim, o pico agora registado no crescimento das empresas chinesas mostra claramente a China em ascensão.
Entretanto, em Portugal aguardamos pela disponibilização da Google Assistant em português nativo. Já as demais assistentes como a Alexa da Amazon, contam com pouca expressão no nosso país.
Atualmente tem algum altifalante inteligente no seu lar?
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Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Canalys
O “deep learning” puro e duro em acção. Tipo “quanto mais me bates, mais gosto de ti” 😉
Mas “a malta” anda mesmo a meter microfones em casa ligados a servidores que sabe-se lá o que (e quem) anda a fazer com aquilo? Isto será normal?
e pagam pra isso :p
Rafael eu tenho um Google Home Mini em casa, oferta da minha operadora em Espanha para renovar contrato. Inicialmente pensei o mesmo que tu, mais um aparelho inútil em casa e ainda por cima que me pode espiar. Mas pensando claramente todos levamos 24h em cima um telemóvel conectado constantemente aos servidores, por isso já temos todos a nossa privacidade hipotecada.
E no fim de contas tem sido bastante útil, cada dia o uso mais, ouvir musica em casa, respostas rápidas, como tempo e transito, alarmes e temporizadores, coisas que posso fazer no telemóvel ou ouro dispositivo mas que agora uso o Google Home pela comodidade, ate já começo a ter lâmpadas e fichas inteligentes para poder ligar e desactivar através do Google Home.
Não é essencial mas é cómodo.
Quanto a mim, era essencial surgir uma marca europeia para contrabalançar estas forças tecnologicas. Que pena a Nokia ter colapsado (e agora ser chinesa).
Essa marca, ganhando posição de mercado – talvez como a Xiaomi está a fazer, mas em melhor – talvez pudesse aliar boa qualidade com práticas mais transparentes e “europeias”, mostrando o caminho às demais.
Havendo dinheiro para investimento, porque não a comissão europeia definir esse rumo como estratégico e estruturante? É que a Europa nestes produtos está totalmente refém dos concorrentes e essa não parece ser nada boa ideia. Se vier a haver algum conflito sério entre a Europa e a Asia ou USA, basta as empresas tecnologicas desses países desligarem os serviços e lá se vai ter de voltar à idade da pedra e agricultura manual.
Façam um favor a humanidade, e coloquem as senhas dos vossos bancos, carteiras de bitcoin, contas de investimentos e fundos de aposentadoria nesses dispositivos e apps!