WSJ: Apple Music ultrapassou o Spotify em assinantes pagos nos EUA
A pressão de há alguns dias, feita pelo Spotify à Apple, poderia revelar que algo estaria a mudar no mercado da música por streaming. De facto, a empresa queixou-se de "desrespeito" por parte da empresa de Cupertino à concorrência dentro do ecossistema Apple. Contudo, a Apple respondeu refutando qualquer acusação, mostrando mesmo que o OK para app da empresa sueca no Apple Watch era um sinal de abertura. Haveria algo mais a incomodar a empresa de Daniel Ek.
Segundo o Wall Street Journal, a Apple Music ultrapassou o número de assinantes pagos do Spotify nos Estados Unidos. Que ventos de mudança serão estes?
Apple Musica versus Spotify, quem ganhará?
Sabemos que a empresa de Tim Cook está a apostar cada vez mais em serviços. Conforme tónica na última keynote, vimos uma aposta forte na música e principalmente na TV. Por outro lado, o Spotify tem recebido alguma resistência de suporte no que toca à disponibilidade dos produtos Apple. Inegavelmente em nome do crescimento da Apple Music.
Por isso, a guerra de números está cada vez mais acesa. Uns são os maiores no que toca a utilizadores totais, com cerca de 200 milhões de utilizadores ativos, o outro reclama a si o maior número de utilizadores a pagar, que serão cerca de 28 milhões.
Mas a Apple não tinha já passado o Spotify em 2018?
Na verdade, no passado mês de julho, foi veiculado que a Apple Music teria passado o Spotify. Nessa altura, ambos os serviços teriam cerca de 20 milhões, embora a Apple estivesse ligeiramente à frente. Agora o WSJ está a corroborar esse relatório. De acordo com o jornal, a Apple Music tem vindo a somar assinantes "mais rápido" do que o Spotify. O crescimento estará a ser numa taxa mensal de 2,6 a 3%, em comparação com 1,5 a 2% para o Spotify.
No entanto, e segundo o mesmo relatório, mesmo fora dos Estados Unidos, a Apple está a crescer mais:
A Apple Music está a crescer mais rapidamente em todo o mundo - a uma taxa de 2,4% a 2,8%, comparada com os 2% a 2,3% do Spotify - e a diferença está a começar a fechar-se noutros mercados fora dos EUA, segundo informações reveladas por pessoas a par dos números.
Os números dados hoje a conhecer referem-se apenas a assinantes pagantes. Estão assim excluídos qualquer utilizador na versão gratuita de três meses da Apple Music ou na versão gratuita do Spotify. Se os números incluíssem os níveis gratuitos, o Spotify tem muito mais utilizadores no geral nos Estados Unidos.
Movimentam-se os trunfos num mercado cada vez mais online
A luta de bastidores também faz pender o ponteiro. Embora já em 2018 o WSJ previsse que a Apple Music ultrapassasse o seu concorrente direto, as tais movimentações levaram a que o Spotify nos EUA, estabelecesse parcerias com o serviço Hulu e com o Showtime. Como resultado, o Spotify permaneceu na liderança durante mais algum tempo. A Apple Music oferece descontos para famílias e estudantes, mas ainda não fez parceria com outra empresa de streaming de vídeo para oferecer um pacote como o Spotify.
Não é segredo que a Apple tem focado muito a sua ação no negócio de serviços, nos últimos anos. A alta rentabilidade das assinaturas mensais são uma fantástica fonte de rendimento. Serviços como a Apple Music, iCloud, Apple News +, Apple Arcade e Apple TV +, são as mais recentes apostas. Alguns por 6,99 €/mês mensais dão acesso a uma panóplia de conteúdos com alta qualidade.
Em resumo, o futuro será dos serviços, visto que os dispositivos estão cada vez mais duradouros e acessíveis. A Apple cria as plataformas, quer de hardware, quer de software e prepara-as para receber a nova filosofia de mercado de consumo.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: WSJ
Neste artigo: Apple Music, Spotify, streaming, Wall Street Journal
EUA =! mundo
Estatísticas dos EUA, terra natal da Apple, não interessam para espelhar o panorama global, assim como Samsung na Coreia do Sul, marcas chinesas na China, etc.
Em especial na Europa, um mercado bastante diferente e muito mais competitivo que o dos EUA, o panorama pode ser muitíssimo diferente. O cliente europeu tem outras necessidades menos supérfluas, somos muito exigentes com qualidade/preço. O que diz o WSJ é tão válido na Europa como uma batata numa pizza
Pode ser, mas não acho que seja como dizes, aliás, a experiência diz-nos que mercados como o americano e chinês são hoje altos indicadores de cenários a acontecer na Europa.
O panorama americano é berço das grandes marcas, das grandes editoras de música e dos grandes contratos. Basta ver qual é o maior mercado do Spotify.
Ninguém duvida que os EUA, Reino Unido, Japão etc são o berço de grandes marcas.
Mas dizer que o mercado chinês ou dos EUA espelham o europeu é um erro massivo. Talvez os europeus capitalistas copiem e aceitem a cultura capitalista dos EUA, mas felizmente o resto dos europeus ainda não.
Estás a ver ao contrário, o europeu é que espelha muita coisa do mercado americano e chinês e cada vez mais 😉
Cultura capitalista? Mas a Alemanha não é Europa? E o RU? E a França? 😀 Olha repara bem 😉
Bom fim de semana.
O mais capitalista da Europa é o RU, seguido dos Suiços e italianos. A alemanha, frança, holanda e espanha apostam na família, marcas próprias, linux, serviços sociais etc.. Basta viveres nesses países como eu vivi para saber do que falo. A “nata” portuguesa, russa, RU e itália é que só estão bem se usarem Apple, BMW, marcas caras de roupa e relógios. Por sorte no resto da europa não é assim. Na alemanha ou holanda, ter um bmw é como ter um renault ou peugeot.
Por isso mesmo é que o mercado americano é muito mais aberto, porque além de consumir o que é seu, ainda espalha por todo o mundo as tendências. Enquanto certos países, como referes, são “individualistas” 😉
@Mateus Pinto
Acjo que estás a fazer confusão entre capitalismo e consumismo.
Essa do mercado americano ser mais aberto… o mercado americano é mais apetecivel por ter menos regulação, por as grandes empresas conseguirem por Estados contra Estados (como o exemplo do novo HQ da Amazon nos US que pôs estados a “lutar” entre si a quem dava mais benefícios e isenções fiscais à Amazon). Por outro lado na UE o foco é os direitos do cidadão e a equidade comunitária, daí teres a CE em luta contra a Apple e a Irlanda por ajudas estatais ilegais.
Mercados “abertos” desses, à lá faroeste, não obrigado. É o equivalente a vender a mãe para ter algo. É a mesma ideologia que permite que o principal motivo de falência pessoal nos US seja problemas de saúde…. Obrigado mas dispenso essa “abertura”, já entrei no século XXI há quase 2 décadas.
Não estás a misturar alhos com bugalhos? Acho que estás. Primeiros colocas em causa o mercado americano ser aberto, depois é tão aberto que parece um faroeste… depois falas em mercado menos regulado e com misturas com desregulado e acabas por ir juntar benefícios fiscais que a Irlanda oferecei à Apple com equidade comunitárias (a CE) que tem debaixo do seu véu a Holanda com “exceções” tributárias a empresas. Esquece… tu não estás a ver as coisas em condições. Misturaste tudo.
Acho que não preciso justificar nem explicar nada, o meu comentário foi explícito.
Ok, pronto.
Concordo com o Mateus. Outro exemplo é o da Xbox. Nos EUA é grande, no resto do mundo a PS4 esmaga !
Espero que a Apple seja bem apertada na Europa, não vale tudo, assim espero.
+1 Os americanos, chineses, russos acham que mandam no mundo, ainda bem que a CE mantém o pulso de alguns maneira. Detesto capitalistas ou esquerdistas que aceitam os dados ou culturas extremistas destes países como algo perfeito para a cultura europeia.
A Europa e América do Sul ainda são zonas com forte cultura familiar, multicultural e social. Aceitar a cultura americana ou “pseudo”- esquerdista é sucumbir a estas culturas populistas que acham que todos temos que ser iguais, ter o mesmo, ouvir o mesmo e ganhar para estourar em produtos induzidos.
Apple music nem sequer tem em quantidades suficientes os tipos de musica que ouço, enquanto no Spotify tenho uma oferta muito superior.
E numeros globais? Que tal mostrarem, em vez de seguir uma qualquer avaliação de um jornal tendencioso?
Se leres (que é um bom exercício) não fala em números globais, fala nos Estados Unidos. Até porque refere no texto a globalidade mas incluindo o pago e o freemium.
Bom fim de semana.
A Apple tem 56 milhões de utilizadores no total, sendo que destes, perto de 27 milhões são nos EUA, o que diz muito acerca da percentagem a nivel global….
Queres ver que sabes mais que os players que forneceram os dados desta informação? Tu queres ver… 😀
https://9to5mac.com/2019/04/05/apple-music-spotify-paid-subscribers/
Em termos globais: Spotify – 109 milhões de users premium, Apple Music – 56 milhões.
De notar que esta avaliação é referente apenas ao mês de Fevereiro.
@fulano pode divulgar a fonte desses números?
https://9to5mac.com/2019/04/05/apple-music-spotify-paid-subscribers/
Até pode ser. Mas e então, qual a relevância para esta notícia?
Ja agora referias a nota não ?
Spotify numbers include trials , Apple only subscribed
Podias dizer onde foste buscar essa informação?
O Apple Music está a ter grande aceitação no Android. Nem todos os que usam Android são anti-Apple. Sensatamente, escolhem o que mais lhes convém.