Pode o Apple Watch salvar vidas? Há bons indicadores pela Universidade de Stanford
Pode um relógio salvar vidas? Talvez, se for um wearable ou vestível como o Apple Watch Series 4. Nesse sentido apontam as conclusões do estudo "Apple Heart Study", levado a cabo pela Escola de Medicina da Universidade de Standford. Os seus resultados foram agora publicados e urge compreender a sua importância.
O estudo académico visou apurar o impacto do Apple Watch Series 4, a versão equipada com o ECG.
Assim sendo, vimos a própria Apple a partilhar as conclusões deste estudo, bem como a entidade académica supracitada. Aliás, cumpre ser dito que a tecnológica de Cupertino financiou completamente esta pesquisa compreensiva com mais de 400 mil participantes, uma amostra bastante significativa.
O papel dos wearables no acompanhamento da saúde
Assim sendo, todos as publicidades positivas da Apple, alusivas ao seu Watch, acabam por ganhar um novo e verdadeiro sentido. Partilhando entre eles uma ênfase na forma como os wearables mudaram a sua vida, para melhor, temos já uma grande lista de conteúdo promocional focado neste mesmo ponto.
As histórias reais e testemunhos de vários utilizadores do Apple Watch, tal como em seguida podemos ver.
Algo que nos ilustra perfeitamente a forma como a empresa quer dar a conhecer os seus wearables. Não são mais um produto que se destaca pelas especificações ou que só oferece gigabytes de memória RAM. É o extremo oposto, são sensações e experiências providenciadas pela tecnológica de Cupertino.
O Apple Watch não é só mais um relógio
Para a empresa, é parte integrante do dia a dia de milhões de utilizadores. Não é apenas um dispositivo para consultar as horas, ou para receber as notificações, mas sim um acessório que acompanha as nossas emoções, e que já "toca" no nosso coração. Uma premissa ousada, que ganha agora a aprovação de Standford.
Com efeito, o estudo levado a cabo pela Universidade de Standford deixa antever um impacto cada vez mais significativo na vida dos utilizadores. Mais concretamente, esta instituição norte-americana pretendeu apurar, em primeiro lugar, a fiabilidade da função eletrocardiograma (ECG) presente no dispositivo.
Thank you to the team at @StanfordMed, the researchers and participants who made this groundbreaking study possible. https://t.co/RSLOMTU1uN
— Tim Cook (@tim_cook) March 16, 2019
O estudo aponta que dos mais de 400 mil participantes, apenas 0,5% destes receberam uma notificação alertando, para um ritmo cardíaco anormal. Assim, tendo em conta o universo total, vemos que 2 mil participantes receberam este alerta.
O estudo de Standford salienta o potencial dos nossos wearables
Tomando como exemplo o Apple Watch Series 4, o estudo contou com 419.093 participantes de todos os 50 estados norte-americanos, tendo a duração de 8 meses. Em seguida, dentro deste universo de participantes, 2000 receberam uma notificação de ritmo cardíaco anormal, um indicador de possíveis problemas cardíacos.
Esta reduzida taxa de alertas foi prezada pelos investigadores de Standaford uma vez que se pretendia apurar o possível excesso de avisos. Isto é, as notificações erradas, que podiam lançar preocupações infundadas junto dos utilizadores dos wearables.
Em suma, nas suas conclusões preliminares, o estudo de Standford sugere que o Apple Watch não acarreta preocupações desnecessárias para os utilizadores. Ao mesmo tempo, não consiste uma distração ou motivo de preocupação para os profissionais de saúde, podendo até servir como um sinalizador precoce de problemas.
Os alertas não são emitidos sem razões para tal
Em suma, esta é uma das mais importantes ilações que podemos retirar deste estudo. A Apple fica assim assegurada de que o seu wearable não assustará os utilizadores sem razões para tal. Por fim, este será o fundamento para novos estudos, agora que ficou apurado o potencial deste relógio.
Sem assustar o utilizador a menos que existam sinais claros de perturbações no ritmo cardíaco, evitando assim preocupações de maior. Por outras palavras, torna-se cada vez mais evidente o papel que este e outros wearables podem vir a ter nas nossas vidas.
Este artigo tem mais de um ano
Um estudo pago pela Apple ☹️
Já se sabe quando é que o ECG está disponível em Portugal?
Não vai tão depressa. Pagas o modelo ao preço que é, e não tem uma das funcionalidades ”diferenciadoras”
A culpa não é da Apple. Os processos de certificação europeus e de cada país, seja medicamentos ou instrumentos de apoio médico, são bastante diferentes e morosos na Europa. Já foi aprovado pelo FDA e por isso é possivel usar nos EUA. Quanto à função, ela está lá para quando o permitirem. É como comprar um Porsche que dá 300 na Alemanha mas cá não pode passar dos 120….
Existem alternativas mais fiáveis.
E mais baratas… Contudo, sou obrigado a reconhecer que o relógio da Apple também tem ajudado algumas pessoas.
Provavelmente, mas dentro do género, que alternativas serão essas?
Vocês há pouco tempo fizeram um post com uma alternativa.
Um electrocardiograma anual ou de X em X anos dependendo no historial familiar?
Tendo em conta que o ECG não está disponível em Portugal, pergunto, caso adquira o Apple Watch no estrangeiro (ex USA) terei acesso ao mesmo, naturalmente, correcto?
Julgo que a unica forma é comprar o Apple Watch nos USA…. 🙁
era possível usar mas obrigava a alterar no iphone a região e língua. não sei se isso ainda é possível
Correcto!
Acho esta opinião de um cardiologista interessante: https://www.youtube.com/watch?v=s0sv3Kuurhw
Levou pessoas a consultar o médico? Sim. Salvou vidas? Provavelmente
O que diz um médico: Um gadget engraçado que não retorna valores precisos.
O que diz um especialista marketing: Com este produto a Apple implementa o medo da morte nas pessoas para comprarem este produto.
O que diz um consumidor: Enquanto este gadget não alertar nada, posso evitar consultas médicas – e aqui está um problema
Nao existe nada neste mundo que salve a vida de ninguém. O que existe sao coisas que adiam a invitabilidade da nossa morte física. Mas que ela virá, ai isso virá.