Intel: CEO vendeu acções após saber da falha dos processadores
A Intel tem, nos últimos dias, estado no centro de todas as notícias relacionadas com tecnologia. A falha que a empresa tem nos seus processadores, e que não é a única a ter, tem sido a causa desta atenção negativa.
Este não é um problema recente e sabe-se que a Intel foi notificada durante o ano passado. Algo que se soube também foi que o seu CEO vendeu um lote muito grande das suas ações da empresa pouco tempo antes da falha ter sido revelada ao mundo.
A venda das ações da Intel
Não se sabe ao certo a razão que levou Brian Krzanich, o CEO da Intel a vender em 30 de outubro do ano passado uma grande parte das ações que possuída da empresa que lidera. Ao todo foram vendidas milhares de ações da Intel. Com esta venda o CEO da Intel encaixou mais de 39 milhões de dólares, cerca de 35 milhões de euros.
Após a venda, Brian Krzanich ficou com 250.000 ações, o valor mínimo imposto pela empresa para que possa manter o seu lugar de liderança. Este é um limite que está definido no seu contrato com a Intel e que não pode quebrar.
A grande questão neste momento é que esta venda aconteceu 5 meses depois da Intel ter sido notificada pela Google para o problema, e pouco tempo antes da falha ter sido revelada publicamente, o que levou a uma quebra mais que esperada no valor das ações da empresa em bolsa.
A posição da Intel sobre este caso
Confrontada com este caso, a Intel veio a público defender o seu CEO e garantir que a venda não está relacionada com o problema descoberto e que esta estaria já planeada há algum tempo. A Intel revelou ainda que mesmo com a venda feita, Brian Krzanich continua a cumprir os requisitos impostos para estar no lugar de CEO.
Mesmo com estas declarações da empresa, o mais provável é que Brian Krzanich seja investigado pelas entidades competentes norte americanas, para determinar se foi usada informação privilegiada nessa venda. Não é anormal a venda de ações por parte dos CEO, mas por norma não num valor tão grande.
Curiosamente, e avaliando o valor das ações da Intel, a venda de Brian Krzanich não lhe terá dado qualquer vantagem. O valor encaixado na altura seria aproximadamente o mesmo que seria conseguido hoje.
O grande problema dos processadores da Intel
Este artigo tem mais de um ano
Ele perdeu foi dinheiro, ele vendeu a $44.37 (30/10) e hoje (05/01) elas estão a $44.74 (+0.82%) lol
Por acaso correu bem para a Intel mas a verdade é que certamente ele usou informação preveligiada e como tal foi inside trading.
O mais certo é ter perdido ainda mais que isso. A venda não foi feita a 30/10, foi a 29/11. A 30/10 foi a data de submissão da ordem de venda (a efectivar a 29/11).
A 29 de Novembro as acções da Intel abriram a $44.85, e fecharam a $43.95, tendo atingido um máximo de 45.09 e um mínimo de 43.77.
Suspeito que assim que saiu a ordem de venda de tantas acções os preços desceram e ele tenha vendido a uma média bem mais baixa do que os 44.37 que referes de 30/10. Esses 44.37 que referes é o valor de fecho, não tem em conta as variações ao longo do dia… ora repara bem no valor de fecho de dia 29/11: $43.95 (com o enorme sell-off de Krzanich a garantir o valor de fecho abaixo do de abertura, quase de certeza).
Esta falha dos processadores da Intel está a dar que falar, a Intel num artigo que publicou recentemente disse que o problema não se encontra apenas nos CPU de que são proprietários mas sim de muitas outras marcas, o que me parece irresponsável visto que a falha quando foi encontrada foi documentada como “Falha de processadores Intel”, já para não falar de que CPUs Intel e AMD possuem arquitecturas diferentes.
E agora temos um CEO que se não usou informação privilegiada em seu próprio beneficio, parece.
Não tenho nada contra a Intel, alias ninguém pode contradizer que é líder em processamento de servidores, isto falando de toda a gama Xeon que tem um excelente desempenho.
Aqui a questão é que a falha tem 3 variantes, sendo que a mais grave afecta só os processadores da intel e uma gama restrita dos ARM, cujos os software fixes revelam uma considerável perda de performance em workloads relacionadas com processos em servidores (Comunicações com a rede e Disco).
O que a intel disse foi para tentar acalmar os animos exaltados e passando a culpa para outros fabricantes, provacando desinformação, medo e duvida, infelizmente toda gente mordeu o isco e é como se nada tivesse acontecido.
O homem vendeu tudo o que tinha exceto a quantidade mínima exigida para manter-se CEO. Apesar de não lhe ter compensado, demonstra que usou informação privilegiada para fazer negócio e (tentar) tirar proveito. Apesar disto se fazer no mundo todo, em muitos países civilizados (e penso que nos EUA também) é crime. A ver o que sai dali…
Se o fez propositadamente, revela um comportamento pouco ético da sua parte e que vai de certeza ser punido pelas autoridades, não tenho grandes dúvidas (se for culpado). Inclusivé perder o cargo de CEO, a empresa vai tirar as suas ilaçõções….. mesmo a falha tenha atingido o período de vários CEO. Vender 35 milhões de euros de acções de empresa que dirige, não terá sido para comprar um carro novo…….
Com ryzen da AMD alguem ainda usa intel? Amd da 10-0 a intel em performance qualidade e preco
Tchi mais um que sonha. Oh calma la amd ta a ir no bom caminho agora 10-0 nao é bem assim
Se usas amd ainda bem para ti mas não induzas as pessoas em erro 🙂
Yha o pessoal vendeu o hardware todo que tinha este ano pra comprar Ryzen!
Se os processadores da AMD não forem afetos sim é muito provável que a AMD ultrapasse ou fique de pé igual aos Intel
Os processadores da AMD são garantidamente afectados pelo Spectre, mas pelo Meltdown alegam que não e até ver nada indica que estejam errados.
Então o CEO da empresa tem informação privilegiada?? Mal se não tivesse. Qualquer venda ou compra que faça vai ter sempre informação privilegiada!
Nem mais
Precisamente por isso que os executivos de empresas, nos EUA, têm por hábito de vender directamente a uma entidade interessada (como o caso do ex-CEO da Uber, Travis Kalanick, que vendeu parte das suas acções directamente ao SoftBank, por interesse deste), ou fazer vendas/compras planeadas, para que desta forma não possam ser acusados de crime de actuarem com base em informação privilegiada.
Num comentário abaixo eu deixei info sobre o CFR 240.10b5-1 (aka SEC Rule 10b5-1), que trata deste tema.
alguem ja recebeu o patch correção no windows 10
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.njlabs.showjava isto é treta , informaticos nos estados unidos descobriram que o java é a pior coisa que ‘ha’ , é possivel desmantelar um programa , em java e modifica lo , e voltar a monta lo com , um codigo malicoso , e enganar o utilizador
Algumas correcções: Brian Krzanich não vendeu as acções a 30 de Outubro, a venda foi efectivada a 29 de Novembro, a 30 de Outubro o que foi feito foi o referido plano de venda das acções.
Isto porque os executivos (na américa, pelo menos) para prevenirem serem acusados de agirem sobre informação privilegiada (que é crime) submetem ordens de venda (ou compra) calendarizada, para se algo acontecer poderem dizer que – tal como agora – não sabiam/não agiram usando informação privilegiada pois a venda já estava planeada.
Isso tem a ver com o parágrafo c da SEC Rule 10b5-1: https://www.gpo.gov/fdsys/pkg/CFR-2017-title17-vol4/xml/CFR-2017-title17-vol4-sec240-10b5-1.xml
E informação mais acessível no wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/SEC_Rule_10b5-1
Ou no site da Cornell Law School: https://www.law.cornell.edu/cfr/text/17/240.10b5-1
De resto, tudo correcto.
A ordem de venda, o dito plano, foi a dia 30, logo ele chegou ao mercado para vender nessa data. A data de 29 foi a da venda efetiva, mas, como disseste, apenas nesse dia foi efetivada, com preços e troca de mãos dadas ações.
Seria então conveniente corrigir os verbos usados para “submeter” (ou “agendar”, visto tratar-se de uma submissão de um pedido de compra/venda agendada para uma data no futuro) e “vender”, e clarificar a situação, pois o artigo já induziu leitores em erro, que assumiram a venda como tendo sido feita a 30 de Outubro (logo o primeiro comentário, do Rui Sousa, foi enganado pelo verbo empregue no artigo relativamente à data de 30 de Outubro).
Mesmo que estivesse errado, a diferença de dias não altera em nada a venda das ações durante o período em que soube do problema antes de ser tornado público. Continua a haver a suspeita de ter vendido com informação privilegiada.
Não se trata de alterar o valor arrecadado com a venda ou o contexto em que tudo se passou… trata-se de rigor, tão somente. Desculpem-me se me enganei quando pensei que vocês queriam ser levados a sério…
Sinceramente não entendi essa tua resposta. Falamos do pormenor da data em que a venda foi feita, e agora respondes com valores arrecadados ou contextos da ação.
Queremos ser levados a sério, isso nem é questão. Não podemos é deixar que esses pormenores, e sim, é apenas um pormenor, seja motivo para alterar o sentido da notícia.
Ele vendeu depois de saber que havia problemas, independentemente de ser a 30/10 ou a 29/11. Há ainda o pormenor de ele ter, provavelmente, acesso a essas ações a preços diferentes do mercado.
E é óbvio que continua a haver suspeita de ter vendido com base em informação privilegiada, porque a Google informou da falha em Julho e fosse qualquer que fosse a data de venda após isso seriam sempre já com conhecimento disso e sem ter sido publicado informação para o público (que só aconteceu já este ano). Isso não está sequer em causa, não percebo porque foi chamada à “conversa” isso…
Tal como eu escrevi no meu comentário inicial: “De resto, tudo correcto.”… a única coisa incorrecta no vosso texto é o verbo usado quanto à data de 30 de Outubro, que induz em erro quando não houve venda alguma a 30 de Outubro, a venda só se concretizou a 29 de Novembro, sendo que a 30 de Outubro somente foi submetido um agendamento de compra… fazendo a analogia, não se pode dizer que um bebé nasceu 9 meses antes da data efectiva de nascimento somente porque a incepção foi nessa data, não é? É somente isso, mais nada.
Tudo preocupado se perdeu dinheiro ou não… mas alguém sabe o valor a que ele comprou as acções? Ou até se foram dadas pela intel? Se só sabem que VENDEU por X e não sabem por que valor comprou, como dizer se perdeu ou ganhou?
“Não se sabe ao certo a razão que levou Brian Krzanich, o CEO da Intel a vender em 30 de outubro do ano passado uma grande parte das ações que possuída da empresa que lidera.” vs “Intel: CEO vendeu acções após saber da falha dos processadores”.
Decidam-se amigos. Acho que falta um “alegadamente” no titulo, visto que o motivo não passa de uma especulação.
Alegadamente não. Ele vendeu depois de saber da falha, isso é um facto.
Então qual é a razão da primeira frase: “Não se sabe ao certo a razão que levou Brian Krzanich, o CEO da Intel a vender em 30 de outubro do ano passado uma grande parte das ações que possuída da empresa que lidera”?
Sabe-se ou não se sabe?
Há teorias, especulação e “diz que disse”, mas na verdade apenas o CEO sabe essa razão. Temos isso bem patente no texto.
Se vendeu depois e certamente sabia da falha, informação privilegiada , vão-lhe cair em cima ! Alguém sabe quem foi a fonte a divulgar a falha ?
Quem reportou a falha foi a Google com o Project Zero
É impressão minha, ou este “Project Zero” da google está a ser um verdadeiro inferno para as grandes empresas?
eu acho que isso é mais uma técnica para obrigar a mudar a plataforma para as mais recentes