Volkswagen acaba com vendas diretas de carros elétricos aos consumidores na Europa
A Volkswagen está a preparar uma mudança na sua estratégia de vendas de carros elétricos. A empresa quer abandonar o seu modelo de vendas diretas ao consumidor (DTC) nos principais mercados europeus. Esta mudança surge devido às complexidades e à lenta adoção dos elétricos.
A Volkswagen reconheceu os desafios de operar tanto as vendas DTC para carros elétricos como as operações tradicionais de retalho para veículos com motor de combustão interna. A potencial mudança marca um afastamento da tendência criada pela Tesla, que implementou com sucesso um modelo DTC, contornando os concessionários e vendendo automóveis diretamente aos consumidores nas suas lojas e plataforma online.
Dadas as condições estruturais desafiantes, a marca alemã terá de reavaliar se o seu atual modelo para os carros elétricos oferece a melhor experiência possível ao cliente. Isso pode passar por mudanças ainda maiores que o regresso aos modelos tradicionais de vendas de veículos.
O atual modelo DTC da Volkswagen para veículos elétricos envolve parcerias com concessionários que ganham uma margem fixa sem incorrer em custos de marketing ou de inventário. Este modelo está em vigor desde 2020 e aplica-se aos veículos comerciais Volkswagen, Audi, Skoda e Volkswagen em França, Alemanha, Polónia, Espanha e Reino Unido.
Ainda que esta mudança vá acontecer, estão previstas algumas exceções importantes. A marca Cupra da Volkswagen será a única a continuar com o modelo DTC em toda a Europa. A exceção é também a Irlanda, onde todos os veículos Volkswagen, independentemente do seu grupo propulsor, serão vendidos diretamente aos consumidores.
A mudança acontece numa altura em que a Volkswagen passa por uma grande reestruturação para reduzir custos e agilizar as operações. Esta empresa anunciou planos para fechar três fábricas na Alemanha, a primeira dos seus 87 anos de história. Além disso, a Volkswagen pretende cortar dezenas de milhares de postos de trabalho e reduzir os salários de 10% da sua restante força de trabalho.
A reestruturação inclui também esforços para acelerar os processos de produção e desenvolvimento, para encurtar os ciclos de desenvolvimento dos projetos. A Volkswagen está também a encerrar a sua fábrica da Audi em Bruxelas, onde fabrica atualmente o Audi Q8 e-tron. O fecho, previsto para 28 de fevereiro de 2025, resultará na perda de aproximadamente 3 mil postos de trabalho.
Que bela prenda natalícia.
Ou seja, vão ficar mais caros porque é preciso pagar aos intermediários…
ora, alguém convenceu a chefia que as vendas baixas foram provocadas pelo DTC e não pelo infotainment que é um lixo e autonomia/preço lastimável.
vão ficar mais caros nem que seja porque uma borboleta bateu as asas na indonésia
Chegaram agora a esta conclusão, os concessionários só querem é ganhar dinheiro fácil, resolver problemas isso não é com eles. Carros com problemas em garantia mandam andar não há problema é feitio, fora da garantia apresentam-te logo com a fatura já é defeito e problema que muita das vezes nem resolvido a 100% pela incompetência deles.
Ou seja, a VW aposta em um modelo de venda antigo para a nova geração… Quero ver o resultado!
se há algo que a Tesla trouxe de inovador – ou pelo menos massificou – foram as vendas DTC online. No fundo é tratar o carro como um qualquer outro produto. As vendas online são cada vez mais parte da vida das pessoas e a Tesla (e uso a Tesla apenas ocmo um exemplo) apostou bem nisso.
Se as pessoas querem um test-drive ou saber mais informação podem ir a um showroom ou, algo também promovido por esta nova cultura – perguntar nas comunidades de utilizadores (às vezes bem melhor e menos “filtrado” do que um vendedor que quer….vender e ter a sua comissão).
Acho que a VW sofreu foi a pressão interna dos “lobbies” das concessionárias.