A Cellebrite, de forma secreta, esteve a vender o seu UFED para desbloquear iPhone e Android
Em 2015 e 2016, a Apple foi pressionada para desbloquear o iPhone de um criminoso de San Bernardino. Desde então que estes casos se tornaram mediáticos... Contudo, a empresa israelita Cellebrite, bem antes do anúncio oficial do novo dispositivo UFED para desbloquear smartphones, já o disponibilizava de forma secreta!
Esta informação, agora descoberta, vai contra todos os dados transmitidos. Assim, desde início de 2018 que algumas autoridades norte-americanas tinham o software e o dispositivo em sua posse.
O smartphone, para além de poderoso, é um dispositivo no qual guardamos um conjunto de informações valiosas e que assim queremos manter em privacidade. Para fazer face a esta realidade, atualmente tanto o Android como o iOS têm a capacidade de encriptação.
Por outro lado, o interesse das forças policiais e de segurança nos equipamentos dedicados ao desbloqueio de smartphones é grande. São ferramentas que usam para obter informação que está protegida e que pode muitas vezes resolver casos graves. A polícia encontra assim uma alternativa para responder à encriptação cada vez mais presente nos smartphones.
A Cellebrite tornou-se famosa por, no impasse entre a Apple e as autoridades norte-americanas em 2016, ter sido um elemento crucial para resolver o caso de San Bernardino.
Usando o seu software, a empresa israelita conseguiu desbloquear o iPhone e assim realizar o grande objetivo que a polícia procurava alcançar junto da empresa de Cupertino.
A Apple, como resposta, combateu de forma direta o acesso indevido aos seus equipamentos. Depois de ter evitado quebrar a privacidade dos utilizadores, conseguiu blindar o iOS 12 e deixar inutilizadas todas as técnicas da Cellebrite e da sua box GrayKey... Ou pensava-se que sim!
Um documento recentemente descoberto da polícia de Nova Iorque demonstra que esta teve acesso antecipado ao UFED Premium. Este é o mais recente serviço da Cellebrite e foi anunciado publicamente em junho deste ano.
De acordo com as informações apuradas pelo contrato, o Escritório da Polícia de Nova Iorque tem usado um dos dispositivos da Cellebrite desde janeiro de 2018, um ano e meio antes do anúncio público, para desbloquear smartphones iOS e Android.
No contrato consta ainda o pagamento de cerca de US$200.000 ao longo de três anos para a licença, instalação e formação técnica relacionada com o UFED Premium.
Apesar de ter adiantado vários pormenores sobre o contrato, a OneZero não o partilhou na integra ou divulgou fotografias do mesmo.
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Este artigo tem mais de um ano
Fonte: OneZero
Neste artigo: Android, Apple, Cellebrite, Cellebrite UFED, iPhone/iPod, privacidade, San Bernardino, Segurança
Caso de S. Bernardino – outra vez o mesmo !?
Ainda não perceberam que a Apple não tinha meio de aceder ao conteúdo do iPhone? Se tivesse tinha-o feito. Isto continua válido agora. Para ter acesso a um iPhone bloqueado (o que encripta o conteúdo) a Apple tinha que lançar um iOS com backdoors – o que até agora se recusou a fazer e nenhuma lei a obrigou nos EUA.
Quanto ao aparelho da Cellebrite não percebi, fala-se em Janeiro e Junho de 2018 e dá-se a entender que o iOS 12 -lançado em Setembro de 2018 – não fixou a vulnerabilidade. Não vi prova nenhuma. O dispositivo da Cellebrite continua a funcionar?
tira as palas
Continua a acreditar no Coelhinho da Páscoa e não abras da pestana que desses que eles gostam.
És muito ingénuo, filhinho…
Continua a funcionar e muito bem, nós por cá como a nossa polícia é muito pobre não tem massa para comprar esse dispositivo que desbloqueia o smartphone tem de enviar o bicho para Israel e pagar o serviço de limpezas domésticas para poder ler os conteúdos do bicho. É claro que nada disso se pode usar em tribunal pois as nossas leis paridas por corruptos e gatunos é para os proteger e não para fazer justiça.
Precos, bro…