Apple Watch e AirPods desafiam a posição dominante do iPhone
O "motor" da Apple? De acordo com alguns analistas de mercado já não é o iPhone. Aliás, essa distinção ainda não pode ser atribuída aos serviços, mas sim aos acessórios, gadgets e wearables da empresa. A produtos como o Apple Watch, bem como os AirPods, dois produtos que estão sustentar o crescimento da empresa.
Com as vendas dos iPhone em queda, o seu relógio inteligente e auriculares Bluetooth estão a crescer!
De acordo com o mais recente relatório fiscal da Apple, alusivo aos meses de abril a junho de 2019, as vendas do iPhone estão em queda. Em boa verdade, o volume de vendas caiu 12% face aos valores registados no período homólogo de 2018. No entanto, esta queda foi compensada com o crescimento dos wearables.
O iPhone está em queda...
Ao passo que o iPhone está a passar por um período de recessão, os wearables estão em alta. Mais concretamente, as receitas geradas pelo Apple Watch e AirPods cresceram 48,3%. É, portanto, um aumento extremamente significativo, com uma sólida entrada de capital gerado por estes acessórios inteligentes.
Aliás, tanto o Apple Watch como os AirPods lideraram o seu segmento de mercado durante o trimestre em questão. Algo que foi comprovado por diversas agências de análise de mercado, tal como se podem inteirar pelo artigo listado abaixo. A partir daí, podemos constatar a crescente popularidade desses produtos.
Mais concretamente, os wearables geraram 5,53 mil milhões de dólares nos três meses em análise. Assim sendo, temos um crescimento notório face aos 3,73 milhões de dólares gerados (receitas), no período homólogo de 2018, o segundo trimestre. Assim se materializa um novo caso de sucesso no seio da gigante tecnológica.
Os AirPods e o Apple Watch, as novas estrelas
Este novo paradigma levou o analista de mercado Tim Arcuri, da UBS, a olhar com novos olhos para a empresa liderada por Tim Cook. Assim, de acordo com o mesmo, são os wearables que estão a movimentar as contas da tecnológica. Isto é, o crescimento atual deve-se sobretudo aos Apple Watch e aos seus AirPods.
O "motor" de crescimento deixou de ser o iPhone para repousar agora nos acessórios. De acordo com o analista, pela primeira vez na história, durante um trimestre fiscal, os wearables registaram um maior crescimento do que os serviços da Apple, quando se opera uma comparação entre períodos homólogos.
A surpresa advém do expectável crescimento sólido por parte dos serviços da empresa. Um segmento onde se inclui o Apple Música, Apple Pay, iCloud, bem como a App Store e o Care. Temos aqui também as novas apostas como o TV+, o serviço de notícias, e futuramente também o serviço de jogos, Arcade.
Os serviços são um dos maiores setores da Apple
O setor foi responsável por 11,05 mil milhões de dólares no espaço de três meses. Contudo, o seu crescimento foi de "apenas" 12,7%, face aos 10,2 mil milhões de dólares arrecadados no período homólogo de 2018. Assim sendo, vemos um crescimento saudável nesta área, ainda que os wearables tenham conquistado o pódio.
O analista está também confiante no lançamento da terceira geração de AirPods. Contudo, o mesmo aponta que apenas 7% dos utilizadores de iPhone têm um par destes auriculares. Portanto, segundo ele, há aqui um enorme potencial de crescimento para este acessório que, já de si, usufrui de uma grande procura.
Note-se ainda que este ano a Apple lançou a segunda geração do produto. Equipado agora com o processador H1, em detrimento do W1 utilizado na primeira iteração. Além disso, temos agora mais autonomia de bateria, diminuindo também o tempo de latência (atraso) na transmissão de áudio, bem como os comandos de voz.
O que podemos esperar dos próximos AirPods?
A integração da assistente virtual, Siri, é também um bónus notório, bem como a possibilidade de carregar, sem-fios, a caixa dos AirPods. Mesmo assim, o analista acredita que existe ainda margem para melhoria neste produto e chega mesmo a apontar alguns dos expectáveis pontos de incremento.
Com um possível lançamento neste outono, a terceira geração pode trazer algumas melhorias face ao lançamento de março último. Entre estas aponta-se uma resistência à água, além da utilização de um novo material na sua construção. Isto com o propósito de os tornar menos escorregadios e propensos a quedas.
De igual modo, o analista aponta a integração de tecnologias para cancelamento ativo do ruído. Uma novidade que tem sido pedida pelos utilizadores e que pode ser acompanhada de resistência à água. Por fim, é ainda sugerida a disponibilização de novos esquemas de cor, além do único tom alvo atualmente disponível.
Companheiros perfeitos para os Apple Watch?
Já de acordo com outra fonte, o analista Ming-Chi Kuo, a próxima geração de Apple Watch pode chegar juntamente com o próximo iPhone. Assim, teríamos uma apresentação bipartida em setembro próximo, não sendo de descartar também novidades para os auriculares sem-fios da empresa.
Esta pode ser a fórmula perfeita para a empresa que se debate com um esmorecimento do interesse no iPhone. De um lado, um forte crescimento nos serviços e, do outro, os seus acessórios a fomentar um forte aumento na procura. Além disso, este tipo de produtos é também um ótimo passaporte para o ecossistema Apple.
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Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Seeking Alpha
Neste artigo: AirPods, Apple, Apple Watch
Tem-se falado de o Apple Watch ter salvo vidas por detetar problemas cardíacos.
Há também casos por detetar quedas. Há muitas pessoas idosas sozinhas, todo o dia ou parte, em que as quedas são um problema muito sério.
Sim, esta última versão do Apple Watch tem características muito importantes na área da saúde, e é um filão que a Apple está a aprender a capitalizar.