Google torna ainda mais difícil instalar apps no Android fora do Play Store
A partir do próximo ano, o Android exigirá que todas as aplicações que suportam o seu sistema operativo sejam registadas por programadores verificados. Isto para que os utilizadores possam instalá-las em dispositivos que executem o software, independentemente de onde foram descarregadas. Assim, a segurança torna mais difícil instalar apps no Android fora da Play Store.
O Android sempre foi caracterizado como um sistema operativo muito mais aberto do que o iOS. Isto deve-se, entre outras coisas, ao seu código-fonte ter sido sempre acessível aos programadores e fabricantes, permitindo-lhes criar versões personalizadas e modificadas para satisfazer as suas necessidades. Permite ainda a instalação de apps a partir de fontes externas à sua loja oficial, a Play Store, e de lojas alternativas.
Com o passar do tempo, o que era conhecido como Android Open Source Project (AOSP) da Google foi gradualmente fechando portas, deixando apenas uma parte do seu software livre para utilização, de forma a ter um maior controlo sobre o que é feito com a sua tecnologia; algo que, à partida, não afetará negativamente os seus utilizadores, mas melhorará a sua experiência.
Assim, em março, foi anunciado o fim da colaboração externa no desenvolvimento do sistema operativo, para simplificar e agilizar o processo de desenvolvimento. No entanto, o sistema manterá a sua natureza aberta e, atualmente, continua a ser publicado sob licenças de código aberto.
Numa tentativa adicional de proteger os utilizadores do Android de aplicações potencialmente maliciosas disponíveis nos seus sistemas, a empresa anunciou esta exigência para os programadores de aplicações. Será implementada a partir de setembro de 2026. Já incentivou os programadores a verificarem as suas identidades e a registarem os seus serviços.
O Android permite que as aplicações sejam descarregadas fora da sua loja oficial, o que é conhecido como sideload, através de lojas de terceiros e ficheiros executáveis, conhecidos como APKs. Isto expande as opções disponíveis para os programadores que preferem ficar longe dos seus canais oficiais.
Embora optar por este tipo de downloads coloque a segurança dos utilizadores em risco, isso não significa necessariamente que estas aplicações sejam perigosas. Significa apenas que não passaram por uma série de verificações implementadas pela Google para validar a sua legitimidade. E é aqui que a empresa quer mediar.
Anunciou medidas que, espera-se, tornarão mais difícil para os responsáveis por aplicações de risco identificarem quem está por detrás de cada uma das aplicações suportadas pelo Android. Assim, após verificarem a sua identidade, poderão movê-los como bem entenderem, seja através da Play Store ou por outros meios.
A Google esclareceu que apenas irá verificar a identidade dos programadores, pelo que não fará o mesmo com o conteúdo ou a origem destas aplicações, embora isso seja verificado através do Google Play Protect, o serviço de análise de malware integrado na Play Store.
Em última análise, esta medida, implementada para dificultar aos criminosos a realização de ações fraudulentas, não impedirá que alguns deles cheguem aos utilizadores, mas tornará mais difícil para os seus programadores manterem o seu anonimato. A Google partilhou também um cronograma com as etapas planeadas até 2027 “e mais além”.
O acesso antecipado começará em outubro de 2025, com os convites para a experiência a serem enviados gradualmente na Consola de Programadores do Android e na Consola de Programadores da Play Store.
Com este programa de acesso antecipado, a Google permitirá que os programadores participem em discussões, recebam suporte prioritário e forneçam feedback sobre o seu trabalho e aplicações. Em março do próximo ano, a verificação será aberta a todos os programadores e, meses depois, este requisito entrará em vigor no Brasil, Singapura, Tailândia e Indonésia. Este requisito continuará a ser implementado globalmente a partir de 2027.























O Android tem código de 2010, é ultrapassado. Não é sobre software. Querem é controlar os desenvolvedores…
O código do Android tem sido alterado bastante ao longo dos anos, e é bastante diferente do seu início.
Não é não.
Ah claro, o Android ainda usa a Dalvik VM em 2025…
O kernel, garantidamente já não é o mesmo!
Depois, à volta do kernel tem sido feitas melhorias e evoluções tecnológicas, assim como no IOS.
Portanto, não é o mesmo desde o início.
Estás a propagar desinformação.
Qualquer narrativa que utilizes para degradar o android, vale também para o IOS, que tem evoluído junto com o android, na mesma direção, e factualmente, a roubem tecnologia um ao outro.
O IOS, tem ficado para trás nos últimos, pois a Apple não investiu na sua própria IA, e está refém da tecnologia dos outros.
+1
Exatamente. Quem ler este título vai ficar com a ideia errada.
Android a tornar se iphone mas sem as vantagens do ecossistema apple.
Se removerem o sideloading e outras funcionalidades, acaba por se tornar muito parecido sim. Há imensas empresas que distribuem APKs sem os colocar na Play Store, seja para testes ou apps internas.
apple também o permite através do TestFlight, e sempre o permitiu através de apps assinadas para determinados devices
sideloading também já é permitido na Europa através da altstore
Só permite durante 30 dias, depois tens de reinstalar.
Já se consegue instalar e ouvir um simples ficheiro .mp3?
que vantagens?
Está a referir-se à integração do ecosistema Apple nos vários produtos da empresa.
google aka apple 2, pixel 10 = iPhone 17; android = iOS
a apple é que tinha razão
O Eric Schmidt era executivo da Apple e deixou o Steve jobs furioso quando “criou” o Android. Roubou a Apple, a Apple tem sempre razão.
Verdade, mas a Apple foi grande campeã e viu o potencial do homebrew que andava no iPhone 2G e criou a App Store, a partir dai deixou de ter a ver com device e começou a falar-se de ecossistema
Como se uma app presente na Play Store fosse sinónimo de segurança. O que não falta são apps com malware descobertas na Play Store. Se matam o sideloading, matam uma das vantagens do Android.
E Europa obrigou a Apple a fazer sideloading. Será que vai ficar calada em relação a isto?
Roms e root são proibidos na UE.
Obrigou por causa da Epic.
calada? podes fazer desde que foi permitido, o que não faltam são stores para isso, eu uso a altstore por exemplo para as apps delta e clip
fui agora ver e já tens fortnite na altstore também
“A Google esclareceu que apenas irá verificar a identidade dos programadores, pelo que não fará o mesmo com o conteúdo ou a origem destas aplicações, embora isso seja verificado através do Google Play Protect, o serviço de análise de malware integrado na Play Store.”
Epah leiam o artigo todo sff
É como a Apple faz nas alt stores, vai dar ao mesmo
Se lessem o que está escrito viam que não se trata de deixar de ser possível o sideload, mas pronto… É o que temos! Comentadeiros à La Marcelo!
É dificultar o mesmo, e aliás o objetivo é acabar com o mesmo de fininho. A desculpa da segurança é tola, o problema da Google com o sideloading é que não controla nada, nem recebe dinheiro. A Google é uma vergonha, permite anúncios de apps inúteis e que enchem o Android de popups e avisos, e ao denunciar dizem que não há nada de errado. Pessoas idosas abrem o Youtube e aparece logo uma imagem a dizer que o leitor PDF está desatualizado e carregam. Acabam por instalar tralha, que lhes enche o smartphone de publicidade e mensagens. Nisso a Google não está preocupada.
A google vai exigir ID a todos os devs, mesmo que as apps não sejam publicadas na playstore. O android fica mais seguro, isso acaba com os gangues de malware. Os primeiros países, em Setembro de 2026, são o Brasil, Indonésia, Singapura e Tailândia. Em 2027 será para todo o Mundo.
A razão é para evitar os 90000000000 milhões, de perfis, em redes sociais, que fazem publicidade a apps, semelhantes ás verdadeiras. Os 2000 milhões, de humanos, vêem aquela app, que custa 80000 euros, numa rede social, a ser promovida a 2,99 euros, pagam e instalam. “Yeah, ganhei 79998 euros”. Até ao dia que descobrem que estão a dever 120000 euros, ao banco.
Vão acabar com os devs, ao exigir ID e conta desenvolvedor (99$/ano). Não é com o sideload que tens de te preocupar. Pois sem devs não há apps. É com o controlo. A ditadura da google sobre o Android.
Acaba o lixo!
Perdes bem mais do que algum lixo na playstore e certamente não vais acabar com a porcaria na playstore apenas reduzir, abdicar de liberdade para isso não é um bom negócio. Se nunca usate nada de fora da playstore é normal que não percebas o problema, sejam projetos teus ou de outros que por motivos legais ou práticos jamais poderiam estar na playstore ou ser aprovados pela google isso acaba, não é só “lixo”.
+1
Este titulo também não ajuda
Podes pôr paninhos e dizer que não bem é assim, mas ideia é exatamente matar o sideloading de uma forma geral, tudo o que não for autorizado pela google não entra.
É só instalar outra loja, problema resolvido.
Não vão verificar as apps logo não trás segurança nenhuma. Apenas vão ‘verificar’ os IDs dos developers. É um absurdo exigir conta paga mesmo para quem não publica na Playstore.
É só para controlar e acabar com a concorrência. Não é para a segurança dos utilizadores nem do Android. Na Rússia, que têm a loja deles, a Google não faz nada e na China também não, já que estam proibidos.
Pergunta aqui para o forum: a aplicação da Santa Casa que ainda não está no Google Play, sendo necessário instalar através de APK???
essa nunca entendi porque nunca meteram essa app no google play
mas o sideload vai afetar todas as apps fora do Google play
Resumindo todos os dispositivos android passam a ser 100% propriedade da Google, à la Apple. Como sempre resta linux, por mim nada contra.