Pessoas criadas nas cidades são piores na orientação do que as nascidas no campo
Seguramente conhece aquela pessoa que tem um excelente sentido de orientação. Outras, até com o GPS, confundem-se e têm um péssimo sentido de localização. Segundo um estudo, as pessoas que cresceram no campo têm um melhor senso de direção e habilidades de navegação do que aquelas criadas nas cidades.
Não é por acaso que cada vez as pessoas, até nas suas movimentações do dia a dia, usam as apps de mapas e GPS. Algumas são apenas... desorientadas!
Há pessoas com um excelente sentido de desorientação
Cada um de nós tem dentro de si uma espécie de bússola, um GPS natural que nos ajuda a orientar dentro de espaço ou no dia a dia nos locais por onde passamos. Contudo, há pessoas com esse mecanismo muito mais afinado do que outras. E não é por acaso.
Para descobrir como o ambiente infantil influencia a capacidade de navegação, os cientistas analisaram como quase 400.000 pessoas de 38 países jogaram um jogo concebido para a investigação em neurociência.
Os jogadores do jogo "Sea Hero Quest" tiveram de navegar num barco para encontrar pontos de controlo num mapa, de acordo com o estudo publicado na revista Nature.
Descobrimos que crescer fora das cidades parece ser bom para o desenvolvimento das capacidades de navegação, e isto parece ser influenciado pela falta de complexidade de muitas redes de rua nas cidades.
Disse o investigador principal Hugo Spiers do University College London.
O co-autor Antoine Coutrot, da Universidade de Lyon, disse que a investigação mostrou que quando os ratos cresciam em jaulas com caminhos de diferentes complexidades, "certas capacidades cognitivas nos seus cérebros, incluindo a navegação espacial, também eram modificadas".
No entanto, os humanos foram um pouco mais difíceis de estudar porque "não os podemos prender em jaulas", disse o investigador à AFP.
Jogo permite avaliar o poder de orientação
Assim, os investigadores utilizaram o "Sea Hero Quest", que foi criado em 2016 para estudar a doença de Alzheimer e desde então tem sido jogado por quase quatro milhões de pessoas.
O investigador Coutrot disse que as pessoas que cresceram nas zonas rurais obtiveram melhores resultados porque "o campo é um ambiente bastante complexo na medida em que é muito desorganizado, com maiores distâncias, o que significa que tem de memorizar o seu percurso".
Contudo, as pessoas criadas em cidades mais complexas como Paris e Praga fizeram muito melhor do que as de cidades com planos de rua ordenados, como Chicago, acrescentou ele.
E os adultos ainda podem melhorar o seu sentido de orientação mais tarde na vida, se trabalharem esse aspeto.
É um pouco como aprender outra língua, o que será muito mais fácil se a aprendermos quando somos jovens.
Disse Coutrot.
Os investigadores também desenvolveram uma nova versão do jogo chamada "City Hero Quest" para testar a forma como os habitantes da cidade se saíam no seu ambiente natural. As pessoas criadas nas cidades mostraram uma desenvoltura maior a gerir a rede de ruas, mas mesmo assim, a diferença era abissal quando os mesmos tentaram orientar-se no campo.
Este artigo tem mais de um ano
desorientada e Phone dependentes.
Não supreende ninguém.
Maior parte da malta urbana vive completamente dependente dos outros e não tem qualquer capacidade de “dessenrasque”.
Hoje em dia qual a percentagem que sabe usar uma bussola? e saber a sua localização num Mapa de papel?
Portugal que é um país pequeno com distritos minúsculos, custou-me acreditar quando me disseram que já tivemos um grupo de escuteiros perdido na Serra da Estrela e outro grupo perdido no Gerês, ambos grupos tiveram que ser resgatados por bombeiros. Ter chovido torrencialmente acho desculpa esfarrapada, e se foi propositado ou não pelos respectivos líderes de grupo não sei, mas não tenho memória de escuteiros alguma vez se terem perdido no século passado. E se escuteiros já se perdem, outras pessoas perder-se-iam provavelmente até num campo de golfe 😀
Ha quem se perca num parque de estacionamento
😀
Para esses e outros está para chegar uma solução em breve, uns smartglasses leves, com peso idêntico aos óculos convencionais (5 anos depois chegam as lentes de contacto), que mostram setinhas por onde o utilizador tem que seguir bem como instruções rápidas de tudo que tem a fazer.