Google quer desmascarar os piores poluidores com um satélite que deteta fugas de metano
A Google é parceira de um projeto que procura desmascarar os piores poluidores do mundo: um satélite que deteta as fugas de metano das empresas de petróleo e gás.
Numa parceria com a Environmental Defense Fund, a Google lançará, em março, o MethaneSAT, um satélite que marca uma nova era de responsabilidade climática global. O metano é um potente gás com efeito de estufa, e estima-se que seja responsável por quase um terço do aquecimento global provocado pelo Homem.
Globalmente, 2023 foi o ano mais quente de que há registo. A necessidade de proteger o clima nunca foi tão urgente, e reduzir as emissões de metano das operações de combustíveis fósseis e da agricultura é realmente a maneira mais rápida de retardar o aquecimento agora.
Disse Steve Hamburg, cientista-chefe da EDF e líder do projeto MethaneSAT.
De facto, segundo a International Energy Agency (IEA), a agricultura é a maior fonte de emissões de metano das atividades humanas, mas o setor da energia vem logo a seguir.
Estima-se que as operações de petróleo, gás e carvão são responsáveis por 40% das emissões globais de metano provenientes de atividades humanas. Para a IEA, aliás, a concentração no setor da energia deve ser uma prioridade, em parte porque a redução das fugas de metano é rentável. O gás que vaza pode ser capturado e vendido, e a tecnologia para o fazer é relativamente barata.
Por ser difícil de monitorizar em tempo quase real, o metano tem sido um problema que os cientistas têm procurado resolver. Historicamente, a medição das fugas de metano envolveu estudos de campo dispendiosos com aviões e câmaras de infravermelhos portáteis. Esta abordagem oferece apenas um instantâneo no tempo, e a investigação demorou anos a ser publicada.
Satélite da Google marca uma nova era de responsabilidade climática global
O MethaneSAT faz parte de uma nova geração de satélites concebidos para localizar as fontes de gás em quase todo o mundo. A Google participa no projeto, contribuindo com o seu poder de computação, e com a sua capacidade de Inteligência Artificial (IA) para analisar uma grande quantidade de dados e mapear as infraestruturas de petróleo e gás.
Segundo Yael Maguire, vice-presidente e diretor-geral de sustentabilidade da equipa por detrás de plataformas como o Google Maps e o Street View, o mapeamento das operações de petróleo e gás é, também, difícil.
Afinal, a localização dos poços, bombas industriais e tanques de armazenamento pode mudar rapidamente, exigindo uma atualização regular do mapa. Porém, um satélite, como o que está prestes a entrar em funções, pode satisfazer essa necessidade.
A tecnologia de IA que a Google utilizou para detetar árvores, passadeiras e cruzamentos a partir de imagens de satélite será aplicada às infraestruturas de petróleo e gás. O mapa será sobreposto com dados do MethaneSAT para esclarecer o tipo de maquinaria mais suscetível a fugas.
Na perspetiva de Maguire, "esta informação é incrivelmente valiosa para as empresas de energia, os investigadores e o setor público, para antecipar e mitigar as emissões de metano nos componentes que são geralmente mais suscetíveis".
Imagem: methanesat.org
Neste artigo: alterações climáticas, Google, metano, MethaneSAT, satélite
“Estima-se que as operações de petróleo, gás e carvão são responsáveis por 40% das emissões globais de metano ”
Até q enfim se começa a olhar para os manfios do metano.
Créditos de metano já a aplicar a tudo o que consuma electricidade.
E tudo o que consuma petróleo e carvão, afinal pertencem ao mesmo.
Não quer igualdade ?
Exacto. Electricidade.
Ah só a electricidade é que consome petróleo ?
Portanto os derivados de petróleo devem consumir electricidade ?
Não é petróleo, é gás e carvão. De algumas jazidas de petróleo tb se pode captar gás mas este é direccionado para a produção de electricidade.
Diz ali em cima que é petróleo, gás e carvão.
7% das emissões são essas mesmo, chamadas emissões fugidias.
Errado, parece dele vai para casas das pessoas, e outra grande parte para a indústria.
Hehe. O esquema já está desenhado e o Politico ganha sempre.
Nao preciso de um satelite para saber quem foi que libertou a maior quantidade de sempre, foram os EUA quando explodiram com a NS2, e o gov alemao aplaudiu com um tiro no pe, inacreditavel!
Fonte:…confia que eu sei Joca!
Quem nomeou a Google para policiar? Quantos milhões de toneladas de co2 emitem os serviços que a Google presta? Aliás lançar esse satélite custa quantas toneladas de co2?
A Google está a comprar Indulgências.
Já estou a ver a nuvem de gás dos pântanos a subir ali na zona da AR. Nem com a mudança de governo vai melhorar.