É músico? Conheça as plataformas de distribuição para os serviços de streaming
Os serviços de streaming vieram revolucionar o mundo da música, especialmente a sua distribuição e a democratização que abriu portas a inúmeros músicos e artistas independentes.
Contudo, para ter a sua música disponível nos serviços de streaming mais populares, como o Spotify e Apple Music, os artistas precisam de recorrer a plataformas de distribuição. Existem várias opções no mercado e cada uma tem os seus trunfos... Fique a conhecê-las!
A Internet é uma das invenções mais poderosas do Homem, que veio mudar completamente o paradigma da comunicação e das oportunidades na sociedade. Hoje em dia, um simples músico sem contrato com uma editora pode gravar a sua arte com equipamentos baratos, mas que garantem uma qualidade sonora aceitável, e publicá-la diretamente nos serviços de streaming.
Ao passo que serviços como o Bandcamp e o SoundCloud funcionam diretamente com os artistas, dispensando assim o uso de intermediários, os restantes serviços têm um modus operandi diferente. Spotify, Apple Music, YouTube Music, Amazon Music, Deezer, Tidal, Napster e derivados requerem que se recorra a intermediários para publicar música nas suas plataformas.
Neste sentido, foram fundadas diversas empresas que proporcionam o serviço intermediário para publicar nestes serviços de streaming. Fique a conhecer algumas delas, que têm abordagens diferentes e decerto estarão ao nível das suas necessidades.
CD Baby
O CD Baby destaca-se por proporcionar um serviço completo de distribuição e controlo de royalties, ficando assim o artista apenas focado no processo criativo. O CD Baby tem um preçário fixo, dependendo se está a ser publicado um álbum ou single, e de pagamento único. Ou seja, não serão cobrados valores adicionais ou anuidades para manter a música disponível.
O serviço base custa $9,95 para um single e $29 para um álbum; a modalidade Pro custa $29,95 para um single e $69 para um álbum. Contudo, o artista não fica com 100% dos royalties das suas músicas. O CD Baby cobra 9% dos lucros, sobrando assim 91% para o artista. Não obstante, oferece também a possibilidade de produzir e vender mundialmente cópias físicas (CD, vinil) dos seus álbuns.
Amuse
Contrastando com o CD Baby, o Amuse é gratuito e oferece 100% dos royalties aos seus artistas! A justificação que a empresa sueca dá para isto é que, ao permitir que músicos independentes usem a sua plataforma gratuitamente, estarão a "captar" talentos para o seu meio e, caso o artista tenha potencial de sucesso, o Amuse propõe um contrato com a sua própria editora em que lhe dão todos os meios para além da distribuição (concertos, gravações, etc.) a troco de 50% dos lucros.
O Amuse foi co-fundado pelo will.i.am, antigo membro dos Black Eyed Peas, e é cada vez mais procurado por artistas que procurem distribuir a sua música de forma simples e barata. Como desvantagem desta plataforma, destaca-se o facto de ter menos serviços de streaming disponíveis, face à concorrência. Mesmo assim, os pesos pesados Spotify e Apple Music estão disponíveis.
Uma alternativa ao Amuse, igualmente gratuita, pode ser o FreshTunes.
DistroKid
O DistroKid é provavelmente o serviço mais reconhecido para distribuição de música. A sua modalidade é diferente do Amuse e do CD Baby, em que não é gratuito e não há um pagamento único pela distribuição de um single ou álbum.
Assim sendo, o DistroKid baseia-se numa modalidade de subscrição, em que o artista paga uma anuidade e durante esse período pode realizar upload da quantidade de música que desejar.
A anuidade é de $20 e ao nível de royalties, 100% serão destinados ao músico. O DistroKid destaca-se pelo facto de distribuir as músicas por mais de 150 serviços de streaming diferentes e de o conseguir fazer de forma mais rápida que o Amuse. Contudo, uma grande desvantagem deste serviço são os extras que tornam mais cara a publicação de músicas.
A título de exemplo, ter a música disponível no Shazam custa $0,99 anuais e $4,95 anuais para a submeter na base de dados do Content ID do YouTube.
TuneCore
O TuneCore, à semelhança do DistroKid, é o que mais serviços de streaming disponibiliza, tendo igualmente mais de 150 no seu catálogo. Para além disso, o artista fica também com 100% dos royalties das suas músicas. Ao passo que o preços de distribuição são mais altos que os concorrentes, o TuneCore afirma publicitar a música dos seus subscritores, nomeadamente no uso desta em filmes e na TV.
Publicar um single através do TuneCore custa $9,99 anuais. A publicação de álbuns é mais cara, ficando por $29,99 no primeiro ano e $49,99 nos anos seguintes.
Ao usar estas plataformas de subscrição, conseguirá ter a sua música disponível em toda a parte, nos mais diversos serviços de streaming. A indústria da música está a mudar e, de forma independente, tem todos os meios à disposição para conseguir alcançar um público de milhões de ouvintes.
O triunfo do streaming e da música por subscrição...
Este artigo tem mais de um ano
Não sou músico nem faço distribuição de música mas uso o site bandcamp. Além de poder descarregar legalmente músicas ou álbuns de forma gratuita pode-se dar um donativo às bandas. Muito interessante esta plataforma
Pedro, o Bandcamp têm todo o tipo de músicas e artistas ou apenas os “mais desconhecidos” digamos assim?
Maats como eu procuro musicas muito próprias tenho ideia que é mais mais para bandas mais desconhecidas. Bandas que procuram divulgação ou que não têm dinheiro para lançar o álbum fisicamente. Mas não tenho a certeza do que afirmei pois vou à procura de músicas fora do “mainstream”
Obrigado Pedro, por acaso já ouvi falar bastante mas nunca experimentei pois tinha ideia que era mais para bandas desconhecidas, vou dar uma vista de olhos.