Trator autónomo da Voltrac: entre a agricultura e o campo de batalha
Uma startup espanhola apresentou recentemente um trator autónomo e elétrico que se adapta tanto aos campos agrícolas como a cenários de guerra, mostrando-se uma inovação com impacto real em múltiplos contextos.
Veículos elétricos e autónomos na agricultura... e na guerra!
Em tempos de paz, este veículo de 3,5 toneladas opera nas explorações agrícolas, transportando cargas até 4.000 kg, monitorizando a saúde das culturas através de câmaras e otimizando a aplicação de água, fertilizantes e pesticidas graças a um sistema de aprendizagem contínua.
Em zonas de conflito, o mesmo trator pode ser usado para missões de reabastecimento na linha da frente, em terrenos difíceis, minimizando riscos humanos.
Como referiu Francisco Infante Aguirre, cofundador e CTO da Voltrac:
Na Ucrânia, muitas vidas perdem-se em missões logísticas, não em combate direto. O nosso veículo pode fazer esse transporte sem colocar vidas humanas em risco.
Este trator atinge uma velocidade máxima de 40 km/h, tem uma autonomia de até 20 horas, e utiliza baterias modulares de 200 kW — substituíveis com recurso a empilhadores.
Trator autónomo: dos planos agrícolas, para o campo de batalha
Este veículo autónomo e elétrico pode ser equipado com reboques agrícolas convencionais ou plataformas planas para transporte militar.
Para aplicações militares, pode ser adaptado com tecnologia anti-interferência e drones intercetores, além de desempenhar funções de deteção e remoção de minas.
Ainda sem cabine, o veículo é, por enquanto, controlado remotamente, com planos para uma futura autonomia total, onde um único operador poderá gerir vários tratores em simultâneo.
Ex-engenheiro da Google e BMW
A componente agrícola distingue-se pela capacidade de fazer “experiências em tempo real”, tratando parcelas com abordagens ligeiramente distintas e ajustando intervenções com base na resposta das plantas — o que poderá aumentar a produtividade, reduzir custos e limitar o uso de químicos no solo.
Os fundadores trazem experiência sólida: Thomas Hubregtsen, ex-Google X e BMW, e Aguirre, engenheiro aeroespacial com raízes na maquinaria agrícola. Em conjunto, lançaram a Voltrac há pouco mais de um ano e já captaram 2 milhões de dólares (cerca de 1,85 milhões de euros) em investimento inicial.
A produção, feita com componentes standard, reduz em 70% o número de peças comparando com tratores tradicionais, graças à motorização elétrica e à ausência de cabine.
A startup prepara uma nova ronda de financiamento em setembro e prevê a entrega das primeiras unidades em 2026.
Esta solução insere-se nos novos cenários de agritech e defesa autónoma, sendo relevante tanto para regiões com escassez de mão de obra como para teatros de guerra onde a logística representa risco elevado.
São óptimos para mandar para a ucrania, como tractores “kamikaze” para libertar territorio soberano da ucrania
E para a Palestina, Síria, Afeganistão e Iraque para libertar território soberano de guerras bem mais antigas e com mais mortes do que na Ucrânia?
Desculpe falou Ucrânia ? Tem razão os outros locais não são de brancos logo não se deve mandar para esses territórios. Esqueci me que a guerra da Ucrânia é mais importante. As minhas desculpas.
lá se vão as memorias dos mais novos de se sentarem na lateral do trator, por cima da zona das rodas
Isso deve ser memórias dos mais velhos.
Nos anos 70 e 80 viajava muito pela Europa em trabalho e na “reta de Bordéus” os tratores lavravam a terra sem qualquer condutor. Outra novidade (para mim) é que estes terrenos agrícolas passados alguns anos passavam a floresta. E as florestas na mesma zona passavam a terrenos agrícolas. Para os franceses tudo isto é lógico e intuitivo mas para os tugas…?