Serão as baterias de iões de sódio o segredo para carros elétricos mais baratos?
O interesse pela eletrificação está a crescer, na forma de elétricos puros e híbridos, e as fabricantes procuram encurtar os preços, tornando os modelos acessíveis a um leque de clientes mais alargado. Com as baterias a pesar no valor final de um elétrico e na sua pegada ambiental, serão os iões de sódio o segredo para carros elétricos mais baratos e mais sustentáveis?
As fabricantes estão atentas e, conforme já vimos, há uma vontade (declarada) em apostar na mobilidade elétrica, indo ao encontro das novas políticas governamentais, da procura pelos consumidores e, de certa forma, dos interesses do planeta.
Apesar da crescente magnitude dos veículos eletrificados, para muitos, o problema ainda reside nas baterias, pelo valor que lhes está associado: monetário, mas também ambiental. Um dos componentes mais polémicos é, em ambos os sentidos, o lítio.
Ora, na procura por uma solução, surgiu, entretanto, o sódio, que oferece às fabricantes uma alternativa às baterias de iões de lítio com algumas vantagens importantes (e, quem sabe, decisivas) associadas.
Conforme recordado pela Autocar, as baterias de iões de lítio só se tornaram realmente um grande negócio comercial na década de 1990, pelo que a súbita mudança para carros movidos por estas baterias é impressionante.
Pela rapidez com que as coisas mudam no negócio automóvel, à medida que novas tecnologias e soluções vão sendo exploradas, é provável que as baterias de iões de lítio - que têm desvantagens em termos de sustentabilidade, segurança energética e custo - sejam ultrapassadas.
Em jogo poderão entrar as baterias de iões de sódio (ou baterias de iões Na), mencionadas há já algum tempo, mas cujo desenvolvimento previa-se mais demorado.
Baterias de iões de lítio darão espaço às de iões de sódio?
No início de janeiro, a fabricante de automóveis chinesa JAC anunciou que estava a fornecer um pequeno automóvel elétrico da sua marca Yiwei equipado com bateria de iões de sódio da Hina Battery.
A par desta, também a chinesa JMEV anunciou o lançamento de um novo veículo elétrico equipado com bateria de iões de sódio da Farasis Energy.
Às baterias de iões de sódio são apontadas as seguintes desvantagens:
- Baixa densidade energética;
- Consequente aumento do peso do veículo (poucos Wh/kg, em comparação com as tecnologias de lítio).
Porém, enumeram-se as seguintes vantagens:
- Neutralidade e segurança;
- Ausência de lítio e cobalto nas baterias;
- Abundância de sódio pelo mundo todo;
- Eletrólito mais simples;
- Recuperadores de elétrodos podem ser de alumínio em vez de cobre (mais sustentável e mais barato);
- Bom funcionamento em condições de frio;
- 30% mais barato do que o ião de lítio.
Considerando as vantagens, as fabricantes estão a trabalhar, no sentido de resolver as desvantagens. Por exemplo, tentando aumentar a densidade energética das baterias de iões de sódio, sem comprometer o peso do veículo nem a autonomia.
Partilhe connosco, nos comentários, se vê as baterias de iões de sódio como uma potencial alternativa viável às baterias de iões de lítio.
Para já não me parece que sejam uma alternativa às baterias de lítio, mas para carros que não necessitem de uma grande autonomia, podem ser uma boa opção.
Não tenho conhecimentos que me permitam saber se há muita margem de evolução para este tipo de baterias, mas do ponto de vista ambiental tem muitas vantagens.
Para uso em casas são excelentes, o peso não é um problema e sim o preço
Tanto a CATL como a BYD já apresentaram modelos (ex: BLADE) em que mudando a disposição / modo como os químicos são armazenados, conseguem meter mais químico e menos metal de segurança na mesma área e peso. Isto faz com que as baterias de sódio possam ter densidades iguais ou superiores às atuais LFP, e as LFP muito próximas às de NCM/NCA atuais.
Isto faz com que um carro do tamanho dum Peugeot 208 / VW Polo possam ter baterias de 50-60 kWh baratas
+1
ACho que esta tecnologia pode ser uma excelente escolha para citadinos.
Desde que baixe os preços é sempre uma boa opção, muitos de nos utilizamos os carros para o dia a dia e uma ou dias vezes ao ano fazem longas deslocações, acho que o maior problema é mesmo onde carregar o carro para aqueles que não podem carregar em casa, lembro-me do anterior ministro dizer que os carregamentos feitos fora de casa devem ser a exceção e não a regra.
Sim. Algo que me fez demorar a comprar eletrico eram os carregamentos em casa. Agora moro num apartamento com garagem individual o que me permite carregar sem problemas Mas quem tem garagens partilhadas já tem de lidar com condominio e, pior, há muita malta que nem garagem tem e a unica opção é mesmo na rua – dado que esticar extensões pela janela não é viável. A meu ver, por mais que eu goste de EV, o custo/beneficio só vale a pena se for carregado em casa. Para carregamentos por fora de forma cosntante, o custo do EV não vale a pensa porque não vai trazer grande beneficio.
Sim claro que o sodio sera o futuro da UE, pois nao depende de litio chines ou chileno! Mas continuo a dizer que o futuro dos carros eletricos sera a nuclear de fusao e motor de ioes! A UE e a primeira potencial mundial a ter a energia nuclear de fusao, no sul de franca e em breve comecara a producao em massa. Os arabes, os chineses e ate os americanos vao ficar para tras…por isso a america rebentou com o nordstream para atrasar a UE, eles sabem e sempre invejaram o nosso CERN
ganda filme…. 😉
hehehehe
Ya meu…eu vou aguardar por motores warp e deutério.
Acho que andas ver filmes de ficção cientifica a mais. A hipótese de fusão nuclear como bateria auto é totalmente impossível devido ao custo, tamanho e peso ou seja invés de andar o automóvel arrastava-se em milímetros.
Já fiz printscreen deste comentário para daqui a 20 anos mostrar aos meus filhos, tanto cromo
Hum… Fusão nuclear? … Se calhar nem daqui a 50 anos…
É sempre “daqui a 10 anos”
Desde que não viciem ou tenham o efeito memória, como as de níquel-cádmio dos telemóveis antigos
Tá certo, suporta menos densidade energética. Que percentagem? Para as mesmas dimensões: -30, -50, -80% ???
Acho que é um dado importante.
Dependendo desse valor, depois segue-se outra pergunta: Peso? mais ou menos para as mesmas dimensões?..
Aqui só vais ter info genérica, algo mais há que ir à fonte (como fizeram com a imagem…).
Por norma cada tech (Na < LFP < NCM) uns 30% de diferença.
Aí está uma solução para os carros que só precisem até 300Km de autonomia serem mais baratos e ainda mais ecológicos, porque na realidade maior parte da população nem precisa disso e nesses casos pode baixar e muito o custo das baterias e até trocas.
Mas isso é sal né ? Os coches não vão ficar todos podres e enferrujados ?
Dentro das Baterias…. Tem o invólucro por fora, não é? 🙂
Mas é claro que como tudo, tem desgaste….
Sódio não é sal, mas é obtido do sal.
Sal é Cloreto de sódio.
Cloro e tóxico, alguma vez o amigo sabe o que diz. Eu uso cloro nas piscinas. Sódio e sal e potássio também por isso as bananas são salgadas
Já mandei vir umas para testar…