Novo Renault Espace: a tradição ainda é o que era…
O novo Renault Espace foi eletrificado e atualizado. Mais elegante, tecnológico e dinâmico, partilha muita coisa com o seu irmão Austral, mas não se confunde, aliás, esta continua a ser a aposta familiar da marca francesa. Fomos ensaiar o icónico monovolume.
Foi em 1984 que a Renault revelou o seu primeiro Renault Espace, um projeto concebido pela Matra, cujo chefe Philippe Guédon desejava, desde 1979, criar um automóvel modular que pudesse transportar confortavelmente uma família e as suas bagagens.
Este veículo foi um pioneiro, tendo existido muitas tentativas de imitação, sem grande sucesso. Contudo, este ganhou um estatuto icónico ao longo das suas cinco gerações.
Agora, a Renault apresentou um novo Espace, um carro familiar com 5 ou 7 lugares, que se juntará à linha de modelos que lidera a ofensiva da marca nos segmentos C e D.
O novo Renault Espace
O novo Espace tem uma linha vincada e muito característica que partilha com o modelo Austral, já que os dois SUVs partilham parte da carroçaria, tendo mesmo uma frente idêntica. No entanto, o Espace tem um volume maior e assume traços mais ao estilo familiar.
Em relação ao seu antecessor, tem dimensões exteriores menores, sendo 215 kg mais leve, equipado com uma unidade motriz híbrida E-Tech ultra-eficiente de 200 cv de potência.
Além de substancialmente mais leve, a aerodinâmica do novo Espace foi ainda otimizada pela estilização da forma dos novos espelhos retrovisores, pela linha de tejadilho descendente que termina num spoiler e pelas aberturas no para-choques traseiro, concebidas para reduzir o atrito aerodinâmico.
O novo Espace vem com um motor E-Tech full hybrid de 200 cv, com consumos médios de 4,6 litros aos 100 km (ciclo combinado WLTP). Isto permite alcançar uma autonomia de até 1.100 km, para cobrir grandes distâncias sem complicações. É mais eficiente em termos de consumo de combustível e emite apenas 104 gramas de CO2 por km - 35% menos do que o seu antecessor.
A autonomia do novo Espace e as emissões de CO2 colocam-no entre os melhores do seu segmento. O seu excelente desempenho valeu-lhe, por exemplo, o direito a escapar à penalização ambiental imposta em França.
O conforto interior
O novo carro prima pelo conforto durante uma viagem para condutor e passageiros, ideal para grandes viagens. Por entre as curvas e contra-curvas que acompanham o rio Douro, tivemos a oportunidade de o comprovar.
O carro é construído sobre a plataforma modular CMF-CD da Aliança e o espaço interior foi especialmente otimizado. O Espace tem um comprimento de 4,72 metros e, apesar de ser mais curto que a geração anterior, o compartimento de passageiros é mais longo (2,48 metros até à terceira fila).
Outro dos pormenores que saltam à vista é o tejadilho panorâmico opcional que inunda o habitáculo de luz. A cobertura de vidro não tem uma ligação transversal, proporcionando mais de 1 metro quadrado de luz natural. É interessante referir que a composição do vidro com um revestimento de baixa emissividade, filtra os raios UV e evita a maior parte dos raios infravermelhos e reflete o calor do habitáculo. Assim, não precisa de uma cortina blackout para manter o calor e o brilho afastados dos ocupantes.
O modelo de entrada Techno vem com um ecrã OpenR de 24 polegadas, porta traseira elétrica, carregador de smartphone por indução, jantes em liga leve de 19 polegadas, sistemas Isofix nos bancos esquerdo e direito da segunda fila e um conjunto de dispositivos de segurança que inclui o sistema de alerta de ângulo morto.
O nível Esprit Alpine, que é uma novidade no Espace, tem um toque mais desportivo ao interior.
Os encostos de cabeça apresentam o logótipo da marca francesa, o tablier em Alcântara tem pespontos azuis e, nos bancos, o mesmo material (Alcântara) combina-se de forma harmoniosa e elegante com o couro sintético e o tecido Latis Bright.
O Iconic eleva o interior a outro patamar de sofisticação e requinte, com as aplicações em madeira de freixo genuína no tablier e os estofos em pele almofadada num tom de cinza areia claro, combinados com o piso Mokka Brown.
É possível ajustar os bancos eletricamente (para a frente e para trás, para cima e para baixo, bem como em inclinação) e estes são aquecidos, tal como o volante. O banco do condutor também inclui a função de massagem lombar.
A bagageira e um interior modelar
O novo Espace permite deslizar o banco da segunda fila para a frente e para trás em 220 mm. O interior é assim dividido em duas unidades independentes, com uma relação de 60-40. Assim, será fácil adaptar o carro ao número de passageiros ou bens para transportar de forma muito simples e rápida, dependendo das necessidades de cada momento.
Segundo a informação partilhada, a bagageira do novo Espace tem uma das melhores capacidades de armazenamento do mercado: 1.818 litros na versão de 5 lugares com a segunda fila de bancos rebatidos; 777 litros na versão de 5 lugares com a segunda fila corrida para a frente e; 159 litros na configuração de 7 lugares com a terceira fila colocada.
Além disso, dispõe de inúmeros compartimentos de arrumação que se adaptam a diferentes objetos, espalhados pelo carro.
4CONTROL Advanced para uma maior manobrabilidade
O inovador sistema 4CONTROL Advanced é essencial para melhorar a manobrabilidade, a agilidade e o dinamismo, de um carro tão comprido. Esta característica vem de série com os níveis Iconic e Esprit Alpine e aumenta o prazer de condução, a segurança e diminui o raio de viragem, graças ao eixo traseiro multi-link e às capacidades de direção nas quatro rodas.
E nas curvas que serpenteiam as margens do Rio Douro, garantimos que dá mesmo muito jeito.
O 4CONTROL otimiza a posição das rodas em estradas irregulares e recortadas, bem como em outras superfícies. Para proporcionar uma estabilidade sem precedentes e uma agilidade sem paralelo nas cidades, a alta velocidade ou ao virar a mais de 50 km/h, um atuador faz girar muito ligeiramente as rodas traseiras na mesma direção que as rodas dianteiras (mas apenas até 1 grau).
A uma velocidade mais baixa, gira as rodas traseiras até 5 graus na direção oposta.
O maior ângulo encurta o raio de viragem do automóvel em curva para 10,4 metros (o mesmo de um Renault Clio) quando equipado com o 4CONTROL Advanced, uma redução significativa face aos 11,6 metros da versão com apenas 2 rodas direcionais.
Os ajustes do MULTI-SENSE permitem personalizar a experiência de condução (esforço da direção, resposta do motor, agilidade do chassis), a cor da iluminação no habitáculo e o mostrador do painel de instrumentos, que dispõe de quatro modos: Eco, Sport, Confort e Perso.
Depois, os elementos de segurança passiva e ativa ao mais alto nível estão também integrados para garantirem níveis de proteção insuperáveis para ocupantes e peões. Possui 32 sistemas avançados de ajuda à condução (ADAS) em três categorias: segurança, condução e estacionamento.
O active driver assist está integrado nos níveis Iconic e Esprit Alpine. Tem ainda tecnologias de reconhecimento de sinais de trânsito e de prevenção de excesso de velocidade (RST/PEV), integrados no active driver assist, mas também podem ser utilizados de forma independente.
Preço e disponibilidade
O novo Renault Espace já está disponível para encomenda, nas versões, Techno, a partir de 45 500 €; Espirit Alpine a partir de 48 300 € e; Iconic desde 50 300 €.
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Sem dúvida que é um bom produto lançado pela Renault, contudo não é digno de se chamar Espace, é um Grand Austral este é que seria o nome correcto, a Renault até podia mudar o Espace para o formato SUV na mesma, mas tinha de ser para o segmento superior e competir com o Touareg ! O Espace sempre foi um topo de gama.
Andei no mercado à procura de um veículo com 7 lugares mas as marcas passaram de Monovolume para SUV, com isto perdeu-se um aspeto fulcral: conforto de todos os passageiros.
Isto porque atualmente os veículos de 7 lugares são voltados para “5+2”, com isto quero dizer que a ultima fila é mais voltada para crianças, onde os bancos são mais baixos. Assim um adulto para fazer uma viagem de algumas horas não vai confortável.
Para além disso uma porta traseira em vez de uma porta de correr limita as opções de espaço para estacionar assim como para a entrada/saída de passageiros.
Os SUV não são nada práticos.
O melhor dos modelos Espace com real modularidade foi o da Quarta geração (2002-2014) – 4º modelo da foto.
Esse tinha reais 7 bancos para adultos, sendo os 5 traseiros todos iguais e completamente independentes, com bastante liberdade de movimentação e possibilidade de serem retirados 1 a 1.
Possuíam encosto de cabeça e até apoios de braços, sendo totalmente reclináveis até 180°.
Tinham carris independentes para mover os bancos para a frente e para trás.
Podiam até ser colocados na direcção oposta e quando rebatidos para a frente, serviam de mesa com suporte de copos!
Os 2 bancos frontais tinham na traseira de cada um, um tabuleiro rebatível tipo avião!
E não faltava espaços onde guardar objectos, quer nas enormes bolsas das portas (que nas frontais permitiam colocar pelo menos uma garrafa de 1,5 l e ainda sobrava espaço para outras mais pequenas), quer debaixo dos bancos e outros espaços.
Mesmo com os 7 lugares a bagageira que sobrava ainda era bastante grande para acomodar algumas malas ou outros objectos a toda a altura, desde o piso até ao tecto, sem incomodar os passageiros!
isso sim é que era um monovolume modular e familiar para viajar comodamente e confortavelmente por longo tempo.
Os actuais veículos de 7 lugares servem só para 4 adultos e 3 crianças pequenas. Pois, os 2 bancos traseiros são ridiculamente apertados e com pouco espaço para a fila seguinte e o lugar do meio da segunda fila é sempre apertado e desconfortável para um adulto.
Para mim até os de 5 lugares são sempre de 4 adultos e 1 criança, dadas as reduzidas dimensões do lugar do meio e pouco espaço de pernas, na maioria dos carros!
E se for nos de combustão ainda possuem a elevação do piso!
Naquela Espace de 4ª geração o piso era totalmente plano como é agora nos modelos eléctricos.
Foi uma pena terem abandonado aquele conceito de monovolume realmente Espaçoso.
Eu comprei uma Sharan usada, porque não havia nada no mercado (Exceto a Alhambra, mas é o mesmo carro) com 7 lugares confortáveis.
Têm lugar para tudo e mais alguma coisa e ainda fica com espaço na mala para levar umas 3 ou 4 bagagens de mão das grandes. Todos os bancos são independentes e reclináveis e na mesma altura que os outros sem ser necessário arquear as pernas para caber um adulto.
Aliás, cheguei a ver um veiculo com 7 lugares onde a última fila era virada para a mala!! Que ridículo.
O único defeito é ser a gasóleo e ainda por cima leva adblue… se fosse elétrica era perfeita. Tenho que esperar que a ID.Buzz de 7 lugares saia em Portugal.
Para consumidores do proletariado e classe média assalariada está completamente fora de preço. Para a burguesia exploradora que sofre do fetiche piroso dos SUVs, também não serve porque não está lá “aquele emblema alemão premium que dá estatuto”.