Já há uma cidade que possui a primeira estrada de carregamento sem fios para carros elétricos
Imagine que num futuro não muito distante, o seu carro elétrico carrega enquanto viaja pelas estiradas deste mundo. Sem necessidade de parar para recarregar a bateria, a estrada é o carregador wireless. Ok, o futuro está mesmo aí à porta e a cidade de Detroit é a primeira a instalar uma via com esta tecnologia para os carros elétricos.
Energia sem fios que “brota” do chão da estrada
A cidade de Detroit instala a primeira estrada de carregamento sem fios do país para veículos elétricos. Esta é uma grande novidade, tendo em conta a tecnologia já amadurecida que foi ali implementada.
Os responsáveis pelo projeto referem que no século XX, Detroit instalou a primeira estrada pavimentada e o primeiro sinal de trânsito eletrónico do país, e agora a Cidade do Motor tem a primeira estrada de carregamento sem fios do país.
A tecnologia é produto da Electreon, que conseguiu um acordo com o Estado do Michigan para a testar, começando em Corktown.
Automaticamente, sabe quem somos e carrega-nos enquanto conduzimos ou enquanto estamos parados, sem fios, sem ficha, sem nada. E não tem qualquer ligação com o seu comportamento de condução.
Afirmou Stefan Tongur, Vice-Presidente de Desenvolvimento Comercial da Electreon.
Como funciona o sistema?
O sistema primeiro valida se o carro elétrico está devidamente enquadrado com o serviço e está no sistema que serve a energia.
Depois de validado, o piso conecta-se com o carro e passa a carregar a bateria enquanto o veículo viaja.
Por baixo do asfalto há uma série de bobinas de 1,5 m que se ligam a unidades de gestão. Na outra ponta, nos veículos elétricos, existe um recetor especial que ativa estas bobinas de estrada, permitindo o carregamento sem fios.
Neste momento, precisamos de perceber como funciona. Quem são os utilizadores prováveis que vão tirar o máximo proveito disto.
Disse Brad Wieferich, Diretor do MDOT.
O objetivo final é reduzir o tamanho das baterias dos veículos elétricos, aumentar a sua autonomia e minimizar o impacto na rede elétrica.
Um quarto de milha de estrada (402,336 metros). Pode parecer pequeno agora, mas é um grande passo para descobrir como podemos trazer isso à escala.
Explicou Joshua Sirefman, CEO da Michigan Central.
Basicamente, este sistema, quando aplicado massivamente, irá evitar que os carros transportem baterias tão densas e pesadas, visto que não irá ser necessário armazenar tanta energia, visto que "em todo o lado" deverá ser possível carregar o carro enquanto viajamos.
Teoria, mas os custos da instalação e manutenção são altíssimos, imaginem nas estradas europeias onde os tubos de saneamento, telecom, etc etc estão debaixo e qualquer arranjo presume levantar tudo. Além disso o carregamento sem fio é muito ineficaz e lento em comparação, logo perde-se muita energia em calor…
Melhor gastarem energias em otimizar os carregadores e instalar “em todas as esquinas”
Não concordo. Como é óbvio isto não será instalado em todas as estradas, até porque nem faz sentido. Para curtas distâncias como cidade ou mesmo deslocações regionais, as actuais baterias são mais do que suficiente, o problema dos elétricos está sim no alcance para longas distâncias, onde facilmente é necessário parar numa estação de superchargers para carregar a bateria para prosseguir a viagem. Ora, nessas longas distâncias as principais vias utilizadas são as Autoestradas, ou seja, se pelo menos nas Autoestradas fossem instalados estes sistemas de carregamento, resolvia-se grande parte das limitações dos carros elétricos, porque para as estradas nacionais concordo que não faz sentido (principalmente em termos de custo/benefício).
o que se pretende aqui seria minimizar as paragens para carregamento e sim continuar a viagem, pelo que entendi e se for algo futuramente aplicável seria para grande e longas estradas (ICs, IPS, e Autoestradas).
Contudo e sendo ainda tudo teoria, so nos resta esperar que os entendidos estudem uma melhor forma de carregamento sem obrigar a paragens longas.
Sabes que isto é para instalar em auto-estradas e não fazia muito sentido instalar isto em estradas nacionais, certo?
O teu nome faz jus ao teu comentário!
Gostava de saber as perdas com vários carros na mesma faixa de rodagem para saber se é viável.
Mas estou a imaginar uma faixa das auto-estrada (direita) com este sistema.
Sem dúvidas que a ser viável é óptimo.
Fico é com a dúvida em relação à segurança da mesma.
Altamente benefico para a saude humana !
Nem é benéfico nem prejudicial, a radiação magnética não tem qualquer efeito sobre os seres vivos.
Também não deves conhecer o maior campo magnético do planeta! Se soubesses ias entrar em pânico por causa da rua saude!
Exato! Vai sair caro e demorado mudar tudo. Claro que vai, mas tem que se começar por algum lado.
E eu ai mais longe, se a tecnologia permitir: os carros não terem baterias sequer, e ser totalmente alimentado por essa energia wireless, quase como uma pista de carros, mas sem o fio condutor;)
Ninguém quer um carro onde se falhar a electricidade ele não ande.
A ideia é não termos que parar para carregar o carro.
Isto não é uma pista de carrinhos de choque 🙂
Um excelente projecto e espero que tenha a visibilidade e o investimento necessário!
Claro que se fosse uma ideia do Musk, já passaria a ser o melhor projecto da década. Aliás, já estaria aqui o embaixador da tesla a comentar 😀
Já que está tão interessado, aqui tem:
https://www.canarymedia.com/articles/ev-charging/tesla-bets-76m-on-wireless-ev-charging-can-the-tech-go-mainstream
Bem mais barato seria voltarem às antigas cantenárias em especial nas cidades para os autocarros usarem para extender a duração das baterias. Explico: não seria necessário haver canternárias em todo o lado, mas nos trajetos mais comuns. Assim, os autocarros carregariam nessas zonas e usariam as baterias onde as cantenárias não existissem.
Poder-se-ia fazer o mesmo (cantenárias) na faixa da direita das AEs (ou outras estradas de uso intenso de pesados) para os pesados (de mercadorias ou não) poderem ter maior alcance com menor capacidade de bateria. Este tipo de soluções aleado à condução autónoma seria muito interessante otimizando quer o tempo quer o custo.
Menos baterias, menor custo. Estes dois exemplos apresentam redução de custos que beneficiariam muitas pessoas. Quer as que recorrem aos TP diariamente quer a todos os outros permitindo baixar os produtos nas prateleiras.
Totalmente absurdo e ineficiente. Estupidamente caro para implementar, perdas de energia ridículas. A ideia é tão absurda que mata o conceito de eficiência dos EV’s pela comodidade.
Os a combustão continuam a bater records de ineficiência e continuam por aí.
Não é absurda, existem perdas mas podem ser reduzidas com novas técnicas, nas nunca vai ter a eficiência de um cabo.
O sistema definitivamente é menos eficiente que o carregamento com fios, mas onde estão os teus dados para as perdas ridículas e ideia absurda?
O carro a combustão foi implementado em troca do cavalo. Na altura nao existia estradas em condições para os carros! O que achas que se fez em troca da comodidade?
Carregamento sem fios é como quem abastece gasolina ou gasóleo sem meter lá a mangueira. Em vez disso manda um repuxo de longe e vai quase toda por fora.