Recorde mundial: Hyundai Nexo faz 1.400 km com um só carregamento de hidrogénio
A Hyundai acaba de demonstrar que o hidrogénio não é teoria nem futurismo. O seu Nexo percorreu 1.400 km com um único depósito, superando o recorde marcado pela Toyota em 2021 e deixando claro que esta tecnologia pode competir seriamente na mobilidade de longo alcance.
Hyundai demonstra a viabilidade do hidrogénio: o Nexo atinge 1.400,9 km em 36 horas de condução contínua.
Pontos quentes:
- Recorde mundial de 1.400,9 km.
- Hidrogénio como opção real para longos trajetos.
- Recarregamento rápido, menor tempo de espera.
- Zero emissões, utilização prática.
- Tecnologia madura, não uma promessa vazia.
- Impacto na mobilidade limpa e nas políticas públicas.
A prova durou 36 horas e serviu para mostrar algo que tantas vezes se discute sem dados concretos: um veículo a hidrogénio não só oferece zero emissões, como mantém uma ampla autonomia, recarrega em poucos minutos e apresenta um desempenho estável mesmo em longas sessões de condução real.
Um recorde que revela maturidade tecnológica
O All New Nexo, com o seu sistema de pilha de combustível de 150 kW e um binário de 35,7 kg·m, não depende de baterias pesadas nem de longos tempos de espera.
A versão comercial anuncia 720 km de autonomia, mas a experiência recente demonstrou que, em condições controladas e com técnicas de condução eficientes, é possível chegar ao dobro. Não é magia: é uma combinação de gestão térmica melhorada, otimização do fluxo de hidrogénio e um grupo motopropulsor que já deixou para trás os problemas típicos dos primeiros modelos deste tipo.
A marca, com um preço inicial de cerca de 76,43 milhões de won (aprox. 56.400 euros na conversão direta, procura consolidar-se num sector onde ainda existem dúvidas, mas também enormes oportunidades. Quer um SUV a hidrogénio que faça mais de 1.400 km? Aqui está. A autonomia já não é o problema.
Um teste colaborativo com impacto mediático
O teste realizou-se em meados de outubro na zona de Saemangeum, com partida na estação de recarregamento de Gunsan. Vários criadores de conteúdo ligados ao mundo automóvel participaram, revezando-se ao volante. Um dos veículos atingiu 1.400,9 km e o outro 1.360,7 km. Nenhum ficou abaixo do recorde anterior.
A chave esteve na condução precisa e em ajustes básicos, como a pressão dos pneus, que podem influenciar muito um sistema tão sensível como uma pilha de combustível. Para além do espetáculo, a presença de divulgadores com grandes comunidades ajudou a transmitir a mensagem ao público geral, que normalmente vê o hidrogénio como algo distante ou reservado ao transporte pesado.
Concorrência direta com o veículo elétrico de bateria
A comparação com os veículos elétricos de bateria surge naturalmente. Muitos utilizadores valorizam o silêncio e a poupança, mas hesitam devido à autonomia ou ao tempo de carregamento.
Aqui o Nexo mostra a sua principal vantagem: recarrega em tempos semelhantes aos de um abastecimento convencional e oferece uma autonomia pensada para longos trajetos sem necessidade de planear cada paragem.
Ainda assim, a infraestrutura continua a ser o grande obstáculo. Em países como a Coreia do Sul ou o Japão, o desenvolvimento avança com alguma rapidez, sustentado por políticas públicas que procuram posicioná-los como líderes em hidrogénio verde.
Na Europa, o crescimento é mais desigual. Alemanha e França impulsionam corredores estratégicos e estações para transporte pesado, e grande parte dessa infraestrutura pode beneficiar veículos como o Nexo.
O avanço não depende apenas das marcas. As recentes regulações da União Europeia, que procuram acelerar a adoção de combustíveis renováveis na mobilidade, abrem espaço para que tecnologias como a pilha de combustível reduzam emissões sem esperar que as baterias resolvam todos os seus desafios.
Um passo estratégico para a democratização do hidrogénio
A Hyundai fala em expandir a infraestrutura, melhorar a experiência do utilizador e levar a mobilidade a hidrogénio ao público em geral. Não é um discurso vazio.
A empresa participa em projetos de corredores de hidrogénio na Coreia do Sul e em iniciativas piloto que combinam eletrolisadores alimentados por fontes renováveis, transporte público a hidrogénio e redes regionais de recarregamento.
A decisão de comprar um Nexo, como confirmou um dos participantes do desafio, já não se prende apenas com o interesse por uma tecnologia diferente, mas com a perceção de um produto estável e funcional, capaz de competir com alternativas já consolidadas.























Por “conveniência” esqueceram de falar a velocidade. Uma pilha de combustível também dura menos que as baterias e custa uma peque fortuna. Ainda insistem nessa ideia. Prefixo um carro mais pesado, que dure mais e posso abastecer em casa.
Mais pesados são estes.
Muito bem, sim senhora, acredito mais neste tipo de combustível como um futuro do que o “puto” elétrico.
Um bocado sensionalista a notícia, mas pronto. Eu com o(s) depósito(s) chips do carro, também faço cerca de 1400km, com condução cuidada, e cerca de 1000 com condução normal (a roçar o desportivo).
Este também é eléctrico.
Visto por esse prisma tudo é Elektro pois tudo gira à volta da energia q faz mover as rodas.
Não é por acaso q a malta fã das marrecas abomina o H2.
Não, é eléctrico porque usa motores eléctricos, é assim que é classificado.
Não é por acaso que a malta fã das marrecas a combustão abomina os eléctricos.
Mas este também tem marreca, até mais pesada.
Abomine-se ou não o co2, aquilo é um processo de perdas. Devolve no electrolisador 70 % da energia gasta na produção, máximo. Se depois somares a congelação, a compressão e o transporte, porque aquilo não pode circular por tubagens como gás natural, fica em pouco mais de 30%. Bottom line: ninguém está disposto a pagar aquilo, não é viável.
H2
ghatgpt a escrever atigos para o pplware, agr sim!
Não dá pica, prefiro escrever eu, e depois perguntar à IA se em termos de gramática está OK. E ajuda. Assim como se usa o Google para pesquisar, estas ferramentas IA dão muito jeito.
Sugestão, usa também, vai-te ajudar a não dares erros 😉 que não consegues uma frase sem erros.
Subscrevo.
@Vítor M. faço o mesmo, cartas para o banco etc., escrevo-as eu e depois peço à IA para melhorar gramaticalmente. De tal forma ajudou-me que na última carta que escrevi as melhorias da IA foram mínimas.
Boa.
A não ser que algo mude muito, o hidrogénio será economicamente pouco competitivo nos veículos ligeiros.
“Hyundai demonstra a viabilidade do hidrogénio: o Nexo atinge 1.400,9 km em 36 horas de condução contínua”
O que tem que demonstrar a viabilidade do NEXO (um SUV FCEV) são as vendas, que foram: mil (2018), 4 mil (2019), 6 mil (2020), 8,5 mil (2021), 10 mil (2022), 5 mil (2023), 4 mil (2024). Quanto a modelos, foi lançado o 1º em 2018 e o 2º em 2025.
Em fabricantes, foram entrando e saindo, só ficaram dois: a Toyota com o Mirai e Hyundai com o Nexo.
Não vale a pena andar com coisas, os FCEV ligeiros de passageiros já ca andam há muitos anos – e não passam de um nicho, o contrário de demonstrar a viabilidade do hidrogénio.
E o pico de vendas já foi atingido há anos, portanto estão para acabar como os a combustão.
E quanto é que custa atestar este carro, no final das contas isso é que importa.
Tendo em conta que consumiu cerca de 6.8 kg de hidrogénio, dará cerca de 200 euros na Europa, 244 dólares nos EUA.
E as apostas no hidrogênio continuam.
Gosto muito desta marca de veículos. Quando possível uso sua condução semiautônoma na estrada.
Os elétricos foram uma moda de 15 anos.
O pessoal está a voltar para carros a sério: motor a combustão interna.
A realidade ri-se do teu comentário 😀
Mas este é eléctrico, também passou de moda ?
Em navios de grande tonelagem, camiões de longo curso, e outros veículos pesados deve ser possível, agora em automóveis não acredito. É mais uma possibilidade, feitas as contas, deixo-me ficar no veículo de combustão a gasolina.
Se não é possível em automóveis muito menos em veículos grandes.
Até baterem o record que foi feito com VW Passat, vai demorar
Qual foi o preço? Isto é, quanto é que custou para rodar estes 1400km?
Fica um bocado caro, mas isso não interessa, no hidrogénio vai acontecer algo que vai ser histórico, o preço vai baixar com a procura, portanto a electricidade vai aumentar desde que seja para eléctricos, mas vai diminuir desde que seja para produzir hidrogénio ou combustíveis sintéticos.
Vamos passar por tempos estranhos nos próximos anos. Looool