General Motors EV1: o pioneiro elétrico que foi silenciado há 25 anos
Foi o primeiro carro elétrico produzido em massa e uma aposta que a General Motors acabou por não levar por diante. Em 1999, há precisamente 25 anos, cessava o programa EV1. Mas a semente da eletrificação ficou semeada.
Carros elétricos: uma história feita de histórias
A década de 1990 marcou um ponto de viragem na indústria automóvel com o surgimento do General Motors EV1, o primeiro veículo elétrico moderno produzido em massa por um grande fabricante.
Este automóvel revolucionário prometia redefinir a mobilidade urbana, oferecendo uma alternativa sustentável aos veículos a combustão interna. No entanto, apesar do entusiasmo inicial e da satisfação dos utilizadores, a General Motors (GM) decidiu encerrar abruptamente o programa EV1, levantando inúmeras questões sobre as verdadeiras razões por detrás desta decisão.
O EV1 nasceu como resposta direta ao California Air Resources Board (CARB), que em 1990 estabeleceu regulamentos exigindo que os fabricantes de automóveis comercializassem veículos de emissão zero para reduzir a poluição atmosférica no estado da Califórnia.
A GM, buscando posicionar-se como líder em tecnologia inovadora, lançou o Impact, um protótipo de veículo elétrico apresentado no Salão Automóvel de Los Angeles em 1990.
O impacto positivo e o interesse gerado pelo protótipo levaram ao desenvolvimento do EV1.
Características Inovadora
Lançado em 1996, o EV1 era um coupé de dois lugares com design aerodinâmico e futurista. Algumas das suas características são muito do que hoje se faz neste domínio.
- Propulsão elétrica: Equipado com um motor elétrico de indução AC que produzia cerca de 137 cavalos de potência.
- Baterias: Inicialmente utilizava baterias de chumbo-ácido, posteriormente atualizadas para baterias de níquel-hidreto metálico, aumentando a autonomia.
- Autonomia: Com as baterias melhoradas, o EV1 podia percorrer entre 100 a 160 quilómetros com uma única carga, dependendo das condições de condução.
- Carregamento: O veículo podia ser carregado em estações especiais instaladas nas residências dos utilizadores ou em locais públicos.
A GM optou por não vender o EV1 diretamente ao público. Em vez disso, oferecia o veículo através de um programa de leasing em áreas selecionadas da Califórnia e do Arizona.
Esta abordagem permitia à GM manter o controlo sobre os veículos e recolher dados valiosos sobre o desempenho e a satisfação dos utilizadores.
Os condutores do EV1 expressaram altos níveis de satisfação, elogiando a condução silenciosa, a aceleração instantânea e a ausência de emissões poluentes. O veículo rapidamente ganhou um grupo dedicado de entusiastas que apreciavam não só a inovação tecnológica, mas também o potencial ambiental do automóvel.
Fim do programa
Apesar do sucesso entre os utilizadores, em 1999 a GM anunciou o fim do programa EV1. Todos os veículos foram recolhidos no final dos contratos de leasing e, em vez de serem vendidos ou continuarem em circulação, a maioria foi destruída ou enviada para museus com a condição de nunca mais serem conduzidos.
A decisão da GM gerou controvérsia e indignação entre os utilizadores do EV1 e defensores do meio ambiente. O documentário "Who Killed the Electric Car?" (2006) explorou em profundidade as circunstâncias que rodearam o fim do EV1, sugerindo que uma combinação de interesses corporativos e políticos contribuiu para o desaparecimento do veículo.
O legado do EV1 é complexo. Por um lado, representa um exemplo precoce do potencial dos veículos elétricos e inspirou futuras inovações no setor automóvel. Por outro, a sua retirada abrupta do mercado é vista como uma oportunidade perdida na transição para formas de transporte mais sustentáveis.
Depois são os europeus que andam com a mania de descarbonizar. LOOL
Há um documentário sobre esse carro com actores conhecidos que queriam comprar o carro no fim e não deixaram. Os carros foram todos para um descampado e acabaram na sucata.
O lobby das petrolíferas era e é incrivelmente grande. A diferença é que agora temos a alterações climáticas como, pano de fundo.
O lobby dos elétricos falhou. Adeus Greta e Guterres!
Que lobby é esse ?
+1
Lobby que continua a “carburar” ainda hoje levando muitos a ir na conversa.
Muitos deles vão aparecer nestes comentários não tarda nada.
Aconselho a ver este documentário feito em 1996 para perceberem o quanto o lobby do petróleo é forte e conseguiram acabar com o Tesla dos anos 90.
https://archive.org/details/vimeo-210171457
Vi esse documentário há uns anos. Muito bom e é esclarecedor de muita coisa.
Documentário brutal. Ainda mais brutal é a realidade dos lobbies. Não melhorámos muito, só que a indústria do petróleo passou os últimos 25 anos a consolidar posição no mercado de baterias e não só.
Lembro que não foi só o EV1. Haviam outros modelos nos USA como o Toyota RAV4, uma pickup Ford e outros que não me recordo agora.
Até a própria Motorola desenvolveu um carro elétrico.
Citroën AX Electric saiu em 1994 e houve produção em massa, mais critério sff
Deixo-te essa sugestão a ti, rigor a pesquisar sff. Mas eu ajudo.
O Citroën AX Electric foi um veículo elétrico experimental introduzido pela Citroën na década de 1990. Embora tenha sido produzido em série limitada, não atingiu uma escala de produção em massa comparável a carros convencionais ou mesmo a modelos elétricos modernos.
Detalhes:
-> Introdução e Propósito: Lançado em 1993, o AX Electric foi baseado no modelo Citroën AX convencional, equipado com baterias de níquel-cádmio (Ni-Cd) e motor elétrico. Foi uma tentativa da Citroën de explorar tecnologias elétricas em resposta a preocupações ambientais e regulamentações emergentes na Europa.
-> Produção e Distribuição: A produção foi limitada a algumas centenas de unidades, destinadas principalmente para testes em frotas corporativas e municipais, especialmente na França.
-> Autonomia e Desempenho: Tinha uma autonomia aproximada de 80 a 100 km, o que era suficiente para uso urbano, mas limitado para aplicações mais amplas.
-> Impacto e Legado: Apesar de não atingir grande popularidade, ajudou a Citroën a ganhar experiência no desenvolvimento de veículos elétricos, influenciando os esforços da empresa em modelos elétricos modernos.
A produção limitada reflete os desafios tecnológicos da época, como o custo elevado das baterias e a infraestrutura de carregamento inadequada. Hoje, modelos elétricos da Citroën, como o ë-C3, ë-C4 e o Ami, são sucessores indiretos dessa inovação pioneira.
Qualquer coisa… dispõe!
Nem mesmo os Peugeot 106, Partner (tenho 1 de cada ), citroen saxo e Berlingo , foram produzidos em série desde 1998 até 2002, eram apenas produzidos por encomenda.
O verdadeiro pioneiro elétrico é o brasileiro Gurgel Itaipu E150 que foi apresentado no Salão do Automóvel de 1974.
😀
Capitão aqui:
1º carro elétrico (com células galvânicas), na década de 1830, por Robert Anderson (escocês)…
…fui.
Parece-me que o Musk copiou esse modelo e lançou outros pela Tesla.
São muitos parecidos, ambos têm 4 rodas.
Apesar de achar que há um certo “fascínio” de alguns fãs dos carros Tesla, a verdade é que foi a primeira marca a conseguir ter um modelo a verdadeiramente competitivo, com produção e vendas em massa. Apesar de tudo, é um carro. Com bateria e motores. Não foi exatamente um reinventar a roda, mas alguma coisa de certo fizeram. Além disso, um carro elétrico dos dias de hoje não é a mesma coisa que um carro elétrico dos anos 90. Tal como um Clio de hoje não é a mesma coisa que o Clio de 1994 que tive, que nem ABS tinha.
Acredito que o Autopilot e a rede de Superchargers sejam os maiores destaques da Tesla.
Não tendo (ainda) carro elétrico, pessoalmente nenhuma dessas facetas são particularmente relevantes para mim. Mas isto sou eu que pouco ando nas AE e se tivesse carro elétrico os carregamentos seriam sempre em casa (exceto férias).
Apesar de achar que os carros Tesla têm um preço acima do mercado “médio” português, acho que para as características quem tem, o preço é bastante competitivo.
Segundo alguns iluminados a Tesla inventou o carro elétrico! XD
Tipo o secalharya ?
Vir para aqui com teorias da conspiração e críticas tipo “Who Killed the Electric Car?” para justificar a queda do EV1 é completamente descabido. Olhar para a queda do EV1, pelo contrário, devia ser motivo de reflexão e é o espelho do mercado dos elektros actuais. Os problemas que levaram à sua queda são os mesmos que vão levar à queda dos elektros actuais no curto prazo.
Antes como hoje, a procura pelos carros elektros é limitada e vai de mal a pior. Isto porque são opções muito limitativas que não se coadunam com as expectativas que procuramos num automóvel. Cada vez mais marcas argumentam que não há procura suficiente para justificar a produção continuada dos elektros . Claro que, antes como agora, havia os early adopters, cegos pelo entusiasmo, mas o custo elevado de produção e a autonomia limitada destes carros tornaram-nos pouco atrativos para a generalidade das pessoas.
Os elektros continuam caros de produzir e as marcas perdem milhões, por outro lado os Clientes elektros não conseguem rentabilizar economicamente a sua opçao a comparar com os carros a combustão de segmento semelhante. Apesar de todos os subsídios que cada vez mais tendem a acabar em cada vez mais países , um sintoma claro que grande parte já não acredita.
Os elektros foram desenvolvidos em resposta às exigências de veículos de emissões zero (ZEV) impostas pelos políticos insanos. Contudo, cada vez mais fabricantes de automóveis pressionam para que estas exigências estúpidas sejam aliviadas. Isso vai acontecer e está a acontecer e a necessidade de fabricar elektros será reduzida. Simultaneamente, um número crescente desses políticos pula a barricada e foge das responsabilidades e caos que criaram.
As infraestruturas de carregamento continuam insuficientes e nunca serão suficientes. A autonomia dos carros é muito limitada e a limitação tecnológica igualmente muito grande, com um alcance miserável comparado com um carro a combustão. Além do inconveniente de perdas tempo precioso sem sentido à espera que o elektro carregue para mais cento e picos kms, o que é ridículo.
O que estamos a assistir é à mudança de prioridades estratégicas por parte das marcas, inclusive a própria BYD China, que já está a focar-se nos híbridos, que todos acreditam ter mais potencial e serem imensamente mais convenientes do que os elektros .
Os custos de manutenção dos elektros são extremamente elevados ao contrário do que nos querem fazer crer.
Tudo isto ditou o fim do EV1, tudo isto ditará o fim da generalidade dos EVs actuais e de nova geração.
Então mostre lá quais foram as políticas que obrigaram a construir ve ?
Basta apenas uma.
Você está mesmo vendido aos lobbies, é que não consegue usar um argumento de peso.
Vc é monga ou faz-se?
Olhe para a mandato ZEV do UK, os políticos alucinados obrigam as marcas a venderem 22% de elektros. Fabricantes que não atingirem essas metas terão que pagar 15000£ por cada carro a combustão vendido acima desse patamar.
https://1drv.ms/i/s!AvwLJVpLF7bcrcJpx1YQV8cAOksAkg
Tal como a Ford com o EV1 com os reguladores alucinados da Califórnia nos anos 80, as marcas hoje enfrentam exactamente os mesmos problemas relacionados com a fraca procura e peças de reposição e reparação caríssimos, próprios de produtos de nicho. Só no UK as marcas já estão a perder bilhões ao fazerem descontos de 11000£ carro e mesmo assim comprar elas próprias os carros ninguém e ainda só chegaram a 18% e o fim do ano está ai à porta e ng está a aguentar até porque isto de comprar a si próprio não é sustentável pois para o ano vai ser pior e a exigência vai aumentando progressivamente até 80% em 2030 e 100% em 2035.
A. UE idealizou algo parecido mas com foco na média de emissões dos carros vendidos por cada marca.
Em ambos os casos as respectivas indústrias estão a ser consumidas ao sabor da agenda verde pateta.
Ainda mais pateta é as marcas poderem comprar créditos por autênticas fortunas à Tesla China e a outras marcas Chinas para não serem multados e o estado que somos todos nós ficam a xuxar no dedo. Quem ganha são os chinos e os níveis de emissões permanessem iguais.
Nunca vi tanta patetice junta. Mas é o que temos.
As marcas, tal como a Ford nos 80’s ganhou à Califórnia, vão ganhar este braço de ferro e os políticos alucinados vão pular a cerca e fugir deixando atrás de si um rasto de destruição que muito dificilmente será reparado
Eu é que sou monga e você é que usa banda desenhada ? Isso já é desespero.
Mas o uk é o mundo ?
Ah ok, obrigado por confirmar as mentiras que mete por aqui.
Agora já é idealizar, antes era uma certeza.
O ev1 não era da Ford.
Mesmo a fazerem descontos não conseguem vender os a combustão ? Sim, deve ser por isso que estão a cair ainda mais que os evs.
Sim, parece que anda por aí muita gente alucinada e pelo que você diz, até desesperada.