Estudo revela o lugar mais perigoso para se sentar num carro
Os acidentes de viação fazem todos os anos milhares de vítimas mortais nas estradas por este mundo fora. Chegamos ao ponto das entidades responsáveis equacionarem medidas mais duras de controlo, como, por exemplo, a inclusão de uma "caixa negra" no automóvel que já está prevista para 2022.
Os dados recolhidos, para além dos feridos e da perda de vidas, podem informar quais os lugares nas viaturas onde são mais frequentes os casos mortais. Há efetivamente lugares dentro dos carros mais perigosos que outros.
Só em Portugal, nos 3 primeiros meses do ano, foram registados 31 173 desastres. Desses acidentes resultaram 116 mortes a assinalar.
Andar de carro é perigoso. Os humanos não foram feitos para conduzir?
Uma das premissas por trás da evolução dos veículos para a condução autónoma refere que os humanos não foram talhados para conduzir. Isso está patente no número de acidentes que todos os dias vitimam milhares de pessoas nas estradas.
Os dados mostram que os carros são uma das maneiras mais arriscadas de viajar. Isto, claro, sem considerar que os valores dos acidentes de motociclos em determinados países são imensamente mortais. Viajar de carro é muito mais perigoso que viajar de avião ou até de comboio.
Vejamos alguns números: a taxa de morte das linhas aéreas comerciais é de 0,003 mortes por 100 milhões de passageiros/milha. Para os comboios essa taxa é de 0,06; para os autocarros é de 0,05; para os automóveis é de 0,61.
Vídeo mostra acidente mortal ocorrido na segunda-feira no túnel principal de Vallvidrera, Barcelona
Qual é o lugar no carro mais seguro?
Uma nova investigação, do Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), examinou a segurança dos passageiros do banco traseiro em acidentes de carro. Desta forma, as descobertas mostraram que os passageiros no banco de trás podem estar mais expostos a risco de lesão ou morte do que aqueles que estão na frente em certos cenários. Isso pode parecer surpreendente, mas há uma explicação interessante para isso.
O IIHC argumenta que os fabricantes de automóveis esforçaram-se bastante para melhorar a segurança dos passageiros e condutores do banco da frente, principalmente pela introdução da nova tecnologia de airbag. Enquanto isso, a segurança dos passageiros do banco de trás não gozou do mesmo nível de atenção.
Há um descuido da segurança nos bancos de trás?
O relatório indica que os cintos de segurança traseiros são consideravelmente menos eficientes. Estes são menos propensos a vir com “limitadores de força”, que ajudam a reduzir os danos causados pelos cintos de segurança.
O estudo investigou 117 acidentes automobilísticos onde os ocupantes dos bancos traseiros morreram ou ficaram gravemente feridos. Os dados foram recolhidos de registos da polícia, registos médicos, dados da investigação, fotos e relatórios das autópsias.
Em muitos casos, os passageiros do banco de trás ficaram feridos mais severamente do que os ocupantes do banco da frente. Assim, estes dados sugerem uma discrepância na segurança entre as filas dianteiras e traseiras. Além disso, também descobriram que o tipo mais comum de lesão sofrida nesses casos eram as lesões no peito, seguidas de perto pelos ferimentos na cabeça.
Haverá forma de regulamentar?
Portanto, os dados recolhidos permitiram concluir que tem de haver uma pressão maior sobre aos fabricantes de automóveis. Além disso, tem de haver da parte deles uma disponibilidade para resolver o problema dos passageiros do banco traseiro. Por exemplo, os limitadores de força podem ser facilmente instalados. Da mesma forma, alguns carros da Ford e da Mercedes-Benz têm cintos de segurança que são armados com um airbag insuflável projetado para distribuir a força através do tronco e do peito. No entanto, implementar muita desta tecnologia não seria tão fácil quanto parece.
Estamos confiantes que os fabricantes de veículos podem encontrar uma maneira de resolver este quebra-cabeça no banco de trás, assim como eles foram capazes de fazer na frente.
Concluiu Harkey.
Além de muitos estudos nesta matéria terem ajudado a colmatar problemas, ainda há o elemento humano. Os veículos já começam a ter uma ação preventiva e pro ativa na proteção dos passageiros num cenário de acidente. No entanto ainda não chega.
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Este artigo tem mais de um ano
Imagem: Wikipédia
Fonte: IIHS
Neste artigo: acidente viação, carro, habitáculo
Este tipo de vídeos não funcionam em dispositivos ios
Não tenho qualquer problema em ver este tipo de vídeos no iPad.
Ambos têm razão. Ainda não me debrucei sobre o problema mas no iPhone consigo ver o vídeo, no iPad não. Contudo, dois refresh e já deu.
Temos de arranjar uma solução.
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“Haverá forma de regulamentar?”
Como se os problemas do mundo fossem todos resolvidos com regulamentação… Que raio de mania de pensar logo em regulamentar… Por isso é que a Europa está como está.
A solução passa por informar os consumidores e os próprios fabricantes terem ratings ou submeter a avaliações externas. Regulamentar vai limitar e balizar sempre na forma como se desenvolve a segurança
Se regulamentas algo garanto-te que as marcas vão cumprir. Se não regulamentares, uns fazem, outros não. Sim, a segurança tem de ser regulamentada e fiscalizada.
Faz sentido. Os dos bancos da frente têm airbags, os de trás não.
Existem vários factores, nomeadamente:
– A alguns anos atrás o presidente da Mercedes disse-o numa entrevista, e disse bem, que os carros ficaram inteligentes, as pessoas não!
– Sempre ouvi dizer que o pior lugar no carro e onde sofrem mais acidentes é no lugar do pendura.
– Os bancos de trás nunca foram descorados das marcas, as pessoas é que realmente estão-se a marimbar para os cintos de segurança, pensando sempre que os bancos da frente é que têm que segurar com o impacto…errado! Quantos de nós já vimos acidentes em que as pessoas atrás são cuspidas por não terem o cinto de segurança? As marcas automóveis não têm culpa nisso…
Acho que devíamos reflectir um pouco sobre certos e determinados comportamentos e estudos que fazem sobre os acidentes rodoviários…
é normal que hajam mais acidentes de automóveis, são a esmagadora maioria dos veículos de transporte!
Nisso nunca se fala. Basta achar o valor entre o número de automóveis existentes versus número de passageiros e chegar-se-á a um número desproporcional comparativamente com os outros meios de transporte. No futuro a tendência será a de se tentar acabar com os meios de transporte individuais para que a manada seja mais facilmente controlada.
Bastava ter lido a notícia que percebia que a estatística demonstrada iguala todos os transportes. Não são números totais de acidentes. São números de mortes por 100Milhões de passageiros/milha, portanto sim, o carro é de longe o transporte mais mortal, independentemente do número de carros.
Entao nao faz sentido as crianças irem no banco de trás..
O problema nas estradas não é a segurança dos carros mas sim o álcool, a falta de uso de piscas e a ausência de respeito pelo outro.
Quando uma pessoa morre numa estrada é porque não respeita as velocidades recomendadas ou porque há veículos em marcha muito lenta, o que obriga a um grande investimento…
Concordo em parte, acrescentando o uso do telemóvel! Basta andar com alguma atenção e verificar a quantidade absurda de pessoas que cruzamos, que estão de cabeça baixa ao volante, com o telemóvel na mão ou encostado ao ouvido! Aliás, arrisco-me a afirmar que no vídeo mostrado acima, o condutor ia ao telemóvel… Basta observar a velocidade a que ia e a trajetória, primeiro desviou-se para a direita e de seguida desvia-se lentamente para a esquerda, provocando o acidente! Principal culpado atual dos acidentes dentro ou fora das cidades: TELEMÓVEL
Apenas uma opinião, estão sempre a comparar os números de acidentes entre carros e avião, que o avião é mais seguro que o carro, olhando só para os números é uma realidade, mas só se poderá comparar estes dois meios de transporte quando o nível de exigência for igual, para piloto e para carro, e não me refiro só à questão de conduzir a máquina, refiro-me à exigência de responsabilidade, quer antes quer depois de se tirar as respectivas licenças.
Se a exigência e as penalizações fossem idênticas quer na aviação quer na condução automóvel, com as respectivas diferença claro, penso que estaríamos muito melhor quanto aos acidentes.
Metade das pessoas que andam na estrada não deviam andar na mesma.Se a malha das cartas fosse mais apertada tudo iria melhor!