Corrida de carros autónomos? Já aconteceu e não correu tão bem como seria esperado
O interesse nos carros autónomos é cada vez maior, juntando a tecnologia atual com o que o software consegue criar. Claro que isso terá de ser passado para o desporto e para o dia a dia, em fases diferentes. A primeira corrida de carros autónomos já aconteceu e não correu tão bem como seria esperado.
O desporto automóvel é uma das áreas onde cada vez mais tecnologia é desenvolvida. Esta arena dá espaço para que muito do que chega ao mercado seja criado, permitindo que as marcas evoluam e melhorem todas as propostas.
Claro que há aqui espaço para serem testadas propostas como os carros autónomos, que estão a preparar-se para dominar o mercado. A intervenção humana será sempre uma vertente neste desporto, mas a curiosidade nesta área será uma presença. Assim, foi agora disputada a primeira corrida da Autonomous Racing League (A2RL), no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi.
Com muita da tecnologia já vista no dia a dia, esperava-se que esta fosse bem disputada e com muito interesse. A verdade é que esta demorou mais de uma hora a ser terminada e nem tudo foi como o esperado. Durante os contra-relógios de qualificação, os pilotos dos Dallara Super Formula, sem piloto, equipados com câmaras e software, pareciam lutar para completar uma volta completa.
Durante a corrida, o líder, Polimove, fez um peão na quarta das oito voltas. O segundo carro, Tum, passou com segurança, mas depois disso foi-lhe mostrada uma bandeira amarela. Com regras bem definidas, a IA obedece às regras e os dois carros atrás pararam, sem quererem ultrapassar o carro amarelo. Os pilotos não devem ultrapassar durante uma volta destas.
Claro que a corrida continuou e a IA continuo a dominar estes carros, mesmo com alguns comportamentos pouco esperados, de forma espontânea. Cerca de uma hora após o início da primeira volta da A2RL, os pilotos IA completaram a corrida de oito voltas. A Tum venceu esta primeira prova.
Estes são os primeiros dias das corridas de carros autónomo e certamente as prestações vão melhorar, eventualmente. Há ainda muita aprendizagem a ser feita, mas a IA irá colmatar todas as suas falhas e garantir corridas cada vez mais interessantes. Quem quiser ver a corrida na íntegra, pode assistir aqui.
E depois a multidão em delírio, vê o robot xyz, a subir para o primeiro lugar do pódio, o robot zxy no segundo lugar, e em terceiro o yzx. Obviamente em vez do festejo com champagne irá ser com latas de óleo. 🙂
Sim o pódio é o mais importante. Estas corridas é que desenvolvem a condução autonoma.
Sei perfeitamente que também utilizam as corridas para testes. Mencionei o pódio em tom de brincadeira. Pelo menos para mim, desportivamente estas corridas são zero. Haver simplesmente carros a correr sem condutor, tirar o fator humano não tem qualquer interesse. Prefiro ver uma corrida de carros telecomandados do género Nikko.
Ninguém tira o fator humano, ele está lá na mesma, o carro anda sozinho mas com devido a habilidade dos seus construtores e programadores, não deixa de ser interessante na mesma.
Não há dúvidas que há muito engenho por detrás desta tecnologia, ninguém tira isso. Mas faria uma analogia a um jogo de futebol ou outro desporto qualquer. Substituir os jogadores por robots… Será que na conferência de imprensa ele diria: a) que chutou com o pé que estava mais à mão, provavelmente não. Se calhar diria [fui ao chat gpt obter uma resposta] b) “Após uma análise cinemática da posição da bola em relação aos meus membros inferiores, considerei variáveis como a distância, o ângulo em relação à baliza e a biomecânica dos movimentos requeridos. Com base nesses dados, concluí que a escolha mais adequada para efetuar o chuto seria o uso do pé direito.” Pensando bem também seria engraçado ouvir isto 🙂 . O que quero dizer é que no desporto fica a faltar algo se não houver um intérprete humano. Mas, por outro lado, inteligência artificial ou roboticamente falando é algo muito interessante.
@Paulo Sérgio
Já há jogos de futebol com robots: Robocup
Aliás, as equipas portuguesas costumam ficar bem posicionadas.
“corridas cada vez mais interessantes” para quem? Casas de apostas?
+1
Mas desportivamente falando, qual o propósito?
Se a intenção é desenolver tecnologia, boa, caso contrario….
Isso mesmo, mas há pessoas que não chegam lá.
O que é que a Formula 1 tem de desportivo, motores, tecnologia, fumo
Exato, desporto tem pouco, já que ganha o que tiver mais dinheiro, em teoria, mas contribui para o desenvolvimento de motores e tecnologia.
Se a F1 já é uma seca quando só ganha uma equipa…
Estas corridas sem humanos são uma grande seca.
Para testar e desenvolver tecnologias é bom mas de interesse tem pouco, a não ser que na segurança de um piloto ou motociclista que não se aleija, o robot vai para a sucata….. desenvolver tecnologias top, desportivamente e interesse é zero….