Conhece as turbo rotundas? Califórnia vai adotar para que as pessoas as façam bem
Não é um conceito propriamente novo, mas poderá haver, por aí, quem nunca sequer pensou nas turbo rotundas. Agora, a Califórnia vai implementar esta estratégia, no sentido de reduzir os acidentes rodoviários.
As rotundas são um tema complexo. Indo mais longe, são mesmo o calcanhar de Aquiles de muitos condutores. Em Portugal, desde a mudança das regras, que, depois de terem estranhado, há pela estrada quem ainda não entranhou a forma certa de as fazer.
Agora, num projeto de 14,9 milhões de dólares, a Califórnia vai introduzir a segunda Turbo Roundabout dos Estados Unidos da América (EUA). A primeira está localizada em Jacksonville, na Flórida.
As autoridades estão confiantes de que este projeto inovador vai aumentar, substancialmente, a segurança no cruzamento das estradas 25 e 156 de San Benito.
Tubo: uma estratégia que facilita o contorno de rotundas
Esta estratégia foi adotada, pela primeira vez, nos Países Baixos, algures pela década de 1990. Ao contrário das rotundas com várias faixas tradicionais, as turbo têm separadores de faixa elevados que servem para impedir que os condutores mudem de faixa enquanto conduzem dentro da rotunda.
Para que o contorno da rotunda seja óbvio, a estrada que conduz até ela é concebida para separar os condutores nas faixas corretas antes mesmo de chegarem ao cruzamento. Uma vez lá, seguem pela faixa certa, contornando e saindo da rotunda sem erros e, principalmente, sem se colocarem em perigo.
Segundo informação do SF Gate, a construção da turbo rotunda da Califórnia começou no verão de 2022 e a terceira faixa foi aberta ao trânsito no mês passado. A expetativa é que a rotunda reduza os acidentes no cruzamento, que é particularmente problemático.
Conforme avançado pelo Department of Transportation dos EUA, as turbo rotundas reduzem o número de acidentes que causam ferimentos em 76%. Assim sendo, o órgão está a incentivar a adoção desta estratégia noutros estados.
Pode ser que, eventualmente, também chegue a Portugal. Afinal, conforme vimos aqui, além dos pioneiros europeus, países como a Polónia, Alemanha, Finlândia, Noruega e Eslovénia também já têm rotundas deste tipo.
Isso dá para as rotundas grandes – três vias de acesso à rotunda, duas para cada saída. Não dá para a generalidade das rotundas que por cá há.
Cá, lixaram tudo quando – para a saída em frente (segunda saída) em vez de, como se fazia antes, seguir pela via exterior, mais à direita (exceto se estiver “entupida”), tal como se faz na saída para a direita (primeira saída) – inventaram a dança: vai ao centro da rotunda, atravessando vias e depois atravessa as vias para sair. Uns fazem isso, vão ao centro da rotunda, outros circulam pela via exterior – uma ca-ga-da. E é assim há 9 anos.
…10 anos, mudaram a regra de trânsito da saída em frente (segunda saída) em janeiro de 2014. França manteve, como faz sentido.
Sempre foi assim, nunca mudou nada, apenas tornaram isso uma regra do código da estrada quando antes era ambíguo. Antigamente quando existiam acidentes derivados da mudança de faixa ou era penalizado quem sabia fazer as rotundas e beneficiado quem as fazia por fora por não saber conduzir ou em alguns casos dava culpa dividida, felizmente isso acabou e agora posso lixar-me para quem faz rotundas por fora
Não mudou nada, uma porr*. Com a alteração ao Código da Estada de 2014, passou a ser proibido circular na via mais à direita na rotunda, exceto para quem vá sair na próxima saída. Ou seja, para quem está a entrar na rotunda, só pode seguir na via mais à direita se for sair logo a seguir (saída 1).
Isto mudou tudo para quem quer sair em frente (saída 2) – tem que mudar para uma via à esquerda e depois voltar para a da direita.
Bater nas rotundas nesta “dança” costuma dar 50%-50%. Mesmo com seguro a cobrir danos próprios, és capaz de já ter suportado umas franquias.
Sempre foi assim, apenas não estava consagrado no código da estrada.
Chamava-se saber conduzir, agora todos são obrigados a aprender a fazer rotundas.
Aprendi assim em 2002!!
Estás errado, a lei mudou sim. Antes a lei dizia que o transito nas rotundas com duas ou mais vias considerava-se como sendo dentro das localidades, cada um escolhia a via que lhe dava mais jeito e tinha de fazer cuidado ao mudar de via.Era uma regra simples que, se fosse cumprida, nunca havia acidentes. Agora alteraram a lei e , praticamente todos os casos em que nenhum se dê como culpado, acaba sempre 50/50, um mimo para as seguradoras!!!
Posso estar errado, e pelo que dizes aparentemente estou, mas eu já tirei a carta a mais de 10 anos, e o que aprendi e o que faço é o seguinte:
Primeira e segunda saída sempre pela via mais a direita (por fora), a exceção se a segunda saída for ‘para trás’ isto é, não for em frente.
Tudo o resto por dentro.
A alteração foi há 10 anos (2014). Durante muito tempo ninguém percebeu que a regra para a saída em frente tinha mudado. Depois a polícia começou a fazer operações nas rotundas para obrigar a cumprir. E as escolas de condução começaram a ensinar a nova regra – só se pode ir na via da direita se se for sair na saída seguinte.
Continua a haver quem não saiba e a haver quem saiba mas continua a circular por fora. Na saída em frente (saída 2) uns vão por fora e outros por dentro da rotunda – e a trapalhada dura há 10 anos
Bem verdade, como condutor essa teoria perdão, regra, veio complicar ainda mais os excelentes condutores (not) que existem nas nossas estradas…
Deve ser por essa regra ser tão boa que poucos países da Europa a têm, e dos nossos vizinhos Espanha, França e Alemanha são todos mais atrasados que nós!
Nestas aqui é preciso saber a saída, não há cá dar voltas á rotunda pa ver onde sair xd
Tens placas indicativas, e em caso de engano as inversões de marcha são permitidas até em cruzamentos com semáforos porque os semáforos estão do outro lado do cruzamento
Podes ter, mas não em Portugal, pelo menos na maioria. É uma confusão de placas, se as houver, e quando as há, parte das vezes estão posicionadas de forma errada.
Em Portugal quando há cerca de 3/4 anos a policia veio relembrar (porque as regras não mudaram) de como se devia conduzir numa rotunda e ao mesmo tempo ameaçar os condutores com coimas, o trânsito nas rotundas ficou muito mais demorado, com filas enormes! Antes desta ação por parte da policia, o trânsito nas rotundas, bem ou mal, era muito mais rápido!
A regra da saída em frente (saída 2) mudou, em janeiro de 2014. Foi a que criou a maior trapalhada.
Trapalhada para quem não sabe conduzir
O Aves tem razão, mas rotundas grandes consegues aplicar bem a regra. Nas pequenas esquece, porque já tens de estar fora antes da saída que pretendes. Ora isso nas rotundas pequenas implica fazeres cortes na rotunda, ou seja, no momento em que entras no interior da rotunda, já devias estar na faixa de fora. Atenção, isto nas rotundas pequenas… mas grandes tens tempo de fazer corretamente…
Isso até é verdade mas é fácil de gerir.
Não há duas rotundas iguais.
– No tamanho há grandes, pequena e minúsculas.
– Por causa da necessidade de escoar a água, sobretudo nas grandes, a inclinação (relevé) pode variar num curto espaço – sem inclinação, com inclinação para dentro e com relevé ao contrário (inclinação para fora). Percebe-se a necessidade, para evitar alagar (nem sempre), mas dificulta a condução.
– A primeira regra da condução é ver e ser visto. Pois não senhor, resolveram fazer rotundas minúsculas sobreelevadas, com árvores e jardim ao meio – entra-se na rotunda sem ver quem lá está a circular e em que vias.
– As placas com as direções (pé-aviso gráfico) à chegada a muitas rotundas têm informação insuficiente, só dentro da rotunda é que há uma plaquita a indicar a direção que se pretende.
– Se eu entrar na rotunda para sair em frente (saída 2), entre, para mim, a saída 1 e a saída 2, há uma entrada, e há carros que vão sair na mesma saída que eu e vão na via da direita. Chegam à mesma saída os que vão pela via da direita e o “Zé” em alta velocidade a vir da esquerda para a direita.
– E por fim, há as rotundas que se conhece (sabe-se se se pode fazer a dança “vai para ao centro e vai para fora”) e há aquelas em que não se conhece. Os que não conhecem tendem a ir por fora e cruzam-se com o “Zé” em alta velocidade a vir da esquerda para a direita, porque está no seu direito segundo a regra de 2014.
Tudo visto e por junto, a alteração de 2014 é uma ca-ga-da, por considerar que todas as rotundas são iguais e que os “Zés” não seguem a regra da prudência – é entrar na rotunda e seguir em frente em alta velocidade porque pensam que passaram a ter prioridade. Têm prioridade até bater e lixar os outros.
E nas médias ou pequenas, com 2 faixas, quando entra na rotunda um semi-reboque ou pesado de passageiros, esquece. A regra vai para o caixote do lixo. O veículo ocupa 50% da área da rotunda.
Mais rápido e com mais acidentes
Tirei a carta nos anos 90 e ainda continuo a circular nas rotundas da maneira que aprendi.
A mudança da regra não me parece lógico.
Se eu vou em frente não faz sentido entrar pela via da esquerda a fazer sinal à esquerda e depois fazer sinal à direita para sair.
Faz isso, quando bateres és culpado
Graças a mim e/ou a Deus (como se costuma dizer na gíria) nunca tive problemas.
É mais provável que batam nele vindos do lado de dentro da rotunda, e quem bate é culpado.
É claro que é lógico, quem sai na primeira saída não atrapalha os que saem na segunda, as rotundas tornam se mais fluidas.
Nunca é tarde para aprender….. e é uma regra, não uma lógica….
Se todos cumprirem vai ver que é fácil e sem problema.
O problema é quando cada um quer fazer a sua própria regra.
A regra que existia funcionava bem. NA rotunda, quem saísse na 1ª saída, ou seguisse em frente, fazia a rotunda por fora. Quem estivesse para entrar na 1ªsaída, aguardava, pois quem circula na rotunda tem, ou pelo menos tinha, prioridade. Quem fosse virar à esquerda / sair na 3ªsaída , ou inverter a marcha, circulava na faixa da esquerda, junto ao centro da rotunda. Tão simples quanto isto, sem problemas.
Também acho o mesmo.
O problema poderá vir de como as rotundas são “encaixadas” em estradas já feitas, com faixas iguais ou diferentes pois conheço zonas em que meteram rotundas minúsculas em zonas onde chegam 2 faixas de rodagem em cada lado e a rotunda sem espaço para tantas onde nem camiões conseguem ou têm problemas para contornar.
ISto não é só haver regras de circulação nas rotundas, mas nas vias de acesso a essas mesmas rotundas
O problema reside na relação de escala entre os veículos e a rotunda que nela circulam. Com as regras antigas (tirei a carta em 1990), estava assumido para as diversas situações, ainda que possivelmente de forma inconsciente. Estas novas regras, esquece. Para uma rotunda como, por exemplo, o antigo Marquês de Pombal, tudo muito certo. Agora, nesta que dei abaixo como exemplo: https://www.google.pt/maps/@39.7408064,-8.9345123,95m/data=!3m1!1e3?entry=ttu, é de morte, sobretudo com muito trânsito. E passo, ou passava, aí, poucas vezes.
Continuo a fazer isto, nunca tive problemas. Alias tenho a carta a mais de 10 anos e descobri hoje essa nova regra de ter que entrar na rotunda para sair em frente
De resto, aquelas “turbo-rotundas”, com separadores físicos das faixas, são um cancro. Só pela análise do “boneco”, nunca as vi e muito menos circulei numa.
Quem quer ver rotundas de todas as maneiras e feitios vai a Viseu.
E a cidade onde vivo também aderiu a elas mas não tem infraestruturas para tal e mete rotundas em zonas onde um camião um pouco maior ou um autocarro não passam ou a passar demoram um bocado a fazer manobras e até passam por cima delas
Faz sentido sim quando pensas em todos os condutores e no trânsito e não en ti própria.
A lógica da rotunda é circular em espiral, mas como o tuga é muito fraco em matemática e muito menos em geometria, complica o que é fácil. Conclusão e como digo sempre, o mal da condução em Portugal é a falta de educação dos condutores.
Boa, espero que Portugal também adote esta ideia e implementem na rotunda do relógio em Lisboa, onde a malta se mete toda na faixa da esquerda para sair na 1a saida para apanhar a 2a circular, e vamos embora varrer as faixas da direita e quem lá vem ou trava ou bate!
A Praça do Aeroporto, também chamada Rotunda do Relógio, não é uma rotunda, é uma placa giratória central – porque tem o trânsito regulado por sinais luminosos. As rotundas, propriamente ditas, não têm.
Também é preciso saber escolher as vias em função da saída. Mas os sinais luminosos estão lá, regulam o trânsito (exceto quando fica entupido).
Adoro a malta que chama via de faixa
Se todos fossem fazer o exame de código agora tudo chumbado
E o que mais engraçado é o waze que têm cada erro
Gosto do conceito, fácil de fazer inversão de marcha.
https://postimg.cc/BjbX9tFZ
Na Eslovénia são assim. Resulta
Gosto do conceito, fácil de fazer “inversão de marcha”.
https://postimg.cc/bDmX10y1
https://postimg.cc/BjbX9tFZ
Reduz o diâmetro da rotunda, mantendo o úmero de faixas, e depois analisa de novo. Um exemplo: https://www.google.pt/maps/@39.7408064,-8.9345123,95m/data=!3m1!1e3?entry=ttu
Há anos, em Oeiras, a então chamada rotunda do marquês tinha marcas rodoviárias centrípetas, “obrigando” os condutores a circular na rotunda de acordo com o código da estrada. Era a única rotunda, que tinha 3 faixas, que tinha as vias desta forma. Ainda acho que era boa ideia, mas provavelmente quase ninguém sabia andar sem fazer asneira, daí não ter tido sucesso.
Este tipo de rotunda só serve para criar acidentes. Felizmente para as seguradoras são pessoas tão inteligentes como uma alforreca a ter estas ideias “geniais”.
ajudava imenso quem circula e quem quer entrar se todos fizéssemos o que manda o código da estrada ou seja sinalizar a entrada na rotunda, sinalizar a circulação na mesma, e aquando da saida idem, assim a coisa resultava, mas enquanto considerarmos que os piscas sao para colocar na arvore de natal, esta tudo explicado. sejam as rotundas turbo turbinadas ou clássicas, civismo e executar o código é o que faz falta o resto palavras ao vento.
Nas rotundas minúsculas que temos neste país isso nunca funcionaria.
As turbo rotundas não são solução, só quem conheça o percurso vai saber utilizá-la.
As nossas regras contidas no artigo 14-A do CE são excelentes, só é necessário saber entendê-las.
No entanto, as nossas rotundas carecem de sinalética horizontal e vertical e não se entende como a ASR não a implementa.
Eu diria que 99% das colisões em rotundas só têm um culpado, mas como ninguém ou muito poucos condutores conhecem as regras e os seus direitos, o normal é aceitarem metade da culpa.
Nenhuma regra impede um condutor de entrar para as vias 2, 3 ou superior a partir da via 1 de entrada mas tem sempre de respeitar a prioridade dos condutores que circulam nas vias para onde pretende mudar.
Na via 1 do interior das rotundas só podem circular os condutores de viaturas que vão sair na próxima saída.
Podem também circular na via 1, os condutores de viaturas pesadas, de animais, de tracção animal e velocípedes, mas têm de respeitar a prioridade dos condutores de viaturas que tenham que mudar para a via 1 para sair na próxima saída.
Todos os condutores que vão sair numa qualquer saída já têm que se encontrar a circular na via 1 no interior da rotunda de modo a poder utilizar a via da saída da rotunda mais apropriada ao seu destino e não necessita fazer “pisca” para a direita porque já é implícito que se já está a circular na via 1 é porque vai sair, excepto os condutores a circular na via 1 que legalmente não sejam obrigados a sair na próxima saída, que devem sinalizar para a esquerda indicando que vão continuar na via 1.
Os condutores de viaturas que, de acordo com as regras, sejam obrigados a circular nas vias 2, 3 ou superior têm de mudar de via para a via 1 imediatamente após a saída anterior aquela que pretende sair depois de tomar as necessárias precauções.
(neste caso convém relembrar que pode haver condutores de viaturas legalmente a conduzir nessa via que devem ceder a prioridade aos condutores que legalmente pretendam mudar para essa via.
É minha convicção de que, em caso de colisão, a culpa será de quem bate em quem.
(a sinalética horizontal e vertical faria todo o sentido existir aí).
Este princípio aplica-se a todos os tamanhos de rotunda, sejam XXS ou XXL.
Pelo teu comentário vê-se que ainda não estiveste envolvido em acidente numa rotunda. Eu já e, ao contrário do que dizes, fui obrigado a aceitar 50/50 de culpa pois o outro deveria ter saído e eu não podia mudar de via sem ter a certeza que ele saiu. E mesmo tratando-se de uma rotunda pequena, em que se eu não tivesse saído naquele ponto , iria sair direto da via da esquerda para fora da rotunda, o que não é a forma que o código da estrada manda fazer.
Está nova lei é boa para as seguradoras, na lei antiga sabia-se de que era a culpa, actualmente é quase sempre 50/50 em acidentes de circulação dentro das rotundas. Se a lei antiga fosse cumprida, também não havia acidentes, e é a mesma lei que vigora em Espanha e na maioria dos países da Europa, Portugal é que tem que ser diferente!
AdN
Não sei as exactas circunstâncias do teu acidente em rotunda portanto não comento.
E sim, já tive sofri uma colisão à saída duma rotunda.
Tal como eu disse e sem me referir ao teu caso em específico, há muito condutor que não conhece as regras, embora pense que sabe, e depois aceita responsabilidades alheias, porque a lei é geral e abstrata e requer interpretação dos pormenores que a maioria dos condutores não sabe interpretar.
Não temos mesmo espaço e dinheiro, por esse motivo , não vai ser fácil fazer em todas as retundas existentes… mas seria uma boa solução para acabar com os acidentes e discussões, que persistem ao longo dos anos.!