Quantos Gs são demasiados? 5 mitos sobre a tecnologia 5G
A chegada da tecnologia 5G deu origem a uma onda de mitos que ainda não desapareceram totalmente. Desde fazer mal à saúde, a substituir o Wi-Fi, trazemos 5 deles.
1. 5G é apenas sobre velocidades de Internet mais rápidas
Embora o 5G prometa velocidades de download e upload mais rápidas, não se trata apenas disso. Rotular o 5G como simplesmente "internet mais rápida" simplifica demais seu profundo impacto em muitos aspetos da comunicação digital.
O 5G também oferece menor latência, o que significa um menor atraso entre o envio de dados de um dispositivo e a sua receção. Isto poderá revolucionar setores como o dos jogos, em que os milissegundos contam, e apoiar aplicações em tempo real, como as cirurgias à distância.
Por isso, embora a implantação do 5G seja ótima para as pessoas que apenas querem ligações mais rápidas para ver streaming de vídeo ou mesmo utilizar a Internet doméstica baseada no 5G, é mais do que apenas velocidade: é um avanço significativo na tecnologia wireless.
2. A tecnologia 5G causa problemas de saúde
Entre os mitos em torno do 5G está o medo de que ele represente um sério risco à saúde dos seres humanos. Esta crença deriva do facto de o 5G operar num espetro de frequência mais elevado do que os seus antecessores, levando a preocupações sobre potenciais problemas relacionados com a radiação.
Na realidade, o 5G emite radiação não ionizante. Este tipo de radiação não tem energia para danificar diretamente o nosso ADN, ao contrário da radiação ionizante encontrada nos raios X ou no material nuclear. Várias organizações científicas e de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Comissão Internacional para a Proteção contra a Radiação Não Ionizante (ICNIRP), asseguraram ao público que o 5G funciona dentro de limites de frequência seguros.
Se quiser garantias sólidas, um estudo publicado na Nature analisou mais de 100 artigos que testavam os efeitos negativos do 5G na saúde e não encontrou provas científicas de danos para os seres humanos.
3. Não se pode usar 5G no aeroporto
Este equívoco surgiu de preocupações sobre a interferência do 5G com altímetros de rádio em aeronaves, instrumentos que medem a altura da aeronave acima do nível do solo durante a aterragem. Alguns acreditam que as frequências usadas pelo 5G podem interferir com esses altímetros.
Embora seja verdade que tenha havido preocupações, órgãos reguladores como a FCC e a FAA, nos EUA, bem como a indústria de aviação e wireless, estão a trabalhar juntos para garantir a coexistência segura de redes 5G e serviços de aviação. Na Europa, uma gestão cuidadosa permitiu que o 5G fosse implementado sem afetar a segurança da aviação.
4. A tecnologia 5G vai substituir o Wi-Fi
A principal razão é o custo. Embora os planos de dados 5G estejam a tornar-se mais acessíveis, ainda não podem competir com a utilização de dados essencialmente gratuita do Wi-Fi. Ainda faltam muitos anos para que as pessoas tenham planos de telemóvel tão bons que não precisem de gerir o uso de dados.
Além disso, a tecnologia Wi-Fi não está parada. O Wi-Fi 6 e 6E oferecem velocidades comparáveis às do 5G em áreas pequenas e densas. O Wi-Fi 7 promete um desempenho próximo do que as redes com fios oferecem atualmente, pelo que há muita concorrência por parte da tecnologia Wi-Fi para manter a tecnologia 5G no seu caminho.
5. Precisa de obter um telemóvel 5G agora mesmo
Claro, se estiver numa cidade com forte cobertura 5G e puder pagar um novo smartphone 5G, pode ser uma boa ideia. No entanto, pense nas aplicações que utiliza (ou gostaria de utilizar) no seu smartphone que beneficiariam efetivamente das vantagens da velocidade e latência que o 5G proporciona.
Para a maioria das pessoas, o 4G ainda satisfaz e excede as necessidades.
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Então e o mito de que o 5G é 5G, quando é 4G melhorado, nem uma palavra?
O argumento das menor de que o 5G é uma revolução não cirurgias à distância, parece-se falso, porque nessas cirurgias é obrigatório ligação por cabo, isto é, RJ45, apesar que já se utiliza a porta USB-C e a porta HDMI…
Eu tenho 5G, e para o cidadão comum, para já é uma parvoíce.
“Na realidade, o 5G emite radiação não ionizante. Este tipo de radiação não tem energia para danificar diretamente o nosso ADN, ao contrário da radiação ionizante encontrada nos raios X ou no material nuclear. Várias organizações científicas e de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Comissão Internacional para a Proteção contra a Radiação Não Ionizante (ICNIRP), asseguraram ao público que o 5G funciona dentro de limites de frequência seguros.”
Isto é só uma parte do problema. Há regras para se estar à distância de um radar, de antenas comunicação potentes, antenas para para telemóvel. Em muito disto é como os venenos: a dose/potência conta.
Sim, é um facto. É bom ser não ionizante, contudo a radiação de um micro-ondas tb não é ionizante e não quer dizer que queime ou não faça mal. Quem se meteria dentro de um caso fosse possíve?
Exatamente, por haverem essas regras, pode-se deduzir que as coisas não são cor-de-rosa como esse pseudo estudo quis demonstrar. É como ter uma casa ao lado de antenas, postes de alta tensão etc.
Uma coisa é certa, as radiações libertadas por qualquer dipositivo ou meio, muito dificilmente irão ser consideradas maléficas para a saúde. Já imaginaram no impacto que isso teria no Mundo? Quantos milhões de dispositivos e meios não libertam radiação? Já imagino as indemnizações a sair… A evolução nem sempre é para melhor…
E quanto ao impacto nas aves e insetos?