Perplexity copia Google e quer dados dos utilizadores para anúncios personalizados
O CEO da Perplexity, Aravind Srinivas, falou sobre a estratégia da empresa, incluindo o próximo browser Comet. Revelou que um dos motivos pelos quais a Perplexity prepara esta proposta é para recolher dados sobre tudo o que os utilizadores fazem online. Isso levará depois a compreendê-los melhor e veicular anúncios personalizados.
Perplexity copia Google e quer dados de utilizadores
O Perplexidade faz parte de uma nova linha de serviços que está a tomar a Internet de assalto. É um motor de resposta com tecnologia de IA que sintetiza informação da web e fornece resumos citados, com o objetivo de dar aos utilizadores respostas diretas em vez de apenas uma lista de links.
Aravind Srinivas explicou que as informações recolhidas nas pesquisas na aplicação Perplexity estão aquém do esperado. São geralmente relacionadas com o trabalho ou não têm a profundidade necessária para criar um perfil de utilizador abrangente.
Este é um dos outros motivos pelos quais quisemos criar um browser. Queremos obter dados mesmo fora da aplicação para o compreender melhor. Porque algumas das ações que as pessoas realizam nestas IA são puramente relacionadas com o trabalho. Não é algo pessoal.
Informação servirá para anúncios personalizados
Recolher dados sobre hábitos de navegação, histórico de compras, planos de viagem e preferências gastronómicas, segundo Srinivas, "diz-nos muito mais sobre si". Acredita que este contexto adicional, recolhido fora da aplicação através do browser Comet, é essencial para criar anúncios altamente relevantes.
Planeamos utilizar todo o contexto para criar um perfil de utilizador melhor e, talvez saiba, através do nosso feed de descobertas, poderíamos mostrar alguns anúncios lá.
A decisão da Perplexity de desenvolver o seu próprio browser e aumentar a recolha de dados em grande escala coloca-a em competição direta com o principal negócio de publicidade da Google. Esta abordagem é especialmente notável à luz do julgamento anticoncnorrência da Google, onde o DoJ propôs que a Google fosse obrigada a vender o Chrome, o seu principal browser.
Tanto a Perplexity como a OpenAI e o Yahoo declararam abertamente que estariam interessadas em comprar o Chrome caso este fosse colocado à venda. O browser Comet terá enfrentado atrasos, mas agora está previsto ser lançado em meados de maio. Aravind Srinivas vê-o como o "verdadeiro segundo produto" do Perplexity, para além do motor de resposta principal e das experiências da aplicação móvel.
A MEO está a oferecer a assinatura do Perplexity Pro durante um ano. Teve uma atualização e agora os modelos que se pode escolher são: Melhor (escolhe automaticamente o modelo conforme a tarefa), Sonar (da Perplexity), Claude 3.7 Sonnet, GPT-4.1, Gemini 2.5 Pro, Grok 3 Beta, e anda os modelos de raciocínio R1 1778 (da Perplexity), 04-mini e Claude 3.7 Sonnet Thinking.
Perguntei-lhe se: “As respostas do Perplexity são diferentes quando se muda o modelo, por exemplo Melhor, ?” Respondeu que: “Sim, as respostas do Perplexity mudam conforme o modelo escolhido” e indicou as principais caraterísticas que distinguem os modelos.
Mas andava-me a intrigar o que era isso da mudança entre modelos de terceiros. Já tinha percebido que a app Claude (que usa o modelo Claude 3.7 Sonnet), não dava informação atualizada – porque tem data de corte de outubro de 2024 e não vai buscar informação atualizada à Web, enquanto o Perplexity, escolhendo o mesmo modelo, dava informação atualizada recolhida da web. Perguntei e o Perplexity confirmou e explicou por que é que a sua resposta pode ser diferente da que dá a aplicação de terceiros com o mesmo modelo. Interpretando o que disse o Perplexity o que concluo não é que junte a informação do seu próprio modelo ao modelo de terceiros que se selecionar – usa é funcionalidades que ele tem e os outros não têm (como a pesquisa na web do Claude 3,7) ou a apresentação dos resultados em tabelas.
Do Perplexity, simples, não sei, mas quem poder aproveitar a oferta da MEO da versão Pro faz bem.
Do Perplexity, simples, não sei, mas quem pUder aproveitar a oferta da MEO da versão Pro faz bem.
Apoiado! Faz muitíssimo bem porque prescinde do seu direito à privacidade…
Pfff… Privacidade, mas quem é que quer essa porcaria??
“E o burro sou eu?” – Luiz Filipe Scolari
Se não quiseres usar a oferta da MEO podes subscrever a versão Pro (22€/mês) criando uma conta com um qualquer e-mail válido.
Quem faz a assinatura pela MEO entra na sua conta na MEO (e-mail e password), valida a subscrição da versão Pro da MEO, instala a app Perplexity e entra com esse e-mail). O registo com um e-mail é habitual para qualquer serviço.
Quem com isso achar que o seu direito à privacidade fica ameaçado, tem uma solução. não subscrever qualquer serviço.
Daqui a um ano, gostava de saber quantos, com débito directo, vão reparar no valor extra que foi debitado por se esquecerem de cancelar a subscrição.
MEO, FAQ sobre a assinatura grátis:
“O que acontece após o período de 1 ano grátis? Posso manter o serviço ativo?
Quando terminar a oferta, serás questionado se pretendes manter a tua conta Pro ativa e terás que fornecer um meio de pagamento para o efeito. Caso não pretendas continuar com a tua conta Pro, a tua conta Perplexity manter-se-á ativa mas na sua versão base gratuita.”
Quem gosta de experimentar chatbots o que pode acontecer é experimentar, gostar – e, passado um ano, subscrever e começar a pagar a versão Pro.
De graça, só se incluírem publicidade – é aqui que se fala da privacidade no seguimento da navegação na web, para apresentação de publicidade dirigida, como é o caso do Chrome, ou do futuro browser da Perplexity falado no post. A IA da Perplexity, pelo menos na versão Pro, não tem publicidade.
https://www.meo.pt/perplexity