Falha da Starlink deixa milhares de utilizadores offline, incluindo as forças militares da Ucrânia
A Starlink sofreu uma falha, no final do dia de ontem, deixando milhares de utilizadores offline. A interrupção afetou as comunicações das forças militares da Ucrânia e abriu o debate sobre o risco de depender de um único sistema.
Com mais de seis milhões de utilizadores em cerca de 140 países e territórios, a Sartlink falhou, no final da tarde de ontem.
Segundo o Downdetector, cerca de 60 mil utilizadores dos Estados Unidos e da Europa testemunharam a interrupção, conforme foram reportando através do website.
Depois de reconhecido pela própria empresa, por via do X, a maior parte do serviço foi retomado cerca de duas horas e meia depois, segundo Michael Nicolls, vice-presidente de engenharia da Starlink, através da mesma rede social.
The network issue has been resolved, and Starlink service has been restored. We understand how important connectivity is and apologize for the disruption.
— Starlink (@Starlink) July 25, 2025
Segundo o executivo, "a interrupção foi causada por uma falha nos principais serviços de software internos que operam a rede central".
Atualização de software malsucedida, falha ou ataque cibernético?
Por se tratar de um evento raro, especialistas especularam se o serviço havia sido afetado por uma falha, uma atualização de software malsucedida, ou até mesmo um ataque cibernético.
Segundo Doug Madory, especialista da empresa de análise da Internet Kentik, citado pelo The Guardian, uma interrupção tão abrangente é incomum.
Esta é provavelmente a falha mais longa de sempre para a Starlink, pelo menos desde que se tornou um grande fornecedor de serviços.
Por sua vez, na perspetiva de Gregory Falco, diretor de um laboratório espacial e de segurança cibernética da Universidade Cornell, a falha resultou "de uma atualização de software defeituosa, não muito diferente da confusão da CrowdStrike com o Windows no ano passado, ou de um ataque cibernético".
Entretanto, não ficou claro se a falha de ontem afetou outros serviços que, por estarem baseados na rede de satélites da SpaceX, dependem da rede Starlink.
A Starshield, por exemplo, a unidade de negócios de satélites militares da empresa, tem contratos no valor de milhares de milhões de dólares com o Pentágono e agências de inteligência dos Estados Unidos, conforme recordado pelo órgão de comunicação britânico.
Falha da Starlink afetou as comunicações militares da Ucrânia
As forças armadas ucranianas dependem fortemente de milhares de terminais Starlink da SpaceX para comunicações no campo de batalha e para algumas operações com drones.
O serviço da Starlink tem sido importante, ao longo dos três anos e meio de luta contra a invasão russa, pois tem mostrado ser resistente à espionagem e ao bloqueio de sinais.
Com a falha de ontem, os sistemas da Starlink utilizados pelas unidades militares da Ucrânia ficaram fora de serviço durante duas horas e meia, conforme partilhado por um comandante sénior do país.
Depois de informar que o problema havia sido resolvido, já na madrugada desta sexta-feira, o comandante disse que o incidente destacou o risco de depender do sistema e apelou para que os métodos de comunicação e conectividade fossem diversificados.
À Reuters, Oleksandr Dmitriev, fundador da OCHI, um sistema ucraniano que centraliza as transmissões de milhares de tripulações de drones em toda a linha de frente, disse que a falha da Starlink mostrou que confiar em serviços baseados na nuvem para comandar unidades e retransmitir o reconhecimento de drones no campo de batalha representa "um risco enorme".
Conforme alertou, "se a ligação à Internet for perdida, a capacidade de conduzir operações de combate praticamente desaparece".
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Musk, volta, estás perdoado.
Mas o Musk prometeu que era infalível! XD
Meu Deus, tanta insanidade junta. Ainda por cima paga a peso de ouro.
A Ucrânia tem o que de melhor existe no mundo em termos de tecnologia.
Não é deles, e claro que quem a controla, mexe os cordelinhos a seu favor.
Portanto, para vocês nunca podem existir falhas.
É óbvio que a internet do futuro será P2P descentralizada tal como bitcoin, o sinal passará por vários nodes retransmissores particulares tal como uma transação Lightning Network que pagará uns satoshis por cada bloco de informação retransmitida por cada node, todos os nodes competiam num mercado aberto pela melhor relação de custo VS qualidade do serviço (MAIS EMPREGO), dessa forma a informação chegará ao destino praticamente impossível de bloquear já que para isso teriam que destruir todos os pontos de retransmissão do país, cada edifício pode ter um ponto de acesso no telhado que por sua vez se tiver painéis solares e baterias também é resiliente energeticamente, portanto seria preciso uma arma de destruição super massiva para destruir a rede, podiam destruir uma cidade inteira como Lisboa ou Porte e a maior parte do país continuar a poder comunicar, coisa que atualmente se desligarem uma tomada e uma UPS em Lisboa falha tudo tal como aconteceu com a Starlink.
Governos devem apostar em tecnologias resilientes e inteligentes para manter as redes de energia, água, esgotos e telecomunicações sempre em funcionamento, mesmo em caso de catástrofes ecológicas ou guerras.
Recentemente tivemos um “apagãozito” que se durasse mais algum tempo ainda começava uma guerra civil !