Especialistas preveem que o metaverso terá impacto na nossa saúde mental
Felizmente, a saúde mental é cada vez mais relevante e um tópico crescentemente explorado. Por essa razão, os especialistas têm estudado de que forma é que os planos de Zuckerberg para o metaverso poderão impactar os indivíduos.
As opiniões não são unânimes e o debate passa por entender se este impacto será positivo ou negativo.
Conforme sabemos, o metaverso pretende ser um mundo virtual paralelo àquele em que vivemos – aliás, a Meta descreve-o como a “próxima evolução das relações sociais”. Assim sendo, se a saúde mental já é um problema neste último, os especialistas têm debatido sobre o seu impacto nesta nova realidade que tem vindo a ser desenvolvida por várias empresas tecnológicas, como a Microsoft, Nvidia e Apple.
Apesar de o metaverso surgir como uma ideia completamente nova, a verdade é que há quem considere que ele já existe, nomeadamente na indústria dos jogos. Portanto, os especialistas têm estudado o impacto que os planos de Zuckerberg para o metaverso terá na saúde mental dos indivíduos, considerando que alguns já estão completamente envolvidos no mundo online.
Embora haja peritos que consideram que o metaverso integrará a vida dos indivíduos de forma natural, outros alegam que o conceito tem tanto de revolucionário como de desconhecido, pelo que poderá representar desafios.
Especialistas divididos quanto ao impacto do metaverso na saúde mental
Para já, de acordo com um artigo publicado na Psychology Today, existe evidência científica que associa o uso excessivo de tecnologia a várias questões de saúde mental, como depressão e paranoia, por exemplo. Além disso, gastar muito tempo ligado ao digital pode resultar numa preferência desse mundo relativamente à realidade.
Para Rachel Kowert, diretora de pesquisa da Take This, uma organização sem fins lucrativos centrada na saúde mental da comunidade dos videojogos, esta preferência pode "impactar negativamente a nossa capacidade de nos envolvermos na vida não virtual, quer seja autoconfiança, ou pertença, ou ansiedade social". Na mesma linha de pensamento está Jeremy Bailenson, fundador do Virtual Human Interaction Lab da Standford University que considera que podem haver desafios associados quando um alguém passa muito tempo ”num mundo em que todos são simplesmente perfeitos, bonitos e ideais”.
Por sua vez, Nick Allen, professor de psicologia da University of Oregon, defende que a questão não deveria ser o tempo gasto no metaverso, mas antes perceber se esse tempo, seja ele qual for, impacta positiva ou negativamente a saúde mental dos indivíduos.
Um jovem que possa ser LGBT e que encontre um contexto online onde possa sentir apoio social - nós preveríamos que isso seria um benefício para a sua saúde mental.
Por outro lado, se a utilização de tecnologias do metaverso substituir comportamentos não online que sejam saudáveis e de apoio à saúde mental, como exercício apropriado, envolvimento em relações na vida real, sono saudável, tempo passado em ambientes naturais, então eles podem ser prejudiciais.
Explicou Allen.
Efetivamente, os especialistas levantam várias questões e constroem múltiplos cenários, por forma a perceber o possível impacto do metaverso na saúde mental dos utilizadores.
Por exemplo, Daria Kuss, chefe do Cyberpsychology Research Group na Nottingham Trent University, ressalva que “sabemos que formatos particulares de psicoterapia, nomeadamente a terapia de exposição à realidade virtual, podem ser ferramentas fantásticas para ajudar os indivíduos afetados por uma variedade de fobias”. Na sua opinião, questões como depressão, psicose, dependência, distúrbios alimentares e distúrbios de stress pós-traumático podem ser abordadas no metaverso. Isto, porque permite que os indivíduos enfrentem um estímulo, num espaço que é seguro e controlado e de forma gradual.
Assim como Kuss, outros especialistas consideram que o metaverso pode funcionar como um agente libertador, impactando positivamente a saúde mental. Mais do que isso, Peter Etchells, professor de psicologia e comunicação científica na Bath Spa University recorda que o metaverso pode ser “uma tremenda força para o bem”, no sentido em que mantém as pessoas ligadas, se for explorado com ética.
No futuro, e com o desenvolvimento do metaverso, os especialistas terão oportunidade de estudar o seu impacto real, percebendo de que forma poderá prejudicar ou beneficiar a saúde mental dos indivíduos.
Leia também:
Este artigo tem mais de um ano
Já está a ter.
Os doentes estão a gastar o dinheiro que têm e o que não têm para comprar imagens de macacos e afins.
Ridículo ver ao ponto a que isto chegou e só agora começou.
“imagens de macacos”? Do que falas? Fotografias? Já há muito que são vendidas por muito dinheiro. Ou quadros? Esses são vendidos ainda há mais tempo, e por mais dinheiro.
nem um nem outro xD
Não são ambos “imagens” vendidas por muito dinheiro?
Sim, reformulo. Não são imagens. São acessos a links pagos a peso superior ao de ouro.
Já há uns anos largos que há sites, com links pagos, e bem pagos
acho que é um grande avanço espiritual,finalmente o espirito ganha sentido
🙂 passa a ser uma coisa não abstrata
https://youtu.be/RB_l7SY_ngI
É normal ….. e o triste é ver as empresas a aproveitarem-se de uma realidade assustadora para a humanidade …. o aumento de pessoas com doenças mentais : https://www.sppsm.org/informemente/guia-essencial-para-jornalistas/perturbacao-mental-em-numeros/
Eu não uso redes sociais (exceto Twitter) portanto não me vai afetar em nada. Como raramente uso o twitter portanto se mudar também não me vai afetar em nada. Acho que esta mudança está a ser demasiado rápida e também está a ser muito cedo.