Depois dos despedimentos, Amazon revela perdas de 2,7 mil milhões de dólares em 2022
Temos assistido a vários despedimentos no setor tecnológico por parte de algumas das maiores empresas do ramo. A Microsoft, Google e Amazon são alguns exemplos, sendo que esta última 'pôs na rua' cerca de 18.000 trabalhadores.
A Amazon tem também outros motivos para se preocupar, depois de ter anunciado os seus resultados financeiros do quatro trimestre de 2022. Os resultados mostram perdas de 2,7 mil milhões de dólares no fecho do ano de 2022, embora ao nível das receitas anuais líquidas tenha sido registado um aumento de 9%.
Amazon diminiu os trabalhadores... e o lucro
A Amazon revelou na semana que passou os seus resultados financeiros respeitantes ao quarto trimestre de 2022 e tem motivos para estar preocupada. De acordo com as informações, a empresa norte-americana apresentou uma queda no lucro de 2,7 mil milhões de dólares em 2022, comparativamente aos ganhos de mais de 33 mil milhões de dólares registados em 2021. Este resultado deve-se sobretudo ao investimento na empresa de automóveis elétricos Rivian e resulta assim no primeiro ano não lucrativo da Amazon desde 2014.
Por outro lado, pois também há boas notícias, ao nível das receitas anuais líquidas, a empresa conseguiu um aumento de 9% para 149,2 mil milhões de dólares no quatro trimestre, sendo que no mesmo período de 2021 esse valor havia sido de 137,4 mil milhões de dólares.
Dentro do total da receita, a plataforma cloud da empresa, Amazon Web Services (AWS) obteve uma receita operacional de 5,2 mil milhões de dólares, ligeiramente abaixo do obtido no ano passado, mas conseguindo uma receita de mais de 22 mil milhões de dólares ao longo do ano.
As vendas online nas lojas Amazon desceram 2% em relação ao ano passado e assinalando uma receita de 64,5 mil milhões de dólares no último trimestre de 2022. Já nas lojas física esse montante foi de quase 5 mil milhões de dólares, uma diferença significativamente mais baixa do que o comércio online. A publicidade aumentou 9% com um contributo de 11,5 mil milhões de dólares.
O serviço de assinatura Prime gerou 9,1 mil milhões de dólares, o que significa um aumento de 13%. No entanto, os custos de envio aumentaram 4% no quatro trimestre, representando 24,7 mil milhões de dólares em despesas.
Mas o ano de 2023 revela muitas dúvidas e o CEO da empresa, Andy Jassy, adiantou que "a curto prazo, enfrentamos uma economia incerta, mas continuamos otimistas acerca das oportunidades a longo prazo para a Amazon". Contudo, a marca considera que os seus esforços e investimentos vão contribuir para um caminho positivo nos próximos meses.
Estes resultados acontecem depois da empresa ter anunciado o despedimento de 18.000 trabalhadores, o que representa cerca de 1% da sua força de trabalho.
Este artigo tem mais de um ano
É sempre a mesma história nas notícias (não é só o pplware)…
NÃO SÃO PERDAS!!! São apenas redução nos lucros!!!!
É esta mentalidade de crescimento infinito que faz muitas empresas entrar em práticas suicidas (como os bancos em 2008).
Para mim é mais que óbvio que durante a pandemia gastámos mais neste tipo de compras/produtos (+Netflix e afins) e após a pandemia voltou-se ao padrão de consumo normal e até um pouco mais reduzido após alguma fadiga.
Se forem ver os resultados financeiro anteriores da amazon vêm que os valores de 2022 são muito parecidos aos de 2020…
Do ponto de vista imediato, tendo em conta as previsões e planos de crescimento, são perdas. Contudo, também é claro que são sobretudo redução de lucros, numas empresas e noutras são mesmo prejuízos. Sobre o crescimento infinito, isso não existe, existe sim uma acompanhamento dos valores de mercado que tomam novas medidas a cada ano. Nunca iremos ver o pão, por exemplo, a custar 10 tostões, e se atualmente custa 17 cêntimos, esta diferença não caminha para o infinito, caminha sempre para a adaptação da economia aos novos tempos.
Não podes perder algo que nunca tiveste ou ganhaste, ponto final.
Podes, porque investiste. Economia simples.
Lucro, no campo mais estrito da economia, é o retorno positivo de um investimento, deduzido dos gastos que este exigiu.
O investimento…
Neste caso não são redução dos lucros (diminuem mas continua a ser lucros). São prejuízos (perdas), de 2,7 mil milhões de dólares. Em 2022 tinha tido um lucro de 33,7 mil milhões.
A história dos bancos é outra. A Amazon teve prejuízos anos e anos seguidos sem deixar de ser uma das empresas com maior valor em bolsa.
A banca comercial está concebida para efetuar operações de intermediação ordenada pelos clientes, garantindo margens que lhe dão lucro. O que aconteceu com o Lehman Brothers, que faliu em 2008 e que afetou outros bancos, é que não tinha separado a parte da banca comercial da parte da banca de investimento, em que especulava em nome próprio, especialmente no mercado de futuros, e usando dinheiro de clientes. O colapso do Lehman Brothers é semelhante ao da FTX, nada tem a ver com a Amazon.
Com a inflação elevada a nível mundial, existe uma retração no consumo, e a Amazon já está a sentir isso “na pele”. Os preços da Amazon, que outrora eram muito bons, hoje em dia, em muitos produtos são elevados. Há algumas coisas que ainda compensa, até pelo excelente suporte pós-venda, mas cada vez são menos os produtos com preços competitivos vendidos pela Amazon. Eu reduzi imenso as compras na Amazon em 2022, devido a isso mesmo, e pondero se em 2023 renovo a subscrição Prime.
as perdas sao para justificar os despidimentos!
Segundo o documentario “Hipermecados – A Quedo do Imperio” , disponivel na rtpplay ate dia 10/02, já era expectavel este periodo de perda. Pelos vistos é ciclico na Amazon e faz parte da sua estratégia para dominar mercados. Vejam, é mais um grande documentário que a rtp transmite.