A facilidade de criar petições online banaliza as causas?
Numa altura em que as pessoas estão verdadeiramente conectadas, com o digital a ocupar uma grande parte do seu dia a dia, as petições públicas online tornaram-se uma forma acessível de expressão política e social. Contudo... a facilidade de criar petições online banaliza as causas?
A facilidade de criar petições online banaliza as causas?
Atualmente, qualquer pessoa pode, em poucos minutos, criar uma petição, dar voz a uma causa e reunir milhares de assinaturas de outras pessoas que partilham da sua opinião, à partida.
Esta democratização alargou a participação cívica e facilitou, de forma inegável, a partilha e disseminação de ideias e causas.
Ao mesmo tempo, contudo, abriu espaço para novas abordagens, entre elas a provocação política. De facto, a linha que separa o ativismo da sátira está cada vez mais ténue.
Isto, especialmente num mundo dominado pelas redes sociais, onde a indignação e a ironia se misturam indiscriminadamente.
Petições públicas em Portugal
No nosso país, o direito de petição está consagrado na Constituição da República Portuguesa. Sob o artigo 52.º, todos os cidadãos têm o direito de dirigir petições, reclamações, queixas ou representações aos órgãos de soberania ou às autoridades públicas, individualmente ou em grupo, para defesa de direitos, leis ou interesses legítimos.
Este direito é regulamentado pela Lei n.º 43/90, de 10 de agosto, alterada posteriormente por várias leis complementares (como a Lei n.º 45/2007 e a Lei n.º 51/2017).
Na última década, em Portugal, o uso de petições públicas online tornou-se comum. Para o efeito, há várias plataformas disponíveis, nomeadamente:
Além da democratização da participação cívica, uma vez que qualquer cidadão pode criar uma petição em minutos e mobilizar milhares de pessoas, a pressão social e mediática que resulta das petições públicas online popularizou-as.
Recorde-se da petição contra a aprovação da Lei da Cópia Privada, em 2014; da petição para acabar com os telemóveis nos recreios, em 2023; e da petição contra o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC), em 2023, também.
Ambiguidade das petições públicas online
Ainda que procurem dar palco a problemas políticos e sociais, e sejam um instrumento que motiva a participação cívica, estas petições online têm um impacto prático relativamente baixo, porque nem sempre resultam em alterações concretas na lei, e perdem pela saturação: o grande número de petições online faz com que algumas não reúnam a visibilidade necessária e outras sejam até encaradas com ceticismo.
Uma petição recente, que pede "ao Estado de Israel para não devolver Mariana Mortágua", ilustra a ambiguidade das petições públicas online. Embora o formato remeta a um instrumento democrático de participação, o conteúdo, assumidamente irónico e de crítica política, arrasa o propósito original.
A petição, que pede a um Estado estrangeiro que não devolva uma deputada portuguesa, não parece ter qualquer intenção prática, servindo apenas como expressão de descontentamento e de humor.
A rapidez com que reuniu milhares de assinaturas não mostra apenas a capacidade da Internet para amplificar este tipo de ação. Levanta, também, a pergunta: a facilidade de criar petições online banaliza as causas?
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A facilidade de criar petições online banaliza as causas?
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Nesta rubrica colocamos uma questão sobre temas pertinentes, atuais e úteis, de modo a conhecer a opinião e tendências dos nossos leitores no mundo da tecnologia, sobretudo no nosso país.
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As causas já estavam há muito banalizadas
Exacto,
As causas são é agilizadas pelas petições online, o que é bom.
Mas também tem coisas más, porque depois começam a surgir petições por 2 coisas.
Por tudo e por nada,
As petições que pedem para não devolver a Mortágua, deviam ser analizadas de perto.
Eu olho para isso como uma espécia de assasinato figurado(ou não).
E esses fulanos teriam que ser controlados de perto.
Ela é Portuguesa, e como Portuguesa, tem os mesmos direitos dos outros, e como tal, devem ser defendidos por todos, com unhas e dentes.
Isto tem mau de Judeus de Certeza..
Aquilo que me parece é que ela não tem maturidade suficiente, tal como muitos outros, talvez a maioria.E está a tentar seguir ps passos da Greta, enfim.
Por falar nisso, a Greta foi amassada na Palestina, assim como muitos outros.
Voltando ao assunto,
As as petições de causa Justa, essas são agilizadas.
Olha olha, o ataque ás petições quando não é conveniente ás causas aprovadas pela elite de esquerda. Já se fosse uma qualquer sobre Trump o silêncio seria de ouro…
È o mesmo com as Teorias de Conspiração, quando o Marcelo falou de “Asset Russo” ficaram todos caladinhos sobre as Teorias da Conspiração.
Nota para quem lê jornais e por isso não está informado: Trump foi o primeiro Presidente Americano a enviar armas para a Ucrânia.
O Marcelo andou demasiado tempo em provas de vinhos… Quando já se sabe que o Rússia Hoax foi encomendado pelo Obama… Esse sim, um criminoso
E quando mistura com o fortimel dá mau resultado…
… A vender armamento letal à Ucrânia – não foi de graça.
Além disso, o Obama já tinha fornecido ajuda militar (não letal: rações, coletes à prova de bala, treino) em 2014.
O Chega tem 63383498396701115534 petições, propostas, desde 2019. E continuar a criar 54000000 por mês, apaga 95%, porque só servem para vangloriar membros e atitudes, como são as 5000000, que tem 367192352061 assinaturas (com 100% de falsas assinaturas, segundo o próprio site) sobre a Mortágua ser detida, por 100 anos, em Israel. Ou a que exige, que o governo pague 650 milhões de euros, ao Grilla, por “o terem detido e colocado 1 arma e 7000 munições, em casa dele.”
A liberdade é para todos e muitos nao esquecem a repressao que foi feita quando a extrema esquerda esteve no poder (com a geringonça).
A Liberdade de expressao e opinao é para todos e qualquer condicionalismo é repressao/censura.
Que repressão? Conta lá.
As petições não são para energúmenos demonstrarem a liberdade de expressão nem.para brincadeires, são para coisas sérias
Ainda me lembro quando achava que Portugal era um país de gente minimamente inteligente. Nah, é tudo uma cambada de jagunços.
É de tal forma, que o petições publicas acaba por ser uma chacote, e de uma inutilidade tremenda….
Eu costumo recomendar sal grosso.
As causas devem ter fundamento, e ser justas.
Quem raio assina uma petição para não devolver a Mortágua??
Isso não é possivel, Israel deveria estar proibido de lançar petições em solo nacional, é o que tenho a dizer.
Quando a democracia funciona contra a agenda da esquerda estamos sempre perante banalidades e crimes e todos os ismos possíveis… incrível a polarização desta gente. Duas medidas e dois standards. Cada vez vejo mais gente polarizada e extremismos desnecessários… a tolerância já nao é a palavra do dia. Andam todos acelerados para brutalizar os seus direitos de forma a suprimir os direitos de todos os outros… ao que isto chegou!
Infelizmente nao é este o mundo que quero deixar para os meus filhos!
Banalizar ou democratizar as causas? É que antes nem sabíamos um milésimo daquilo que acontecia. Vivemos numa era de maior acesso a informação,nem sempre credível ou isenta, mas as pessoas, que não apenas fazem doomscroll, conseguem ter acesso a diferentes pontos de vista e perspetivas. Aqueles que apenas se ficam na cs podem muito bem ser manipulados, como acontece há décadas nos EUA… As petições públicas são ótimas para dar voz a causas menores e também à sátira política!
Anda lá uma sobre equidadade na estrada que é qq coisa do outro mundo.
Estava tentado a assinar está petição, mas para isso tinham que juntar outros nomes (Aqueles que traem Portugal e os Portugueses descaradamente). Até os ajudava, gratuitamente, a fazer as malas.
Com 99,999999999999999999999999999% de assinaturas falsas, é fácil ver que em 74000000 milhões, de petições, ditas como propostas, em Portugal, só 3 chegaram à Assembleia, sendo aceites, para discussão no plenário. Petições online, valem tanto como os 900000000 milhões, de perfis portugueses, das redes sociais. Nunca são aceites, porque 100%, das assinaturas, são falsas. As que passam, são feitas nas ruas ou em associações, tal e qual como eram há 50 anos atrás…
E, os milhões de comentadeiros daqui, reclamam das de esquerda… se forem ao site, notam que 99,99999991% são propostas pelo Chega… esse partido de extrema esquerda, como diz o pessoal daqui.
Informa te! Se fizeres a petição no portal do governo de forma correcta o problema da falsificação das assinaturas nao existe.
Felizmente não houve mortes em alto-mar, senão a Mariana fazia jus ao apelido 🙂
Após fazer uma pequena pesquisa, chego a conclusão que, com tantas petições quase com o mesmo tema, perde-se o verdadeiro sentido das petições.
Perante isto, sim, esta-se a banalizar as petições.
https://peticaopublica.com/search.aspx?q=mariana&pg=1
Falando apenas da plataforma, dos seus termos e condições, política de privacidade, e de não se saber quem a gere e qual a sua finalidade, a mesma há muito que não devia existir.
A falta de controlo sobre o teor das petições, claramente serve o propósito da publicidade.
Em suma, uma total banalização na bandalheira que é a internet.
Ainda assim, é curioso que a maior parte das pessoas não sabe, e deixo a dica para uma publicação do Pplware sobre o tema, que o local certo para as petições é este: http://www.parlamento.pt/EspacoCidadao/paginas/direitopeticao.aspx
Os trolls do chega que onde aparecem tornam tudo uma pocilga e mentem a torto e a direito terão a saúde mental que estão agora a cultivar, criam um mundo de trampa na cabeça e nisso se vão transformar ainda mais.
Exacto, porque os extremos nunca fazem a mesma asneira duas vezes!! Fia-te na virgem e não corras…
Quem define o que é uma petição valida são as pessoas, não os governos nem a comunicação social. Se há um conjunto de pessoas que acha que a Mariana Mortágua deve sofrer da consequencia dos seus actos, e que não é mais que ninguém para receber um tratamento especial do estado português, essas pessoas estão no seu direito.
Essa petição já tem mais assinantes do que a Mariana teve em votos para a assembleia da republica(mais do dobro)
As peticoes tal como estao actualmente nao resolvem nada. De relembrar para alguns distraidos que o Cavaco na altura que era presidente, chegou a arquivar algumas peticoes.
O site oficial para petições não é esse. Mas sim o da República.
Independemente da banalização das petições, parece-me que o problema principal é o modo como são (e serão) utilizados os dados pessoais. Em muitos casos, as petições recolhem dados sensíveis à luz do RGPD (como opiniões políticas, por exemplo), e não é claro quem é que terá acesso a estes dados, em que países, e com que propósitos. É uma matéria sobre a qual a CNPD se deveria debruçar, porque, em vários casos, é dúbio que uma petição do género cumpra todos os requisitos legais no que respeita ao tratamento de dados pessoais.
1.º só deverá ser válida uma petição que obrigue à indicação de um número de identificação, podendo ser NIF ou CC;
2.º este site, em alguns artigos, já fez referência a petições que estavam a decorrer e nunca sugeriu que qualquer dessas petições fosse de uma causa banal! Agora, como a causa não vai de encontro à agenda woke extremo-esquerdista, decide tirar a importância às petições.
Para finalizar, anunciam-se como defensores da democracia e liberdade de expressão, mas este comentário não será publicado porque estou barrado desde 2021 de publicar comentários.
Obrigado a quem me deu a oportunidade de falar.
a petição é algo que pela sua natureza acaba por se auto regular.
As irrelevantes acabam sem qualquer visibilidade, e as relevantes quer sejam mais serias ou trolagens acabam por ter visibilidade.
Nao sei se o pessoal entende mas as peticoes so servem para que os politicos falem sobre o assunto. Nao quer dizer que seja favoravel a quem lancou a peticao, umas vezes pode correr bem outras pode correr mal. Dai em meu entender uma peticao nao serve de muito, apenas a manifestacao de um desagrado que pode ser legislado ou nao conforme a vontade dos politicos.
Petições são a ferramenta mais democrática que temos disponível atualmente. Muito mais do que qualquer partido ou individuo político. Qualquer indivíduo pode declarar apoio a uma causa ou ideia, seja ela o que for e de onde vier.
Deviam era ser melhoradas, em vez de assinaturas poderiam ser votos por exemplo. É claro que também era necessário uma filtragem de disparates, e aqui a discussão seria sobre quem seria responsável por identificar tais disparates/spam/trolls e com que critérios.
De qualquer forma ainda tenho as minhas dúvidas sobre a efetividade das petições atualmente. Muito provavelmente devido à incapacidade e incompetência da nossa classe política, mesmo que uma petição reúna um número imenso de assinaturas, não conseguirá mudar nada.