Para onde vão os dados dos utilizadores que a DeepSeek recolhe?
Não é possível falar em modelos de Inteligência Artificial (IA) sem mencionar a quantidade de dados que utilizam e que recolhem. Com o ágil crescimento que a DeepSeek está a conseguir concretizar, despertando a curiosidade dos utilizadores globalmente, importa perceber que dados são recolhidos, para o que são utilizados e para onde são enviados.
Com alguns modelos de IA já disponíveis, o mercado não barrou a DeepSeek e tem explorado fortemente as suas alternativas. O crescimento é inegável, com o nome da empresa chinesa a estampar-se nas manchetes globalmente.
A DeepSeek é uma empresa chinesa, baseada na cidade de Hangzhou, na província de Zhejiang, na China, que disponibiliza modelos de IA gratuitos e de código quase 100% aberto.
Na sua política de privacidade, atualizada pela última vez no dia 5 de dezembro de 2024, a DeepSeek revela explicitamente para onde vão as informações que chegam às mãos dos seus programadores. Pela explosão de popularidade, o destino dos dados poderá ser do seu interesse.
As informações pessoais que recolhemos do utilizador podem ser armazenadas num servidor localizado fora do país em que reside. Armazenamos as informações que recolhemos em servidores seguros localizados na República Popular da China.
Informa a DeepSeek, esclarecendo que a transferência dos dados para fora dos países de residência dos utilizadores ocorre "conforme os requisitos das leis de proteção de dados aplicáveis".
Apesar de ser um processo de tratamento de dados natural, considerando que é uma startup e lida com os dados no local onde está baseada, o tema despertou o debate, especialmente nos Estados Unidos.
Afinal, e possibilidade de a DeepSeek estar a recolher mais informações pessoais do que plataformas fortemente escrutinadas, como o TikTok, espoletou desconfianças sobre o âmbito e a aplicação das leis de proteção de dados.
Como a DeepSeek gere os dados dos utilizadores
Avisando que não "recolhe ativamente" informações pessoais de utilizadores com menos de 18 anos, a empresa chinesa divulga a série de informações que recolhe, na sua política de privacidade. Estas dividem-se em três categorias:
- Fornecidos pelos utilizadores: informações que as pessoas introduzem no formulário de registo para utilizar os modelos de IA, como e-mail; todo o conteúdo das conversas com o chatbot, como histórico de conversação, imagens e documentos; e a informação enviada quando o utilizador tenta contactar a DeepSeek, como provas de identidade ou idade.
- Recolhidos automaticamente: utilização de cookies para saber como as suas ferramentas são utilizadas, como funcionalidades específicas; dados técnicos sobre os computadores utilizados, como modelo, sistema operativo e endereço IP; e padrões e ritmos das teclas.
- Obtidos de outras fontes: utilização de serviços de terceiros, como a Apple ou a Google, para se registar ou iniciar sessão.
Segundo a empresa chinesa, todos os dados recolhidos servem para manter e otimizar o funcionamento das suas ferramentas e a segurança. Além disso, para notificar os utilizadores quando ocorrem alterações e para fazer cumprir os seus termos e condições de utilização, entre outros motivos.
A DeepSeek informa, também, na sua política de privacidade, que todos os dados que recolhe podem ser partilhados com terceiros, incluindo entidades do seu "grupo empresarial", cujos nomes não especifica.
Conforme esclarece, alguns dados podem ser eliminados nas definições das suas aplicações, como o histórico de conversação, ou através do bloqueio de cookies.
Por fim, os dados são armazenados "durante o tempo necessário" para prestar os seus serviços ou cumprir determinadas obrigações.
Rir quando li
“Armazenamos as informações que recolhemos em servidores seguros localizados na República Popular da China”
Isto é tipo o Pinto da Costa dizer que me vai guardar 20€ até ao próximo Natal
E sim! Sou Portista mas é uma comparação válida no meu ponto de vista
É uma start-up chinesa. Agora de início, ia alugar servidores da Amazon Web Services nos EUA, e servidores na UE?
Se o negócio prosperar, sim, provavelmente terão de o fazer. A ByteDance, com o TikTok, mesmo com os dados alojados em servidores nos EUA está para ser vendida lá (não se sabe como).
No meu Mac corre sem gráfica nem internet.
Vão para um servidor num data center, como vão os da OpenAI, Gemini, Copiloto…
Os meus não vão para nenhum porque uso a LLM localmente numa máquina assim não preciso de enviar nada, mas também não me preocupa nada pois não trabalho com dados sensíveis com a AI online, só código e perguntas normais.
+1
LLM local!
Exato é melhor a UE e os EUA começarem a implementar noticias deste tipo comecem a dizer que eles guardam tudo e vão saber a que horas é que eu me deito e acordo sempre, já foram papados de cebolada agora é melhor usarem a carta da privacidade que a malta gosta sempre dessa
Parece que a GOOLE, APPLE, FACEBOOK, INSTRAGAM, GOOGLE MAPS NAO ARMANEZAM OS NOSSOS DADOS PESSOAIS?
AS EMPRESAS AMERICANAS VIGIAM OS EUROPEUS MAS NINHGUEM FALA DISSO PORQUE?
SÓ FALAM DA CHINA PORQUE?
PORQUE A CHINA ESTA A ULTRAPASSAR A AMERICA A NIVEL DE TECNOLOGIA!!!!
OU A EUROPA ESTA DEPENDENTE DA AMERICA E É ESTE O MOTIVO PORQUE NINGUEM FALA DISSO!!!
Para aqueles que estão preocupados, há uma solução simples: não usar! Afinal, quem precisa de mais um assistente de IA em nossas vidas? Estamos perfeitamente bem vivendo em um mundo digital, onde a escolha de tecnologia é nossa.
Não se preocupem por muito tempo. Logo, o governo americano poderá declarar a DeepSeek uma ameaça à democracia, segurança nacional, blá, blá, blá.
E a União Europeia, sempre tão atenta às suas próprias diretrizes, pode seguir o exemplo. Quem precisa de diversidade tecnológica quando podemos garantir a segurança e confiabilidade através de regulações bem estabelecidas?
As vozes que clamam por inovação e diversidade tecnológica continuarão a ser ouvidas, e assim, procuraremos um equilíbrio entre progresso e segurança. Viva a era digital! Onde todos podem escolher os melhores apps, falar diversas línguas e sonhar com um futuro tecnológico inovador e seguro.
Ah, que futuro brilhante nos aguarda, onde a tecnologia é diversa e a inovação é incentivada dentro de um quadro de segurança e responsabilidade.
Eu devo ser um ser humano estranho, só pode.
Vou tentar explicar a minha indignação.
Estamos constantemente a falar mal da China, da Rússia, Coreia do Norte, sei lá mais quem. E até parece normal, parece ser boa educação estar sempre a falar mal dos outros. E depois quando um chinês, um russo, um coreano ou alguém que se sente indignado, se revolta lá aparecemos nós, como se fossemos inocentes, vítimas até desta revolta. E não compreendemos porque razão eles nos querem deitar abaixo.
Se um dia isso acontecer, e vai acontecer, eu vou ficar feliz porque realmente somos muito mal educados com povos que são diferentes de nós.
Eu só me pergunto se um dia os europeus chegarem a ser escravos de outros povos, a serem obrigados a procriar para criar pessoas mais fortes como fizeram com os africanos e outras atrocidades como genocídios, qual será a desculpa que vamos dar para considerarmos que é um comportamento injusto.
Eu digo isto assim porque uma coisa que me envergonha como português é o queixume constante que fazemos, por exemplo da ditadura do Estado Novo, que não tínhamos liberdade e esquecemos que havia povos, no império português que não tinham liberdade há mais de 500 anos.
Portanto meus senhores respeito é bom e deve ser sempre tido em conta quando falamos de alguém ou de algum povo diferente do nosso.
Em vez de atacarem as tecnologias da china com inovações, vêm com estas histórias da carochinha. É uma startup logo é normal manterem os dados no seu país. A Europa que se preocupe na inovação e em financiar empresas inovadoras.