Trump bloqueia compra da Qualcomm pela Broadcom
Nesta segunda-feira à noite, o presidente Donald Trump bloqueou oficialmente os esforços da Broadcom para comprar a Qualcomm. Ele emitiu uma ordem executiva referindo que há "provas credíveis" para sugerir que o acordo "ameaça prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos".
Em causa poderão estar os receios que o acordo deixaria a China dominar o desenvolvimento do 5G.
A esta altura e se o acordo tivesse passado, a Broadcom, com sede em Singapura, teria a possibilidade de comprar a Qualcomm, com sede em São Diego, por 117 mil milhões de dólares. A aquisição hostil também teria sido o maior negócio na história da indústria de tecnologia.
Por razões de segurança... ao monopólio
A ordem, que não explicou com que base o presidente fez essa avaliação, sugere que a administração Trump está disposta a proteger as empresas americanas contra concorrentes estrangeiros. Trump recentemente ordenou a colocação de taxas sobre o aço e alumínio importados, apoiando as indústrias norte-americanas.
A ordem executiva de Trump ocorre uma semana depois do Comité de Investimento Estrangeiro do Departamento do Tesouro nos Estados Unidos ter chegado a uma conclusão similar:
[...] um enfraquecimento da posição da Qualcomm deixaria uma abertura para a China expandir a sua influência no processo de definição de padrões 5G. As empresas chinesas, incluindo a Huawei, aumentaram o seu envolvimento em grupos de trabalho de padronização 5G como parte dos seus esforços para construir uma tecnologia 5G. Por exemplo, a Huawei aumentou as suas despesas e possui cerca de 10% das patentes essenciais 5G. Enquanto os Estados Unidos continuam dominantes no espaço de definição de padrões, a China provavelmente competiria com firmeza para preencher qualquer vazio deixado pela Qualcomm como resultado dessa aquisição hostil.
Como demos a conhecer em novembro de 2017, a Qualcomm é conhecida pelo seu quase monopólio no sistema de smartphones "topo de gama" no que toca ao mercado de chips [SoC], com a sua linha de chips "Snapdragon".
No mercado atual, quase todos os telefones Android, que vale a pena falar, têm um SoC Qualcomm, que combina CPU, GPU, RAM, modem móvel e outros componentes num único chip. A Qualcomm ganhou este quase monopólio lá atrás, há uns bons anos, com as suas patentes 3G CDMA, que a Sprint e a Verizon confiam na conectividade às suas redes nos Estados Unidos.
Os SoCs não-Qualcomm normalmente requerem um modem separado, que ocupa mais espaço no já confinado design do smartphone. Em suma, os telefones não-Qualcomm são geralmente inferiores e mais caros de fazer (ou pelo menos são muito mais caros de fazer, mesmo que não sejam inferiores no hardware).
Broadcom ainda tentou passa a mão no pêlo de Trump
Dada a conhecida política protecionista do mercado e da indústria nacional, com o tão conhecido "American First", em 2 de novembro de 2017, o CEO da Broadcom, Hock Tan, apareceu com Trump na Casa Branca e prometeu "re-domiciliar" a empresa em Delaware. (A empresa, tem oficialmente sede em Singapura mas, atualmente, é co-sediada em San Jose, Califórnia.)
Eu sou americano, como são quase todos os meus gerentes diretos, os meus membros do conselho e mais de 90% dos meus acionistas. Então, hoje, anunciamos que estamos a fazer a casa da América novamente. Obrigado. O nosso compromisso de voltar a domiciliar nos Estados Unidos é uma grande reafirmação para os nossos acionistas, para os 7500 funcionários que temos em 24 estados na América hoje, que a América é mais uma vez o melhor lugar para liderar um negócio com uma pegada global...
| Referiu Tan
Poderá aqui ter mão da Intel?
No entanto, tal movimento não parece ter ocorrido. Adicionando intriga a este processo, na sexta-feira passada, o Wall Street Journal relatou que a Intel está interessada em comprar a Broadcom.
Numa declaração de duas frases emitida na segunda-feira, após a ordem executiva, a Broadcom escreveu:
A Broadcom está a analisar o pedido. A Broadcom discorda fortemente de que a proposta de aquisição da Qualcomm suscite quaisquer preocupações de segurança nacional.
Estas manobras de bastidores estão cada vez mais declaradas em torno do próximo grande marco nas comunicações: o 5G. Quem tiver o monopólio, ou pelo menos tiver tecnologia mais preponderante, poderá vergar os gigantes do mundo mobile para adqueir os seus chips, mas ao que parece Trump não irá permitir que o quase-monopólio saia dos Estados Unidos.
Este artigo tem mais de um ano
Muito bem jogado por parte de Trump. Não só conseguiu que uma empresa comprasse uma empresa americana, como conseguiu fazer com que a mesma se transferisse para os Estados Unidos onde será concorrente da Qualcomm. E assim, os Estados Unidos continua a disparar na frente dos outros países. Se todos os países tivessem orgulho em produtos nacionais com este.
ahahaha!!! Deves de estar muito pouco informado da amrica real atual.
Porquê?
Como este belo exemplo ? :
In July 2015, the company cut 4,700 jobs or about 15% of its 31,300 workforce due to decline of sales. Executive management knew this was coming, so they came up with a plan to retain its employees. However, instead of paying reasonable salary, executive management used this plan as a justification to give themselves a big payout first and then lay off employees later.[11]
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Grande América, sempre a favor de um mercado livre, do neo-liberalismo mas na casa dos outros.
Faz lembrar quando foi proibida a venda de Samsung na América ta-se bem, proibição de venda de iPhone Obama decreta que podem continuar a ser vendidos. Justiça com total independência.
Estou a pensar numa alcunha para os americanos, Moralistas ou Virgens Ofendidas?
Era isso tudo antes do Trump,agora proteje o que é deles. Ao contrário da UE.
A UE está a proteger os seus negócios, só não incluem os da península, nem da Itália, Grécia nem Europa de leste.
Se fosse em Portugal, até ganhavam a nacionalidade como bonus…
“Em causa poderão estar os receios que o acordo deixaria a China dominar o desenvolvimento do 5G.”
Erm… era capaz de jurar que a Broadcom é um grupo americano mas com sede em Singapura (por questões fiscais), tanto que toda a board of directors é americana excepto 4 (1 escocês, 1 alemão, um malaio – o CEO – que estudou e fez vida nos EUA e um singaporiano que se formou e fez vida em Londres).
Todas as empresas que estiveram envolvida na fusão/aquisição da Avago/Broadcom eram empresas americanas também.
De qualquer das formas, isto só prejudica as empresas americanas a operar no estrangeiro e já começou a assustar essas mesmas empresas: https://www.ft.com/content/c08a7a46-2675-11e8-b27e-cc62a39d57a0
Go Trump!
Qualcomm e Broadcom vam ser o pequeno almoço da apple e sem fazer (“puto”< pt' ) a apple tem biliões garantidos no 5G.
O Trump vai aproveitar para ganhar 1 e almoçar grátis.
UE ….. lalalalala….. a parte da Suse, nokia vai ser uma escrava da TEK . live la vida bay Jfla.
LOL! You sir have won the IoI… the internet of idiots… Muahauhauhauhaua