Trabalho remoto não tem um impacto negativo na produtividade dos trabalhadores
Com a pandemia, o trabalho remoto tornou-se (quase) regra. No entanto, mesmo antes disso, havia quem preferisse executar as suas tarefas fora de um escritório. Se pensa que este método impacta negativamente a produtividade dos trabalhadores, um novo estudo surge, agora, a negar essa especulação.
Além da produtividade, o estudo também concluiu que os funcionários precisam de pausas regulares.
Uma equipa de investigadores da Escola de Saúde Pública da Texas A&M University realizou um novo estudo que abordou o impacto do trabalho remoto. Este concluiu que a resiliência dos funcionários poderá ver-se aumentada quando as tarefas são executadas fora do escritório.
O estudo considerou os dados tecnológicos dos funcionários antes, durante e depois do furacão Harvey. Embora a utilização total de computadores tenha diminuído durante o furacão, regressou rapidamente aos níveis anteriores ao desastre sete meses após o evento.
Quase todos os trabalhadores do estudo estavam de volta ao mesmo nível de produção que estavam antes do furacão Harvey. Esta é uma mensagem enorme neste momento para os empregadores, porque estamos a realizar debates nacionais sobre se os empregados devem ou não poder trabalhar remotamente ou num horário híbrido.
Trabalhadores devem fazer pausas regulares
Além de avaliar a produtividade, o estudo analisou as causas das lesões no local de trabalho. Dessa forma, concluiu que é importante que os funcionários façam pausas regulares, por forma a evitar que se magoem.
A investigação diz que se se trabalhar de uma certa forma a um certo ritmo durante uma certa duração, é mais provável que se torne ferido por esse trabalho.
Mas se trabalhar um pouco menos ou um pouco menos frequentemente ou quebrar a duração ou tiver certos traços de carácter - como a postura - então é menos provável que desenvolva um problema ao fazer o seu trabalho de escritório.
Explicou Mark Benden, diretor do Centro Ergonómico da Escola de Saúde Pública, acrescentando que os patrões deveriam promover essas pausas, de modo a garantir que os trabalhadores recarreguem energias para executar o seu trabalho. Na sua opinião, dessa forma, a mão-de-obra seria mais saudável.
As pessoas que fizeram as pausas recomendadas foram globalmente mais produtivas. Fizeram mais. Precisamos de aprender isto sobre as pessoas, precisamos de ensinar as pessoas sobre isso, e depois precisamos de ajudar as pessoas a fazê-lo de facto.
Concluiu.
Este artigo tem mais de um ano
depende do contexto e realidade.
Curiosamente em Portugal gosta-se do chamado “presencialismo”, isto é, se os patrões, directores ou lá quem seja, não vir a vossa “carinha” das 9:00 às 18:00, é porque não estão a trabalhar e muito provavelmente estão na praia, shopping…
Curiosamente, mesmo que vocês estejam a engonhar não há problema, porque o “patrão” já viu a vossa cara. É assim uma espécie de trabalho de “corpo presente”. E depois há quem seja mestre nisto do “presencialismo”, ou seja, são tipos que fazem muita “fumaça” e não fazem nada, desenvolvem trabalho inútil só para encher os olhos do patrão a demonstrar que estão a trabalhar…
É bem verdade. Na Accenture existiam mesmo aqueles que eram peritos em começar a trabalhar por volta das quatro da tarde, que era para estarem a trabalhar muito ao final do dia e depois fazerem noitada. Caso contrário não estavam dedicados ao projecto porque tinham tudo feito a tempo e horas e saiam a tempo de ir jantar a casa.
Há em todo o lado!
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Idem por aqui no Brasil. Posso produzir muito no HO que abro as 8:30h ao invés do presencial e enrolar o dia inteiro pois cheguei atrasado e cansado em uma sexta-feira às 11h da manhã
Excelente resposta. Like a glove.
Claro que não afecta, quem nada faz no escritório continua a não fazer nada em casa.
Quem realmente trabalha sabe que no escritório é muito mais produtivo. Não apenas de forma individual, mas igualmente como empresa, porque as empresas não são apenas pessoas fechadas em casa a trabalharem, mas sim pessoas que se juntam para criarem sinergias.
Tugas no seu melhor… Jesus Christ!
Deve ser daquelas que gosta de ir mas é para o paleio e em casa, sem ninguém para falar, aborrece-se e começa a trabalhar. Também deve gostar de perder tempo em viagens para o trabalho.
É uma pena não haver ferramentas de colaboração para as pessoas se juntarem e criarem sinergias, não é?
Enfim…
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Deve ser disso.
Olha, o trabalho remoto até é bom, porque assim facilita na seleccão de quem se despede.
Quem estiver em teletrabalho é sempre o primeiro a saltar fora…. porque são aqueles que se substitui mais facilmente e por um ou dois indianos baratuchos.
Normalmente ninguem nota que foram despedidos porque como no escritório raramente são vistos nem sequer se sente a falta.
Isto até seria giro se não fosse real…. claro que sendo Portugal um pais socialista é quase impossivel despedir as pessoas, mas nos paises desenvolvidos os despedimentos são reais e muito faceis de efectuar. Em Portugal é apenas preciso pagar para mandar as pessoas embora e por vezes preferem meter as pessoas sem fazer nada a olhar para uma parede que despedir.
Sinergias constroem-se desde que exista vontade. Tanto faz presencialmente, como remotamente. A minha experiência é que na maioria das empresas se perde demasiado tempo na pequena conversa e também.em reuniões onde se faz é refaz o planeamento. E se sair da empresa e for a um cliente, muitas vezes é mais do mesmo: quer trabalhar e sair e acaba por ser incomodado com conversas de circunstância e comentários sobre assuntos colaterais, que teriam cabimento num almoço ou jantar mais descontraído, mas não em horário de trabalho. Muito antes da pandemia comecei a fazer muito teletrabalho e posso-lhe dizer que do meu lado no aspecto da produtividade pessoal, saí bem beneficiado. Com as ferramentas adequadas e principalmente com a vontade de realmente trabalhar o teletrabalho permite até maximizar as sinergias.
Maximizar sinergias claro que não.
Mas isso das conversas é bem verdade.
Mas cada um conversa se quiser. Eu quando trabalho não ando em conversas, porque…. estou a trabalhar. É bem fácil de se fazer.
O teletrabalho em breve vai desaparecer porque serão as próprias pessoas a deixar cair isso. Quem vê a sua posição como fazendo uma tarefa á distancia será facilmente substituível por alguém mais barato a fazer o mesmo desde a India, China ou Paquistão…. existe sempre alguém mais barato. A qualidade do trabalho sofre mas as empresas não querem saber porque poupam imenso dinheiro com isso.
Curiosamente é nos países com melhores ordenados, mais produtivos e mais inovadores que mais se trabalha em casa.
Provavelmente estão errados e em Portugal é que trabalha a sério.
Completamente errado. Aliás, da minha vasta experiencia de trabalho remoto é que os meus colegas passam mais tempo com status ausente ou nem seque online do que com status presente….. são daquelas coisas que não se explica.
Aliás, em como tenho muita experiencia a trabalhar noutros países sei bem que esses países mais “produtivos” trabalham bem menos do que em Portugal. Por exemplo, na Suíça as pessoas chegam à hora da saída e já estão a caminho de casa, muitas vezes o trabalho era deixado por fazer e muitos poucos fazem…. mas os ordenados são elevados e o mito da alta produtividade continua bem vivo.
Na Alemanha é mais um problema de mentalidade, eles têm muita fama de eficiência mas da minha experiencia para cada problema um tuga arranja uma ou duas soluções, mesmo que sejam medidas rápidas, enquanto o alemão vai encontrar mais dois ou três problemas adicionais. Eles são completamente incapazes de lidar com imprevistos.
Sim, trabalho remoto é trabalhar pouco e cagar nos colegas…. sei bem do que falo, infelizmente.
Aceito a sua opinião, no entanto não concordo. Pois ai depende muito das pessoas, eu por exemplo tenho trabalhado remotamente e tenho mais produtividade em casa, pois não existem distrações.
Mas acredito que depende de cada pessoa e da sua forma de gerir tanto o tempo como o trabalho.
Vês, vês chefinho!?… Amanhã fico em casa!
Nada como trabalho presencial…
Chegar, “picar o ponto” ligeiramente antes da hora e a seguir ir tomar café com os colegas até meio da manhã. Depois dá-se umas voltas para parecer atarefado e é hora de almoçar, em companhia, que sozinho é uma seca. Mais um cafezinho depois de almoço e dois dedos de conversa e a seguir mais umas voltas para ver quem trabalha ou não. Entretanto vem o lanche, sempre em companhia e a seguir está na hora de ir embora. Com o trabalho que não se fez durante o dia, acumulado, é hora de fazer alguma coisa, até para mostrar que se trabalha muito e se fica a trabalhar até depois da hora.
Siga para casa, desperdiçando mais algum tempo na viagem e ao chegar há sempre aquele “estou exausta, até tive de ficar até mais tarde, com tanto trabalho”. Amanhã há mais do mesmo!
Interessante. Então a tua opinião é que uma pessoa que nada faz no escritório vai passar a trabalhar arduamente em casa…. interessante!
Deve ser magia mas das boas.
Em trabalhos em que a criatividade,a discussão e o debate assume outra relevância no surgimento de ideias, o teletrabalho pode afectar e muito. Tem que haver ainda mais estudos e mais anos neste regime, na minha modesta opinião o sistema híbrido na maioria dos casos parece me o mais eficaz
Concordo, depende dos trabalhos e das pessoas.
Exacto, mas alguns “iluminados” não conseguem pensar fora das suas mentalidades tacanhas.
Já existem muitos estudos pois o trabalho remoto nada tem de novo.
Vários colegas dizem que trabalham melhor em casa do que no escritório, mas depois explicam que é porque no escritório são interrompidos por outras pessoas….. como se o problema fosse esse, dado que podem perfeitamente fechar a porta do escritório quando precisam. O mesmo efeito do que em casa.
Mas depois quando é preciso perguntar alguma coisa a eles….. é esperar e esperar e esperar que apareçam online, porque quando estão em casa passam mais tempo ausentes do que disponíveis.
Eu sempre lhes expliquei que se eles consideram o seu trabalho como meramente fazendo uma tarefa em casa , que em breve ficarão desempregados, porque a empresa consegue encontrar 2 ou 3 indianos para fazer o mesmo que eles, mas muito mais barato. Porque quem trabalha em casa tanto faz estar num pais super caro ou ser um indiano super barato…. enquanto que quem está numa empresa a colaborar com as outras pessoas, a trabalhar presencialmente e sempre que é preciso, está efectivamente a ser um membro da empresa, não é apenas uma tarefa que se pode fazer outsourcing.
Este estudo não se aplica ao universo público…
Não tenho nada contra o universo público. Só contra a inércia, a ineficiência, a não meritocracia e a ditadura do Estado
Este estudo não se aplica ao universo público…
Não tenho nada contra o universo público. Só contra a inércia, a ineficiência, a não meritocracia e a ditadura do Estado
Posso dizer que sou mais produtivo em casa do que no escritório.
• Nao perco tempo em transito a ir e a vir;
• Poupo no combustivel e desgaste da viatura;
• Não tenho aqueles colegas de trabalho que qq coisinha é tema de conversa e uma pessoa distrai-se;
• Não tenho sempre alguem a entrar na sala do open space, e inconscientemente perde-se um pouco o foco
• Não tenho conversas cruzadas que nao produzem qualquer cultura geral;
• Faço das 8h às 17h;
Os donos das funerárias também dizem que não querem o mal de ninguém, mas querem que a vida lhes corra bem….e o mesmo dizem os das empresas de quimicos e farmacêutica, etc, etc, etc …
Até na pandemia se pode ver que o impacto da falta de contato humano gera problemas na saúde do humano, talvez porque o humano é um ser social.
Subversão é o que andam a fazer … claro está que cada caso é um caso ….
Se ainda ninguem deu conta o que se passa é que quer Estado como patrões querem passar o ônus das suas responsabilidades para os empregados e cidadão… e não falta exemplos, é só ter atenção ao que se tem passado e se passa…