Tempos de pandemia: Amazon acusada de aumentar preços de bens essenciais em 1000%
Foi a 11 de março que a OMS declarou a doença da COVID-19 como uma pandemia. Neste período, muitas foram as notícias de escassez de alguns produtos nos supermercados, muito se falou no açambarcamento de papel higiénico, de álcool e lixívia. As máscaras eram uma raridade e rapidamente vimos empresas a mudar a sua produção para responder a esta necessidade urgente.
O aproveitamento de muitas empresas face esta situação foi também notícia recorrente. Agora, uma investigação levada a cabo pelo grupo Public Citizen, acusa a Amazon de ser ter aproveitado da pandemia para lucrar, com aumentos dos preços absolutamente irrisórios. No caso das máscaras cirúrgicas, o aumento poderá ter batido mesmo nos 1000%.
O relatório publicado pelo Public Citizen é extenso e revela de que forma a Amazon, através das suas vendas diretas ou de parceiros, está ainda a lucrar com a pandemia.
O grupo analisou a tendência de preços, através da observação direta na Amazon.com. Além disso, recorreu a sites de rastreamento de preços como é o caso do Keepa.com e Camelcamelcamel.com. A Amazon hoje representa 40% das vendas online, onde é possível encontrar qualquer tipo de produto. Não se sabe ao certo quantos produtos tem listados, mas há estimativas que apontam para 1,5 mil milhões de produtos.
Prime Gouging: Como a Amazon aumentou os preços para lucrar com a pandemia
Logo que se começou a falar em "Pandemia", ainda em fevereiro, começaram logo a surgir escassez de produtos e, consequentemente, aumentos de preços. A par desta situação, as compras online dispararam.
De referir que a Amazon duplicou os seus lucros durante este período de confinamento e quarentena, mesmo colocando os seus funcionários em condições limite.
O aumento de preços abrupto de alguns produtos foi já esclarecido pela empresa, como uma consequência do aumento dos preços por parte dos fornecedores ou dos próprios retalhistas que comercializam dentro da plataforma. Nomeadamente, a empresa veio a público referir que estaria a tomar medidas para combater situações de fraude tanto de produtos como de aumento de preços.
No entanto, além do aumento do preço de terceiros, nas suas vendas diretas de bens essenciais, a Amazon parece ter um padrão de aumento de preços significativo.
De acordo com o relatório, o custo de um pacote de 50 máscaras descartáveis saltou de cerca de 4 dólares a 1 de abril para 39,99 dólares, valor registado a 16 de agosto.
O papel higiénico, por exemplo, vendido por outras empresas a 6,89 dólares, foi vendido na Amazon por quase 37 dólares. Noutro exemplo, em agosto, o custo de um spray desinfetante supostamente aumentou de cerca de 7 dólares para 13 dólares. Portanto, um salto de mais de 80%. Até os preços da farinha, do açúcar e do amido de milho variaram de forma substancial.
A empresa contesta
Numa declaração fornecida ao Engadget, em resposta a esta denúncia, a Amazon refere que não há margem para manipulação de preços dentro da loja. Isso inclui, portanto, os produtos vendidos diretamente pela empresa.
Os nossos sistemas são projetados para atingir ou superar o melhor preço disponível entre os nossos concorrentes e, se houver um erro, trabalhamos rapidamente para corrigi-lo. As nossas equipas continuam a monitorizar a loja 24 horas nos sete dias da semana e já removeram mais de um milhão de ofertas. Os nossos clientes esperam encontrar preços baixos na nossa loja, e trabalhamos arduamente para fornecer o melhor preço disponível em centenas de milhões de produtos.
No entanto, na Alemanha, no mês passado, foi iniciada uma investigação para perceber se a gigante de Jeff Bezos manipulou ou não os preços durante a pandemia.
Este artigo tem mais de um ano
“O aproveitamento de muitas empresas face esta situação foi também notícia recorrente. Agora, uma investigação levada a cabo pelo grupo Public Citizen, acusa a Amazon de ser ter aproveitado da pandemia para lucrar, com aumentos dos preços absolutamente irrisórios. No caso das máscaras cirúrgicas, o aumento poderá ter batido mesmo nos 1000%.”
Algo não está bem neste parágrafo do vosso artigo. Um aumento irrisório significa que é um aumento insignificante, ou seja, não faz sentido no contexto do parágrafo e da notícia.
Irrisório também significa ridículo, que neste caso acho que se aplica
quando se fala em quantidades não é esse o significado que é dado à palavra.
Relativamente a quantidades a palavra irrisório significa “Que tem dimensão ou valor muito pequeno. = INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE”
Com jeitinho a EPIC ainda tenta um processo à Amazon a ver se se safa.
Se era para ter piada, falhaste completamente…
Não era para ter piada, simplesmente alguns fazem 30 por uma linha por “justiça” e contra uma empresa “maligna” a fingirem-se de Robin dos Bosques por coisas supérfluas, mas casos como a Amazon (e até Pingo Doce e Continente) passam ao lado quando se tratam de bens essenciais. Trouxe a EPIC porque porque tinham mais sorte a processar a Amazon do que a Apple, juridicamente tinham mais hipóteses aqui. Se querias parecer inteligente, falhaste completamente…
!?
Tinham mais sorte aqui do que no processo com a Apple ¯\_(ツ)_/¯
acusa a Amazon de ser ter aproveitado da pandemia para lucrar, com aumentos dos preços absolutamente irrisórios. No caso das máscaras cirúrgicas, o aumento poderá ter batido mesmo nos 1000%.
1000% é irrisório? Oh lá lá.
O aumento de preços abrupto de alguns produtos
O aumento abrupto de preços
O aumento é que é abrupto, não os preços.
A Amazon vende, de facto produtos do grupo de artigos variados, desde pilhas, detergentes a rações para cães. Ultimamente anda a agrupar muitos produtos na marca Amazon.
Mas foi nos produtos próprios que houve os aumentos?
É que a Amazon vende essencialmente produtos de terceiros, em que os preços oscilam de acordo com a lei da oferta e da procura.
Toda a gente no início da pandemia tentou comprar os produtos da lista e sabe bem que – ou não havia ou o preço tinha subido muito, das farmácias aos supermercados.
Eu designava este estudo como mais um estudo da c*c*.
Que chupistas.Por isso é que não é de admirar que digam que o Jeff Bezos será o primeiro trilionário da história daqui a 5 ou 6 anos.Pudera,com este tipo de procedimentos. 😐
Quem compra na Amazon, sabe como são as flutuações de preços dos artigos, fora de pandemia. Um artigo pode mudar de preço várias vezes ao dia, e pode ter um preço ridiculamente baixo e no dia seguinte astronomicamente elevado. É assim que a Amazon funciona, daí as extensões como o Keepa sejam muito úteis. No pico da pandemia a procura superava em muito a oferta, logo é normal os preços subirem em todo o lado. Não foi só a Amazon. A Amazon devido ao seu tamanho colossal viu-se a braços com ruturas de stock em bens essenciais, devido ao aumento de comércio online.
Só 1000 %
Infelizmente não são os únicos com esse tipo de prática!
Esses aumentos não aconteceram apenas na Amazon.
No inicio da pandemia eu fui a uma farmácia e comprei mascaras a 0.20€ cada uma (vendiam no máximo 5 por pessoa). Uma semana depois voltei à mesma farmácia para re-abastecer e o preço já tinha aumentado para 2.40€ cada mascara o.O É um aumento superior a 1000% em apenas 7 dias!
Mas compram papel higienico na amazon? 😀 😀
Realmente os americanos… são mesmo calhaus…
Por cá nas lojas físicas aconteceu o mesmo. Principalmente Sonae e Jerónimo Martins sabem bem como isso se faz. Eles fazem-no todo o ano mesmo sem pandemia, ou alguém acha que quando algum artigo aparece com 25, 30 ou 50% de desconto, realmente está com 25, 30 ou 50% de desconto?
O preço de venda normal mantém-se inflaccionado quando esses artigos não estão em promoção que é para depois darem a ideia que estão a fazer grande promoção, quando na verdade as pessoas passam o ano inteiro a comprar esse produto muito mais caro do que o preço que esse produto realmente deveria custar.
Senão reparem como são sempre os mesmos produtos que, de tempos a tempos, aparecem em promoção. Nesses produtos, o preço de promoção é simplesmente o preço que os produtos deveriam custar normalmente.
Vou muitas vezes a Espanha e compra lá produtos sem promoção iguais aos de cá, mais baratos do que quando estão em promoção em Portugal.
Exemplo flagrante: detergentes para a máquina de lavar roupa. Preço normal em Portugal: ~22€ embalagem de 90 doses, com promoção ~11€. Comprei igual em Espanha sem qualquer promoção a ~10€.
Depois as cadeias de supermercados vêm dizer que os consumidores portugueses estão viciados em promoções, quando na verdade são essas mesmas cadeias que estão viciadas nessas mesmas promoções pois vêem nelas uma forma de extorquir algum dinheiro quando não há promoções e de fazer parecer que estão a ajudar alguém quando fazem as promoções.