Teletrabalho: 4 milhões anuais para funcionários públicos terem portáteis
Face a tal pandemia, o teletrabalho foi uma das formas de minimizar o impacto na economia. Tal como em tudo na vida, há vantagens e desvantagens e, ao contrário do que as vezes se pensa, também há custos associados.
De acordo com dados recentes, o Governo prevê um custo de 4 milhões anuais para todos os funcionários públicos terem portáteis do serviço para Teletrabalho.
Não é novidade nenhuma que o Governo quer apostar no Teletrabalho. Para dar continuidade a esta “forma de trabalhar”, o Governo quer 25% dos funcionários públicos em Teletrabalho e até há um apoio mensal de 219 euros por pessoa para quem o fizer a partir do interior.
Parte destes trabalhadores podem estar em espaços do «coworking», inclusivamente localizados no interior do país, combatendo, assim, a desertificação desses territórios e promovendo a descentralização dos serviços públicos nos territórios do interior.
4 milhões anuais para PCs para todos os funcionários públicos em teletrabalho
Alexandra Leitão, ministra da Administração Pública revelou recentemente que...
No teletrabalho [ao nível da administração pública], estimamos em cerca de quatro milhões de euros ao ano o valor necessário para que toda a gente tenha um portátil do serviço para poder ir trabalhar para casa
A governante acrescentou que “há muita gente a querer” trabalhar em regime de teletrabalho, por “razões de conciliação pessoal” ou “por conforto”.
Para Alexandra Leitão, a pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus “trouxe uma grande noção do papel do Estado” e da “necessidade de o cidadão interagir mais facilmente” com este. A ministra reconheceu ainda que Portugal “vai viver uma situação difícil do ponto de vista económico” e isso “nunca é amigo de nenhuma reforma”.
De relembrar que o programa Trabalhar no Interior prevê um conjunto de medidas para estimular a criação de emprego e a fixação dos trabalhadores e das suas famílias nos territórios do interior do país. Entre estas destacam -se as iniciativas para reforço dos incentivos à:
- Mobilidade geográfica de trabalhadores (medida «Emprego Interior MAIS» — Mobilidade Apoiada para um Interior Sustentável;
- Dinâmica do mercado de emprego nos territórios do interior, decisiva para a alavancagem dos fatores de atratividade e retenção de pessoas e empresas.
Leia também...
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Lusa
Neste artigo: funcionários públicos, teletrabalho
Já não fazem nada a trabalhar nos escritórios imagino em casa LOOOL
Até gostava de saber onde vão gastar este 4 milhões??
Generalizar, como em tudo, é injusto.
Depende do organismo a que te referes e das pessoas dentro desse organismo. Há muitos que têm mesmo de dar ao litro. E de que maneira. Por outro lado, sim, há muitos que é vergonhoso.Principalmente se têm as costas quentes com cunhas ou estão lá há tantos anos que sabem que não vão ser despedidos/as…
like
Fazes tu. Tu é que trabalhas muito e sustentas o país. Generalizar o público é como generalizar o privado…
Dizer isso é nao saber o que se passa nas empresas publicas ou nas PPP.
Privado ganha menos, tem menos benecifios, não tem aumentos, não tem progressão de carreiras, leva com contratos precarios e aguenta as horas que forem precisas para não ir para o olho da rua. O publico, 10 pausas para café e 10 para wc, fora os telefonemas pessoais ou com as amigas do serviço publico ali do lado, monotarefa, 7h e nem mais 1 minuto, tem sindicatos e partidos de esquerda sempre a defende-los, salários tabelados, contrato sem termo para a vida e cheios de beneficios.
Muito isto!
+1
Mas vamos deixar esta guerra que não vai a lado nenhum
-1 Os privados é que são malandros, tem toda a liberdade de fazer o que quiserem e não são punidos. Acabem-se com os privados ou mudam para publico ou mudam para o outro país.
Cheira-me que deves estar a focar-te na banca, isso são outros 500, banca é outro grupo de previligiados, aqui e em qualquer parte do mundo. O Sector privado em nada é comparavel ao sector da banca.
Não querem sindicatos e depois queixam-se… O que tu queres sabemos todos.
Não trabalho p/ o sector publico nem para a banca e felizmente trabalho só 7h e muitas vezes nem mais 1 minuto porque cumpro o meu horário e as minhas tarefas. E sim tenho pausa para o café e incrivelmente faço chichi umas 4 ou 5 vezes por dia, também bebo água de vez em quando o que aumenta o chichi.
Também ganho mais que muita gente no publico e tenho sido aumentado todos os anos (excepto este pq desculparam-se com o covid).
O meu contrato é sem termo (portanto podes considerar para a vida apesar de eu não o considerar) e também tenho alguns benefícios.
Generalizar é mau, sempre.
Temos cerca de 700.000 funcionários publicos, assumindo que metade estão sentados ao computador e assumindo que 70% desses vão para teletrabalho, precisas de cerca de 245.000 portáteis, fazes um renting desses computadores com contrato de assistência on-site, tens de alavancar a tua infraestrutura de firewalls para 100 vezes mais a capacidade de processamento, licenças e largura da banda, tens de alavancar DLPs, IAMs, AVs, Zero Trusts, SIEMs, PAMs, para protecção de computadores e utilizadores remotos, e tens de pagar a toda a equipa de IT, suporte, infraestrutura e gestão para manter tudo isto.
Verdade que o funcionário publico vai para casa fazer nenhum, mas os custos são perceptiveis e até me pergunto que custos escondidos estão por aí, acho um valor baixo.
Ora aqui está um comentário com pés e cabeça.
A tipa chuta um número pra o ar, como o ministro da economia no início da pandemia chutou os 500 Milhões de custo total hahaha
É gente sem um mínimo de conhecimento, e somos “governados” por isto.
4 milhões anuais nem paga os próprios portáteis e manutenção, quanto mais tudo o resto dito no comentário acima.
Ela se calhar queria dizer, já com tudo incluído, 4 milhões ao mês, isso sim já começa a ser um número mais plausível.
Gente sem noção da realidade a mandar no país, como é que isto é possível, como?!
Deves pensar que as milhares de candidaturas de apoio às empresas devido ao Covid analisam-se sozinhas.
Quais? Aquelas que se atrasaram semanas e semanas e que as empresas tiverem que esperar e reenviar, e reenviar?
Aposto que as candidaturas apoiadas em cima de um sistema informático bem feito(coisa que no publico custa milhões e nunca fica bem feito), quase que se analisavam sozinhas 😉
Estás completamente alienado da realidade!
Grande verdade, custa uma fortuna e nunca fica nada de jeito, e onde é mandado fazer?
Certo no privado, então como ficamos?
Pelos visto está tudo mal,mas graças a”Deus” as fronteiras estão abertas a maioria do tempo.
No privado que é uma empresa de um primo de um ministro qualquer, que contrata pessoas sem experiência a ganhar 500 paus para meter mais ao bolso 😉
No publico nada funciona, seguindo o teu raciocínio, mas no privado era e é uma maravilha, o teletrabalho, muito bem…
…Das empresas que estiveram de esperar, quantas é que tinham dividas à segurança social e à autoridade tributária?muitas vezes o problema é o sistema informático (é sempre feito por privados) estar bem feito.
Não se analisam sozinhas, mas qualquer empresa bem gerida do privado teria feito muito melhor trabalho que o pessoal da segurança social fez. Além que grande parte dessa analise é automatizada por sistemas informaticos.
Parabens aos funcionários publicos por tirem tirado a cabeça de onde estava enfiada durante 3 meses depois de uma vida de empurra com a barriga.
Mais uma vez é desconhecimento total da realidade.
A segurança social teve de tratar do lay off, mas isso é uma gota no oceano em termo de apoios às empresas. Há dezenas de apoios que não são analisados pela segurança social e parte dessas medidas pressupõem por exemplo que não haja redução do nível de emprego até final do ano, o que pressupõe um controlo mensal (isto para além da candidatura inicial).
Mas voltando atrás, houve um problema (covid) e foi preciso atuar de imediato para criar programas de apoio, o que implicou muitas reuniões, criar legislação em tempo recorde, criar plataformas informáticas (outsourcing e insourcing) para submeter candidaturas e para análise das mesmas (não, não é automático). Aliás, acho que é possível imaginar a carrada de trâmites necessários. Isto já para não falar em períodos de teste e (mini) formação dos técnicos.
Há funcionários públicos a trabalhar da manhã à noite, fins de semana, feriados e até férias sem receber qualquer compensação por isso (nada de horas extras pagas, nem dias de férias, nada de nada).
Depois as empresas não ajudam nada, pede-se um extrato de remunerações de maio e a empresa envia de abril. Pede-se uma certidão de não dívida às finanças e a empresa envia uma certidão caducada desde 2018. É necessário pedir elementos à empresa, esta não responde/envia e depois queixa-se que ainda não recebeu o apoio.
Uau Ricardo, bem-vindo ao dia-a-dia de um trabalhador do privado.
Queixam-se porque nunca tiveram de lidar com isso, no privado já está tudo calejado dessas e outras. Fazer coisas em cima do joelho com equipas reduzidas e investimento reduzido e ter o patrão à espera que seja o melhor do mundo é o nosso dia-a-dia, em vez de nos queixarmos arregaçamos as mangas.
Vives mesmo num mundo à parte! O que tu acabaste de descrever é exatamente o que acontece com muita ocorrência no privado!
Sei bem que estou a generalizar, é capaz de haver um ou dois organismos públicos que trabalham 😀
Mas alguém tem acesso ao orçamento deste 4 milhões? Vão dar Macs novos todos os anos aos funcionários?
Expliquei num post acima onde vai parar a despesa.
Além disso esquecem-se que só em m2, se quiserem vender alguns dos sitios onde estavam esses funcionários publicos conseguem valores bem superiores para ficarem a sustentar esse investimento.
Custa mais o m2 dos edificios todos detidos pelo estado que qualquer infraestrutura de IT até 2050.
Ze, alguem coerente e que está dentro do assunto, muito bem…
Conhesso varias empresas privadas onde isso acontecesse. Eces empregados devião ser espulços e irem trabalhar para citius onde tive-sem de verguar a mola.
Não faz sentido o que dizem. O povo é muito invejável.
Vivas 9 – 0 Língua Portuguesa
Gastar o dinheiro dos outros é fácil e dá mts votos.
Os contrubuintes pagam isso….
Portugal está completamente falido , mas pelos vistos o Governo descobriu uma mina de ouro , porque não para de gastar…Quanto aos funcionários públicos , quem critica , esquece-se que professores e médicos trabalham para o Estado
Hã que fazer contas ao valor dos espaços onde funcionam os organismos públicos, depois aos custos da electricidade, sem AC, deve baixar drasticamente, o que se poupa em idas a casa de banho a conta da água também baixa drasticamente, menos pessoal na estrada / transportes públicos .
Acho que a grande vantagem dos funcionários públicos está nas pessoas com baixa escolaridade, pessoas sem saber ler e escrever podem chegar ao topo das carreiras e ganhar perto dos 900€, para esse grupo de pessoas é uma vantagem ser funcionário público.
Eu ficava muito mais tranquilo se apenas e só na função pública houvesse maus funcionários, mas infelizmente há maus funcionários em todo o lado, publico e privado.
Até parece que nunca ninguém foi mal atendido fora da função pública.
Quem é que tem o habito de pagar ordenados não declarados?
Todos fazemos falta neste fantástico país chamado Portugal, não é perfeito mas, já viajei por muitos outros países e continentes e poucos se comparam a Portugal.
Escolas grátis, serviço nacional de saúde grátis, Universidades não sendo grátis são preços que mais baratos só encontramos em países comunistas.
Acho que só podemos dar valor ao que temos aqui dentro quando saímos para países como Indonésia, Filipinas, Nigéria Argentina etc etc, e a lista continua.
Vamos estimar o pouco que ainda nos resta deste rectângulo plantado a beira mar.
Espero que ao menos quando derem os portáteis ao pessoal lhes ensinem a mexer num, porque existe pessoal que nem saber ligar o computador sabe