Submarinos russos às portas da Suécia: alerta máximo no Báltico
A marinha sueca tem-se deparado quase semanalmente com submarinos da marinha russa no mar Báltico, e espera enfrentar um aumento deste tipo de atividades caso haja um cessar-fogo ou armistício na guerra na Ucrânia.
Crescimento da ameaça no Báltico
Segundo o chefe de operações da marinha sueca, Marko Petkovic, a presença naval de Moscovo na região está a reforçar-se de forma contínua, com avistamentos de embarcações russas a tornarem-se rotina.
A Rússia produz cerca de um submarino da classe “Kilo” por ano nos estaleiros de São Petersburgo e do enclave de Kaliningrado, num processo sistemático de modernização da sua frota.

Os submarinos da classe Kilo são um grupo de submarinos de ataque diesel-elétricos projetados pelo Rubin Design Bureau na União Soviética na década de 1970 e construídos originalmente para a Marinha Soviética.
Riscos à segurança e vulnerabilidades subaquáticas
Para além dos navios militares, preocupa a chamada “frota sombra”: petroleiros de bandeira civil antiga, que transportam crude russo e que, segundo Petkovic, “não são um problema militar por si só, mas podem transformar-se num problema sob perspetiva militar”.
O mar Báltico tem um relevo subaquático complexo, com fundos irregularmente acidentados, o que dificulta a deteção de submarinos pelos sistemas de sonar.
Além disso, a região enfrenta outras ameaças: possíveis ataques híbridos via drones, sabotagem de infraestruturas submarinas e risco no tráfego mercantil.
Resposta coletiva da NATO
Para contrariar esta dinâmica, a Suécia acolheu recentemente o exercício de guerra antissubmarina Playbook Merlin 25, envolvendo nove países, entre eles Alemanha, França e Estados Unidos, para treinar técnicas de deteção e neutralização de submarinos num ambiente complexo como o do Báltico.
Desde o arranque da operação conjunta da aliança no Báltico, Operation Baltic Sentry, que não foram registados incidentes com cabos submarinos, o que, segundo Petkovic, demonstra eficácia da cooperação e uma maior cautela do tráfego mercantil.
Conclusão: alerta máximo, mesmo com paz possível
O cenário descrito por Marko Petkovic demonstra que um eventual cessar-fogo na Ucrânia não implica automaticamente desescalada no Báltico, antes pelo contrário: a Suécia e aliados preparam-se para um período de maior vigilância e necessidade de reforço navais.
A modernização contínua da frota russa e a multiplicidade de ameaças (submarinos, sabotagem, frota sombra, vigilância híbrida) exigem uma resposta coletiva e persistente da NATO.






















São máquinas de lavar roupa usadas…