Startup do Canadá lança mercado móvel
O ser humano possui uma incrível capacidade de adaptação. Assim, perante qualquer adversidade, ele contorna-a e ainda consegue tirar proveito da solução. Com a atual situação que se vive no mundo, esta ideia de adaptação atingiu um outro nível.
Depois de, por exemplo, os pequenos comércios se estrearem no digital, eis que surge, no Canadá, um mercado móvel.
Adaptações face à COVID-19 com mercado móvel
Se habita ou habitou num meio rural, já ouviu provavelmente a carrinha do peixeiro, do padeiro e até da fruta. Esses veículos têm o objetivo de facilitar a vida dos consumidores, levando até si produtos frescos. No Canadá foram mais longe e uma startup pretende lançar ainda este mês o mercado móvel. Ou seja, um camião gigante que andará pelas estradas, com os vários produtos essenciais.
A COVID-19 exige diariamente uma adaptação por parte das superfícies de atendimento ao público. Assim sendo, e tendo em conta as várias regras em vigor para proteção dos consumidores, a Grocery Neighbour criou um mercado móvel que levará aos consumidores produtos frescos, como peixe, carne, queijos, frutas e legumes, e produtos secos, como pão e cereais.
Mercado sobre rodas
De modo a garantir a segurança de todos os clientes, o mercado móvel será como um túnel, sendo que as pessoas entram por um lado e saem obrigatoriamente pelo outro. Depois, cada consumidor poderá gastar até 5 minutos dentro do camião.
Segundo o CEO da empresa Frank Sinopoli, o mercado móvel irá seguir um percurso fixo, com horários estabelecidos. Dessa forma, cada morador poderá realizar a sua lista de compras em casa, sair à hora da passagem e comprar em segurança. Além disso, os consumidores poderão acompanhar o percurso e consultar os horários através da aplicação da Grocery Neighbour.
A startup espera ter 1000 camiões a circular pelas estradas do Canadá e dos Estados Unido. Conforme o plano, as primeiras chegarão ainda este mês, contando a Região Metropolitana de Toronto com 3, os subúrbios do Canadá com 5 e um número ainda indefinido para as cidades americanas.
Este projeto vem ajudar aqueles que dispensam os serviços de entrega dos supermercados e ainda apreciam o processo de compra dos seus produtos. Assim, o mercado móvel pode ser uma opção muito mais segura e prática.
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Não é novidade. Ainda me lembro, nos anos 80, das carrinhas que andavam pelas aldeias (os chamados azeiteiros) que eram autênticos minimercados ambulantes. Vendiam de tudo, desde detergentes, a massas, enlatados, entre muitas outras coisas. Não faltava nada.
Ainda vendem…
Eles ainda andem aí :p
Ainda existem, chamam-se almocreves, no entanto são especializados: mercearia, peixe fresco e congelados.
Gostei da imagem do Mack Anthem com a opção carrinho da compras… 😀 😀 😀
Agora fora de brincadeiras, para os produtos de 1ª necessidade até acredito que tenha “rodas” para “andar”. Resta saber depois se os custos compensam todos esse esforço logístico…
A ideia existiu na Suiça durante duas ou três décadas (Migros Bus) que fornecia bens essenciais nas aldeias que ficavam “no cú dos Alpes”… Entretanto morre pois hoje em dia todas as aldeias têm o seu mercado. No Canadá parece me o mesmo mas quem sabe…
É o regresso do “petrolim”, agora nas cidades, que continua ainda a existir no Portugal profundo.
Há anos que isso existe em várias zonas do Portugal mais rural…
O Sr.Moita não tinha nenhuma start-up, mas já tinha uma carrinha-supermercado em 1990!
Antigamente ainda havia a Family Frost, mas a meu ver a falta de produtos nacionais em grande quantidade limitou em muito o sucesso, pelo menos foi essa a razão para não lhes comprar nada na altura.
Em Portugal, ainda é uma possibilidade de negócio, se bem que não com um veículo pesado destas dimensões, porque nas aldeias onde isto ainda tem possibilidade de sucesso (e há quem ainda faça este tipo de vendas, por conta da falta de oferta, onde por vezes nem um café rasca existe) as ruas chegam a ser estreitas que mal cabe uma viatura ligeira… mas é possível adaptar e usar várias carrinhas em fila com um pouco de tudo para as pessoas não sentirem que há falta de oferta mesmo nas coisas básicas… encarece bastante a operação, talvez ao ponto de a tornar inviável economicamente, mas é uma possibilidade… a outra é adoptar o veículo pesado destas dimensões e não ir a muitas das aldeias sem condições ou ter de parar afastado da mesma mas não tanto que impeça as pessoas de se deslocarem até ao mesmo.
A limitação dos 5 minutos por pessoa é que não sei se seria praticável em Portugal onde os muitas pessoas gostam de se demorar na escolha… e é possível que os clientes nas aldeias e similares sejam esse tipo de clientes.