Portugal: 31 incidentes com drones nos aeroportos
Os drones são um dos objectos tecnológicos que estão mais na moda mas também na lista dos que causam mais incidentes nos aeroportos.
De acordo com o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), em Portugal, no decorrer de 2016, foram registados 31 incidentes com drones nos aeroportos.
É já esta sexta-feira que entra em vigor o novo decreto-lei que regulamenta a utilização de Aeronaves Pilotadas Remotamente vulgarmente conhecidas como drones. Segundo dados do GPIAA, só em 2016 foram registados 31 incidentes com drones nos aeroportos portugueses.
O incidente mais grave registou-se Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a 11 de Dezembro, quando um drone levou ao cancelamento temporário da descolagem de um avião tendo condicionado também, durante cerca de meia hora, a operação de uma das pistas do aeroporto.
Além deste incidente, destaque ainda para outro que aconteceu no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada a 21 de Dezembro. Neste caso, os funcionários do aeroporto encontraram um drone “perdido” na pista que nunca foi reclamado por ninguém.
Como referimos, a nova regulamentação sobre o uso de drones em Portugal já está disponível no Diário da República e entra em vigor amanhã. Conheça todas as alterações aqui.
Este artigo tem mais de um ano
a facilidade com que, atualmente, se adquire um drone está a torná-los numa praga. espero que as coisas fiquem melhores com a entrada em vigor da nova legislação e que saia rapidamente legislação que obrigue a registo, etc
Legislação sim, falta de consciência não….
Já antes de existirem esse tipo de brinquedos, achava que as aeronaves RC eram uma arma, agora, os drones com a capacidade de pilotagem mesmo sem LOS, a capacidade de estabilização e precisão, temos uma verdadeira arma!!!
Mas não são uma praga…
quem o diz é quem o é…
@pplware, @Pedro Pinto, como é que alguém aprova um comentário como este?
Registo? Isso é ridículo… Deve pensar que quem compra drones usa-o para provocar incidentes… Só é preciso legislação como a que vai sair agora. Quem provoca incidentes é punido por lei. Mais nada, para que dar trabalho aos inocentes que o usam para propósitos adequados?
isso é de facto um problema recorrente. por causa dos abusadores acaba por haver inocentes que são penalizados com burocracias e custos sem terem culpa alguma.
não acho que alguém compre drones (ou carros, já agora) para provocar incidentes, mas eles acontecem.
a questão é: como garantir que quem provoca incidentes, querendo ou não, é punido por lei se não há como identificar o proprietário?
este verão estive numa praia onde, durante alguns dias, andaram 3 ou 4 drones a voar tão perto das pessoas que um ía sendo “abatido” com uma toalha de praia por um veraneante chateado. se um destes tivesse causado danos ( e não sei se causou ou não) como se identificaria o proprietário para que fosse punido?
não tenho nada contra os drones nem contra os proprietários dos mesmos, mas a liberdade e integridade física das pessoas não podem ser postas em causa por outras pessoas menos escrupulosas sem que haja um meio para as identificar, seja ele qual fôr
Embora seja difícil identificar os utilizadores, é muito fácil abater drones, e só o prejuizo de abater um drone é suficiente para penalizar o estúpido que o usa em aeroportos ou para outras atividades ilícitas.
@Filipe eu entendo perfeitamente onde queres chegar e, como disse, não tenho nada contra os drones ou os seus donos.
um dos da praia de que eu falei, pelo modo como pairava só em alguns locais, estava a ser usado para filmar (ou fotografar) raparigas em top-less. isto é ilícito? nem sei, provavelmente até será, mas como é que se chega ao dono? como é que as visadas poderiam abater o drone? será que as visadas têm obrigação de se saber “defender” do drone? será que perdem o direito (nem sei se legalmente o têm) de estarem na praia como querem por causa de um “tarado” com um brinquedo? ou até de estarem sossegadas sem um “enxame” a zunir sistematicamente por cima das suas cabeças? e se um deles cai e aleija alguém?
as perguntas que faço são retóricas, claro. são só para tentar pôr as pessoas a pensar sobre o assunto
Ridículo? Apoio a 100% a opinião de MLopes. Ridículo é demorar tanto tempo para que sejam aplicadas medidas de segurança, como por exemplo, esperar que os incidentes de aviação deixem de ser meros incidentes e passem a ser acidentes graves. Aí é que toda a gente vai deitar as mãos à cabeça, aí é que irão ser aplicadas medidas… Mas, infelizmente, será tarde demais (pelo menos irá ajudar a prevenir futuros acidentes).
Praga, como os fotógrafos de telemóvel, praga como quem anda em asas delta sem legislação ?
As regras existem para todos, mas nem todos podem ser culpabilizados pela atitudes de alguns irresponsáveis.
Não podemos culpabilizar todos os condutores por atitudes de alguns automobilistas etc etc…
Provocam-se prejuízos de milhões por causa de brincadeiras de criança, lembrem-se que podem estar a atrasar a chegada de um órgão para transplante ou de um cirurgião, etc etc
Drone para uso profissional até compreendo, o resto é uma vaidade de gente com dinheiro, para filmar os telhados da casa, pois nem as pessoas pode filmar devido a privacidade, faz imagem bonitas mas sinceramente é mais um brinquedo de gente grande
Profissoes de futuro:
– caçador de drones invasores.
– treinador de falcöes caçadores de drones invasores (*)
(*) a maioria objetos voadores nao tripulados amadores com 4 helices que exigem controlo permanente e tiradores de fotos, nao daqueles que vou beber um café e volto para saber se ele cumpriu as instrucoes que lhe dei.
Bla bla bla wiskas saketas eu tenho um mi drone e ele não me deixa levantar voo em zonas de aeroportos nem em zonas que passem mais baixo e mesmo que desse nunca iria para um aeroporto “brincar” cabe a cada um ter o bom senso.. tanto pode ser usado para o bom como para o mal..
Eu penso que todos os drones deviam ser registados obrigatoriamente exceptuando os que se oferecem às crianças e também só deveriam poder voar em perímetros autorizados para o efeito.
A regulamentação existente ainda me parece demasiado permissiva e só depois de acontecer uma desgraça e de se perderem vidas é que o passatempo será devidamente tratado pela lei como aquilo que é: potencialmente perigoso apesar de bastante interessante. Deixar o espaço e os bens públicos e privados e mais especificamente o espaço aéreo a baixa altitude entregue à vontade do freguês é de uma enorme inconsciência e dará origem no futuro a perdas graves de vidas e bens.