Malásia pintou as suas estradas com cores fluorescentes para as iluminar à noite, mas…
Para melhorar a visibilidade em zonas florestais não iluminadas, a Malásia levou a cabo um programa-piloto para pintar as linhas das estradas com tinta fluorescente. Contudo, esta tinta é 20 vezes mais cara do que a tinta convencional. Contas feitas... o projeto foi abandonado!!!
Estradas com cores flurescentes
São vários os projetos para pintar as linhas das estradas de cor florescente. Aliás, já em 2022, havíamos falado de um projeto lançado na Austrália. A ideia era testar faixas brilhantes para iluminar estradas escuras.
Em abono da verdade, até na Europa já alguns países testaram, mas por que razão não vemos "por aí" esta novidade?
Que grande ideia, só que não!
Em meados de novembro de 2023, o governo malaio anunciou o lançamento de um programa-piloto destinado a realçar as linhas em certas estradas. Por meio de tinta fotoluminescente com capacidade de brilhar à noite.
As autoridades comentaram que estas iniciativas eram adequadas para zonas escuras sem iluminação pública.
Dalam pelaksanaan kempen MYJalan, selain memastikan kerja-kerja penyenggaraan jalan dilaksanakan sebaiknya, saya turut...
Publicado por Alexander Nanta Linggi em Quarta-feira, 15 de novembro de 2023
As imagens não deixam margem para dúvidas: o aspeto é muito melhor do que o da linha branca tradicional e também melhor do que o dos indicadores refletores.
O projeto atraiu as atenções. Inicialmente, apenas 245 metros de estrada foram pintados num cruzamento, envolvendo cerca de 490 metros de marcações rodoviárias, mas outros estados começaram a realizar os seus próprios ensaios.
Os problemas surgiram praticamente desde o início. O Ministério das Obras Públicas da Malásia já tinha avisado que iria estar muito atento aos resultados do programa-piloto e à capacidade de pintar noutras estradas, uma vez que o preço da nova tinta poderia ser um problema.
Corrupção florescente
De tal forma que se tornou um incómodo. O Ministério das Obras Públicas informou que a tinta convencional custa cerca de 40 ringgit por metro quadrado, cerca de 8,65 euros.
A tinta fotoluminescente custa 749 ringgit por metro quadrado, mais de 160 euros. Custa 19 vezes mais por metro quadrado.
Apesar do entusiasmo público com a medida, o vice-ministro do Trabalho da Malásia, Ahmad Maslan, comentou há algumas semanas que era improvável que a pintura continuasse.
O custo é demasiado elevado, por isso provavelmente não vamos continuar com as faixas que brilham no escuro.
Disse Ahmad Maslan.
É curioso que, meses antes, tenham sido identificadas 31 estradas que poderiam ter recebido este tipo de pintura. Maslan disse que os testes não corresponderam às expectativas dos peritos do ministério, sem entrar em pormenores.
Isto faz parte do eterno debate sobre prioridades, orçamento e segurança, pois há que ter em conta que as zonas que iriam receber este tipo de pintura são arborizadas e sem iluminação, o que as torna perigosas para caminhar, tanto devido às interações entre humanos como à ação dos animais que se cruzam.
E, evidentemente, a notícia levantou suspeitas de corrupção nos meios de comunicação social locais, com os utilizadores a perguntarem-se se não sabiam de tudo isto antes do início do projeto-piloto, que expectativas a tinta não satisfez... e que alguém encheu os bolsos com o contrato inicial.
Pergunta:
Sendo que para haver fluorescência é necessário haver uma reflexão de uma radiação emitida algures, será que não querem dizer tinta FOSFORESCENTE?
É que são coisas diferentes e eu não estou a ver algo fotoluminescente ser apenas fluorescente.
Esclareçam, por favor.
Obrigado.
Mas os políticos portugueses foram de férias para a Malásia?
Mas que novidade, aqui bem mais perto nos Países Baixos há vários projectos.